Partido da Social Democracia Brasileira
Partido da Social Democracia Brasileira | |
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Número eleitoral | 45 |
Presidente | Geraldo Alckmin |
Fundação | 25 de junho de 1988 (30 anos) |
Registro | 24 de agosto de 1989 (29 anos)[1] |
Sede | Brasília, DF |
Ideologia |
|
Alcunha | Tucano |
Espectro político | Centro-esquerda,[3][4][5][6][7][8]centro[9] e centro-direita[10][11][12][13] |
Membros | 1,369,240 filiados[14] |
Afiliação internacional | Internacional Democrata Centrista (como observador) |
Governadores (2018)[15] | 0000000000000003 3 / 27 |
Prefeitos (2016)[16] | 0000000000000793 793 / 5 568 |
Senadores (2018)[17] | 0000000000000009 9 / 81 |
Deputados federais (2018)[18] | 0000000000000029 29 / 513 |
Deputados estaduais (2018)[19] | 0000000000000073 73 / 1 024 |
Vereadores (2016)[20] | 0000000000005355 5 355 / 56 810 |
Cores | Amarelo Azul |
Página oficial | |
www.psdb.org.br | |
Política do Brasil Partidos políticos Eleições |
Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB) é um partido político do Brasil. Foi fundado em 25 de junho de 1988 pelo ex-governador Mario Covas (à época, senador). Seu símbolo é um tucano nas cores azul e amarela: por esta razão, seus membros são, eventualmente, chamados de "tucanos", e raramente de "peessedebistas".[21][22] O seu código eleitoral é o 45.[23]
Em 2010, o partido teve cinco indicados pela Revista Época entre os cem brasileiros mais influentes do ano: Fernando Henrique Cardoso (ex-presidente da república), José Serra (ex-governador de São Paulo), Aécio Neves (ex-governador e senador eleito por Minas Gerais), Geraldo Alckmin (governador eleito de São Paulo) e Antonio Anastasia (governador de Minas Gerais).[24]
Foram presidentes nacionais do partido Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, José Richa e Pimenta da Veiga (que se revezaram em uma comissão provisória, no primeiro ano depois da fundação). Passaram, também, pela presidência, Tasso Jereissati e José Serra, entre outros.[25] O posto é atualmente ocupado por Geraldo Alckmin, eleito em 2017. Seu secretário geral é Marcus Pestana.
Índice
1 História
1.1 Fundação
1.2 Governo FHC
1.3 História recente
1.4 Candidatura à presidência em 2018
2 Organização
2.1 Composição
2.2 Programa partidário
2.3 Posição político-ideológica
2.4 Plataforma de projetos
2.5 Identidade visual
2.6 Juventude partidária
2.7 Tucanafro
2.8 PSDB Mulher
2.9 PSDB Diversidade
2.10 PSDB Sindical
2.11 Presidentes Nacionais
3 Participação e desempenho eleitoral
3.1 Participação em eleições presidenciais
3.2 Participação em eleições parlamentares federais
3.3 Participação em eleições estaduais
3.4 Participação em eleições municipais
4 Controvérsias
4.1 Corrupção
5 Ver também
6 Referências
7 Bibliografia
8 Ligações externas
História
Fundação
Ver artigo principal: Lista de fundadores do Partido da Social Democracia Brasileira
O embrião do que viria ser o PSDB surgiu logo após as eleições estaduais e do Congresso Nacional em 1986, com o surgimento em 1987 do Movimento de Unidade Progressista (MUP) dentro do PMDB, capitaneado entre outros por Fernando Henrique Cardoso. O nome "PSDB" (então "Partido Socialista Democrático Brasileiro") é pela primeira vez sugerido para um novo partido derivado do MUP em outubro de 1987, num encontro supra-partidário que reuniu o MUP, o PSB e outros políticos de esquerda e centro-esquerda (incluindo o antigo professor de FHC, Florestan Fernandes), pelo deputado Paulo Ramos do PMDB Rio de Janeiro.[26]
Em 25 de junho de 1988, um grupo de dissidentes do PMDB capitaneados por pessoas de São Paulo e Minas Gerais levou a termo sua insatisfação com o governo Sarney, que haveria "de se constituir no primeiro da Nova República para se fazer o último da Velha República".[27] Tal disparidade se acentuou durante a Assembleia Nacional Constituinte, onde os membros do partido votaram pelos quatro anos de mandato para o Presidente da República apesar de a tese dos cinco anos ter prevalecido, capitaneada pela maioria da bancada do PMDB e de políticos conservadores agrupados no "Centrão", liderados pelo deputado Roberto Cardoso Alves, grupo suprapartidário formado em fins de 1987. Entre os fundadores do novo partido estavam José Richa, Franco Montoro, José Serra, Mário Covas, Carlos Antônio Costa Brandão, Humberto Costa Brandão, Carmelito Barbosa Alves, Waldyr Alceu Trigo e Fernando Henrique Cardoso, escudados por Sérgio Motta, Magalhães Teixeira e Geraldo Alckmin. Fora de São Paulo o novo partido arregimentou Pimenta da Veiga, Eduardo Azeredo, José Richa, Artur da Távola, Célio de Castro, Afonso Arinos, Chagas Rodrigues, Almir Gabriel, Teotônio Vilela Filho, Aécio Neves, Arthur Virgílio e Maria de Lourdes Abadia. Posteriormente outros políticos, como Tasso Jereissati e Ciro Gomes, migrariam para o partido.[28]
Segundo levantamento feito pela Editora Três via enciclopédia Brasil 500 Anos, a bancada inaugural do PSDB no Congresso Nacional possuía nove senadores e trinta e nove deputados federais, representando dezesseis estados e o Distrito Federal. Destes, onze eram paulistas, porém a maior representação per capita era a de Alagoas, com quatro nomes numa bancada de onze membros contra os 63 oriundos de São Paulo. Para corroborar tais assertivas basta dizer que dois dos três senadores paulistas e três dos oito deputados federais alagoanos participaram da fundação do PSDB, inclusive Renan Calheiros.[carece de fontes]
Com este núcleo partidário, o PSDB foi formado pela confluência de diferentes pensamentos políticos contemporâneos: dos trabalhistas, adotou a primazia do trabalho sobre o capital; a ética, a solidariedade e a participação comunitária foram assimiladas dos pensadores católicos personalistas, e das ações políticas dos líderes europeus do pós-guerra.
Embora primariamente social-democrata, o PSDB, segundo os críticos, é tido como "neoliberal" desde seus primórdios por ter adotado medidas da Terceira via,[29] mesmo tendo diferentes facções internas no partido, como a social-democracia, liberais sociais, conservadores e democratas cristãos.[29] Esse fato tornou-se cada vez mais notório com o passar do governo de Fernando Henrique Cardoso,[29] que realizou várias privatizações, uma das características do neoliberalismo.[30]
Governo FHC
Ver artigo principal: Governo FHC
Fernando Henrique Cardoso conquistou a Presidência da República, e foi presidente por dois mandatos (de 1995 a 1999 e de 1999 a 2003), havendo, no meio de seu primeiro mandato, apoiado a mudança constitucional que permitia a reeleição para ocupantes de cargos executivos, inclusive ele próprio e todos os governadores em exercício. Nesse período, alguns parlamentares que haviam se mantido no PMDB, ou mesmo em outros partidos, mas que haviam sido do antigo MDB ou se encaixavam no perfil social-democrata entraram no partido, como os deputados Alberto Goldman e Aloysio Nunes Ferreira Filho.[carece de fontes]
Ao longo do mandato presidencial tucano, o crescimento da economia brasileira foi de 2,3% ao ano.[31] Ocorreram inúmeras privatizações[32] que precederam a modernização de diversos setores antes controlados pelo Estado, como as telecomunicações.[33] No governo FHC foi atingido o fim da hiperinflação (que, antes de seu governo, chegou a ter períodos com 6 000% ao ano), obtendo-se assim a estabilidade monetária.[34] Houve a criação de programas sociais pioneiros, como o Bolsa-escola, o Auxílio-gás e o Bolsa-alimentação (posteriormente juntados em um só programa, o Bolsa Família, pelo governo Lula),[35] além do início da reforma do Estado, com a implantação, por exemplo, do Ministério da Defesa, da Advocacia-Geral da União (AGU) e da Controladoria Geral da União (CGU). A implantação da Lei de Responsabilidade Fiscal foi um marco na regulação do uso de verbas públicas em todos os níveis administrativos do país.[36]
História recente
Após a derrota do tucano José Serra na disputa para a prefeitura de São Paulo de 2012, o ex-presidente FHC defendeu que PSDB precisa de "um discurso convincente, afim com os problemas atuais do país"[37] e de renovar os seus quadros. Ao lado do ex-senador Tasso Jereissati, o ex-presidente lançou a pré-candidatura do senador mineiro Aécio Neves à presidência.[38]
Como presidente do partido, Aécio Neves idealizou dois portais eletrônicos de interação e divulgação do partido com a sociedade. O "Conversa com brasileiros" foi lançado em Maio de 2013 como um portal de comunicação do PSDB que reúne depoimentos e opiniões de lideranças e filiados do partido sobre temas como custo de vida, educação, inflação, entre outros. Através do portal, a população também pode entrar em contato com os políticos do PSDB por meio de suas redes sociais ou por mensagens.[39][40]
Já o Portal Social do Brasil foi lançado no dia 4 de Setembro de 2013. O site visa a construir uma nova agenda para o PSDB, com foco no debate das políticas sociais.[41]
Candidatura à presidência em 2018
Ver artigo principal: Campanha presidencial de Geraldo Alckmin em 2018
A campanha de Geraldo Alckmin para a Eleição presidencial no Brasil em 2018, foi anunciada em 9 de dezembro de 2017, em uma convenção nacional do PSDB.[42] Foi oficialmente nomeado em 4 de agosto de 2018, tendo a senadora Ana Amélia Lemos como vice.[43] A campanha de Alckmin garantiu a coligação de oito partidos: DEM, PP, PR, PRB, SD, PTB, PSD e PPS[44] O programa de governo de Alckmin foi intitulado como "Diretrizes Gerais", este possui 43 propostas, sendo três com prazos determinados, como a de crescer 50 pontos em oito anos no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa). As outras duas são "garantir que todas as crianças estejam plenamente alfabetizadas até 2027" e "eliminar o déficit público em dois anos".[45]
Organização
Composição
O partido a nível nacional, é composto por uma executiva, formada pelo presidente, secretário-geral, vices-presidentes e secretários, e um diretório nacional de 227 membros.[46] A nível estadual, é formado por diretórios estaduais, que possuem presidente e secretário-geral.
Programa partidário
O PSDB foi criado originalmente com o objetivo de representar a social democracia no Brasil. Entre as principais propostas originais do partido, encontram-se o enxugamento da máquina pública, a instituição do parlamentarismo no plano político e uma economia de mercado regulada pelo Estado, com participação mais livre das empresas privadas e de investidores internacionais. Tem status de observador na Organização Democrata Cristã da América (ODCA).[47]
Em documento elaborado em 1990, o presidente de honra do partido discorre sobre a social democracia, afirmando:[48] Os pontos principais do programa do PSDB são:[carece de fontes]
- Defesa intransigente da democracia
Descentralização política e administrativa- Estado a serviço do povo e não de grupos privilegiados
Crescimento econômico sustentável com distribuição de renda e educação de qualidade para todos
Reforma política que fortaleça os partidos e aproxime o parlamentar de seus eleitores.
Posição político-ideológica
O PSDB é um partido político brasileiro cujos militantes e simpatizantes geralmente o classificam como sendo de centro-esquerda.[49][50][51][52] Diversos críticos e intelectuais de esquerda,[53] no entanto, por considerarem que o partido em relação a determinados pontos adota posturas liberais, citam-no como sendo centrista,[54] ou até mesmo de centro-direita.[10][11][12] A terceira via de Anthony Giddens é também uma das ideologias assumidas pelo partido.[55]
Alterações políticas significativas no cenário mundial, como por exemplo a Queda do Muro de Berlim, tornaram a distinção entre esquerda e direita mais complicada. No Brasil, a dificuldade de se distinguir a posição do partido no espectro ideológico ficou maior no passado recente do país. As controvérsias em torno do uso dos termos "esquerda" e "direita" aumentaram, especialmente após um dos então principais partidos de esquerda do Brasil, o Partido dos Trabalhadores (PT), ter passado a adotar algumas políticas mais neoliberais. Dentro desse contexto, em 2003, entrevistado pelo jornal do PSDB, Fernando Henrique Cardoso, presidente de honra do partido, afirmou que, independentemente da posição assumida pelo PT, a posição do PSDB deveria permanecer a mesma. FHC afirmou que, do ponto de vista ideológico, o partido não poderia ceder, permanecendo onde estava, continuando com a sua linha "de centro-esquerda ou centro olhando para a esquerda".
Plataforma de projetos
O Portal Social do Brasil é um portal com os projetos e práticas sociais desenvolvidos pelo PSDB. O Portal foi lançado em setembro de 2013.[56][57][58] O projeto foi idealizado pelo senador Aécio Neves, presidente do PSDB e pelo Instituto Teotônio Vilela, organização de estudos e formação política do partido.[59][60][61]
O Portal contém informações de 81 projetos sociais nas áreas de juventude, infância, educação, saúde, pobreza, assistência social, emprego, habitação, segurança alimentar, prevenção e combate às drogas, mulheres, idosos e pessoas com deficiência implantados pelos governos estaduais e prefeituras administrados pelo PSDB.[56][62][63]
O Portal permite que profissionais da área social, prefeitos e a população façam consultas sobre a execução e andamento dos projetos. Através do Portal é possível agendar uma visita para conhecer os projetos e enviar comentários, dúvidas ou sugestões.[56][62][64][65]
Identidade visual
Os filiados ao PSDB são conhecidos como "tucanos",[66] pois o partido adotou essa ave como símbolo. Isto se deu em uma das reuniões preparatórias da formação do PSDB, em Brasília, em abril de 1988, quando a representação de Minas Gerais propôs que houvesse um símbolo para simplificar a identificação do partido e para facilitar sua comunicação com a população, sugerindo, então, um tucano. Após acalorada discussão, a proposta foi aprovada, pela evidência das razões apresentadas. A figura do tucano tem três importantes significações:
- O tucano de peito amarelo lembra a cor da campanha Diretas Já, movimento de que participaram vários de seus fundadores;
- O tucano é um dos símbolos do movimento ecológico e da defesa do meio ambiente, em voga nas décadas de 1980 e 1990, o que renderia, ao partido, uma boa imagem (de modernidade e ligação com temas importantes contemporâneos) frente à opinião pública;
- Trata-se de uma ave "brasileira", característica importante para indicar a preocupação do partido com a realidade nacional, ou seja, a de que o partido não entende a social-democracia como uma "fórmula" pronta para ser aplicada no Brasil, um país com realidades distintas dos países da Europa, o berço da ideologia social-democrata. Neste sentido, o tucano procuraria representar o entendimento de que é preciso formar um programa social-democrático que se encaixe e atenda às realidades do Brasil.
Juventude partidária
Juventude do PSDB (conhecida por JPSDB) é um movimento político interno do Partido da Social Democracia Brasileira, que surgiu junto o próprio PSDB, em 25 de junho de 1988. O movimento cresceu com a campanha de Mário Covas para Presidente do Brasil, em 1989. A JPSDB é o secretariado da juventude do PSDB. Está organizado em todos os estados brasileiros e em mais de 1.000 municípios do país.
Em 2013, o Presidente do PSDB, Senador Aécio Neves, reconfigurou o formato de atuação da JPSDB e definiu uma comissão provisória para organizar o secretariado, que passa a ser uma Rede Temática do PSDB. Esse secretariado é composto por 3 presidentes estaduais: Caio Narcio (Minas Gerais), Michelí Petry (Rio Grande do Sul) e Mariana Carvalho (Rondônia), esta comissão convocou eleições democráticas, em que membros dos 27 estados escolheram Olyntho Neto, do Tocantins, o novo Presidente Nacional da JPSDB.[67] O processo de iniciou com a Executiva Nacional do PSDB, que decidiu formar uma comissão eleitoral para definir como seria as eleições para Presidente da Juventude Tucana. Foi decidido então, que quem iria votar seria somente os 27 presidentes estaduais. Os principais candidatos naquela ocasião eram Raffie Dellon da JPSDB-PE, que dizia ser o preferido de Aécio Neves e tinha o apoio da JPSDB-MG; Mariana Carvalho da JPSDB-RO; Pedro Pimenta da Veiga da JPSDB-DF; e Olyntho Neto da JPSDB-TO. Mariana e Pedro Pimenta declinaram da candidatura para apoiar Olyntho, que foi eleito com 1 voto de diferença.
Os presidentes do JPSDB foram:
- 2005–2007: Kamyla Castro (JPSDB-CE)[68]
- 2007–2011: Bruno Covas (JPSDB-SP)[68]
- 2011–2013: Marcelo Richa (JPSDB-PR)[69]
- 2013–2016: Olyntho Neto (JPSDB-TO)[70]
- 2016–atual: Henrique Palermo do Vale (JPSDB-PR)[71]
No XI Congresso foi eleito como presidente o Deputado Estadual (PSDB/SP) Bruno Covas, tendo como Vice Presidente o jovem Leonardo Felipe (JPSDB-GO).[68]
No XII Congresso a JPSDB elegeu para a presidência da JPSDB o jovem Marcello Richa (PSDB-PR) e Wesley Goggi (PSDB-ES) como representante da Juventude na Executiva Nacional do PSDB.[68]
Em 2012, o secretário da entidade foi criticado por Luís Nassif por recomendar o suicídio do senador Demóstenes Torres.[72]
Tucanafro
Além da juventude partidária, o PSDB possui o secretariado Tucanafro, que representa a causa negra do partido, presidido por Juvenal Araújo. Foi fundado em 2013. Tem por objetivo, debater sobre questões de povos afro-descendentes no Brasil dentro do partido.
PSDB Mulher
É um dos mais antigos segmentos do partido, fundado em 1999, na V Convenção Nacional. Tem como objetivo, debater as causas de pessoas do sexo feminino dentro do partido. Sua presidente de honra, é Solange Jurema (PSDB-AL), mas a oficial presidente, é Yeda Crusius.
PSDB Diversidade
Fundado em 24 de Junho de 2006, esse secretariado discute sobre as causas LGBT no Brasil. Seu presidente, é Marcos Antonio Fernandes. Oficialmente, o PSDB tem os seguintes objetivos a respeito da comunidade LGBT:
- Reconhecer que a diversidade sexual é inerente à condição humana e, portanto, os direitos devem ser garantidos independentemente da orientação sexual ou da identidade de gênero.
- Reconhecer que a diversidade sexual é compreendida de maneiras diferentes, no atual contexto brasileiro e mundial, e que, por conta disso, o Estado deve atuar em prol da defesa e garantia desses direitos nos trêspoderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
- Cabe ao Estado salvaguardar as condições necessárias para que a diversidade esteja contemplada e seja respeitada em todas suas esferas e áreas de atuação.
- A diversidade deve estar no DNA do poder público (em seus equipamentos, instituições, no quadro funcional, na política de recursos humanos, etc), através da institucionalização, permanência e legalização de espaços voltados à construção das políticas públicas para essa população.
- As manifestações da sociedade civil organizada são importantes para a consolidação da democracia. Nesse sentido, é fundamental que o Estad garanta e promova espaços de interlocução com a sociedade civil e incentive a autonomia das organizações de luta pelos direitos.
- Fiel a seu compromisso com a construção de uma sociedade mais justa e solidária, o partido deve pautar e inserir nos planos de governo doscandidatos majoritários propostas para a diversidade sexual.
- É compromisso do PSDB buscar, no Legislativo, o empenho de seus representantes na luta pela igualdade e equidade de direitos para a diversidade sexual.
- Ampliar a discussão e difundir o conhecimento acerca da diversidade sexual através de seminários, encontros, palestras com lideranças e militantes do partido.
- Incentivar e garantir representantes dessa comunidade ou aliados nos pleitos eleitorais.[73]
PSDB Sindical
Fundado em 20 de Agosto de 2011, em Minas Gerais, esse segmento tem como objetivo, trazer representação sindical pro partido. Ele hoje é presidido pelo partidário paulista, Ramalho da Construção. Hoje, conta com representatividade em 21 estados.[73]
Presidentes Nacionais
O presidente é eleito para um mandato de 2 anos. Fernando Henrique Cardoso, recebeu o título de "presidente de honra" simbolicamente.[74]
Foto | Nome | Mandato | Notas e Referências | |
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Início | Fim | |||
Comissão Provisória | 1988 | 1989 | Revesamento entre Franco Montoro, Fernando Henrique Cardoso, Mário Covas, José Richa e Pimenta da Veiga | |
Franco Montoro | 1989 | 1991 | ||
Tasso Jereissati | 1991 | 1994 | ||
Pimenta da Veiga | 1994 | 1995 | ||
Artur da Távola | 1995 | 1996 | ||
Teotônio Vilela Filho | 1996 | 2001 | ||
José Aníbal | 2001 | 2003 | ||
José Serra | 2003 | 2005 | ||
Eduardo Azeredo | Janeiro de 2005 | Outubro de 2005 | ||
José Serra | Outubro de 2005 | Novembro de 2005 | ||
Tasso Jereissati | Novembro de 2005 | 2007 | ||
Sérgio Guerra | 23 de Novembro de 2007 | 18 de Maio de 2013 | ||
Aécio Neves | 18 de Maio de 2013 | 9 de Dezembro de 2017 | Afastado dia 18 de Maio de 2017. Carlos Sampaio assumiu interinamente a presidência. | |
Geraldo Alckmin | 9 de Dezembro de 2017 | Incumbente | Eleito por 470 votos a 3[42] |
Participação e desempenho eleitoral
Participação em eleições presidenciais
Ano | Imagem | Candidato a Presidente | Candidato(a) a Vice-Presidente | Coligação | Votos | % | Posição |
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1989 | Mário Covas | Almir Gabriel | sem coligação | 7 790 392 | 10,78 | 4.º | |
1994 | Fernando Henrique Cardoso (PSDB) | Marco Maciel (PFL) | PSDB, PFL e PTB | 34 364 961 | 54,27 | 1.º | |
1998 | Fernando Henrique Cardoso (PSDB) | Marco Maciel (PFL) | PSDB, PFL, PPB, PTB e PSD | 35 936 540 | 53,06 | 1.º | |
2002 | José Serra (PSDB) | Rita Camata (PMDB) | PSDB e PMDB | 33 370 739 | 38,72 | 2.º | |
2006 | Geraldo Alckmin (PSDB) | José Jorge (PFL) | PSDB e PFL | 37 543 178 | 39,17 | 2.º | |
2010 | José Serra (PSDB) | Indio da Costa (DEM) | PSDB, DEM, PTB, PPS, PMN e PTdoB | 43 711 388 | 43,95 | 2.º | |
2014 | Aécio Neves (PSDB) | Aloysio Nunes (PSDB) | PSDB, SD, PMN, PEN, PTN, PTC, DEM, PTdoB e PTB | 51 036 040 | 48,36 | 2.º | |
2018 | Geraldo Alckmin (PSDB) | Ana Amélia (PP) | PSDB, PP, PR, PRB, PSD, SD, DEM, PTB e PPS | 5 096 277 | 4,76 | 4.º |
O PSDB disputou o primeiro turno da eleição presidencial de 15 de novembro de 1989, tendo o senador Mário Covas, seu candidato, conquistado o quarto lugar, num total de 22 candidatos, obtendo 11,52% dos votos válidos, correspondente a 7 790 392 votos, quando o segundo colocado, Luís Inácio Lula da Silva, obteve pouco mais de 11 milhões. No segundo turno, o partido apoiou a candidatura de Lula contra Fernando Collor de Melo.[75]
A caminhada vitoriosa do PSDB rumo à Presidência da República em 1994, segundo o livro A História Real, teria começado bem antes da campanha presidencial propriamente dita. As alianças feitas e desmanchadas anteriormente teriam sido, segundo os autores do livro, essenciais para o sucesso tucano.[76] Apesar de toda a rixa que existe atualmente entre PT e PSDB, esses partidos formaram muitas alianças antes da campanha de 1994, quando se separaram definitivamente. O plebiscito de 21 de abril mostrou ao País, cinco anos após a Constituinte de 1988, que o previra, uma histórica decisão: monarquia ou república, parlamentarismo ou presidencialismo. A eleição foi palanque da batalha que uniu presidencialistas ao grupo do próprio Lula, que, de parlamentarista, silenciou-se.[77]
O dia-chave para o PSDB e para Fernando Henrique virarem o jogo da eleição de 1994, que parecia certa para Lula, foi 21 de maio de 1993. Com Itamar Franco assumindo a presidência da república após o impeachment de Collor, houve uma coalizão da maioria dos partidos no congresso para dar apoio ao novo presidente. PMDB, PT, PFL e PSDB, os maiores partidos, acenaram apoio. Posteriormente, o PT desistiu, sendo esse conflito o motivo do desligamento de Luiza Erundina do partido, pois ela havia sido nomeada ministra. Nesse contexto, FHC, então senador, foi nomeado ministro das Relações Exteriores. Com oito meses do novo governo, Fernando Henrique assumiu o Ministério da Fazenda, montou uma equipe composta por, entre outros, Edmar Bacha, Pérsio Arida e André Lara Resende, e implantou o Plano Real.[carece de fontes] O Plano Real, elaborado principalmente por Edmar Bacha, começou a tomar feições nítidas com a aprovação pelo Congresso Nacional do "fundo social de emergência", que daria, ao governo, liberdade para dispor de 15% a 20% de todo o orçamento da União, às custas da previdência social e de um aumento do imposto de renda sobre a classe média e as empresas. A equipe da Fazenda teria, então, possibilidade de manejar melhor o plano. O fundo de emergência também foi o estopim da aliança PSDB–PFL. Para obter a aprovação do fundo, o PSDB precisou do apoio maciço do PFL, que aquiesceu.[78] A Unidade Real de Valor (URV) convertia os preços em uma nova unidade que substituiria a moeda então vigente, o cruzeiro real, por uma nova moeda logo depois, o real. Era a senha para acostumar o povo a um novo mundo, antes de chegar a moeda de fato e vencer, após mais de vinte anos, a cultura inflacionária do brasileiro.[carece de fontes]
Forjou-se a aliança definitiva entre PSDB e PFL, apesar do estranhamento inicial. O PSDB baiano, inimigo à época do PFL do mesmo estado, recusou-se a integrar a união, como também ocorreu no Maranhão. Outras rusgas surgiram, mas a aliança manteve-se coesa, apesar de tudo. Inicialmente, o PSDB tentou camuflar a aliança, dando o tom de liderança na chapa, mas a ajuda do PFL foi indispensável para a vitória nas eleições. O PFL detinha um imenso curral eleitoral no Nordeste, o que impulsionou a vitória.[carece de fontes]
Nas eleições presidenciais de 2002, o candidato do partido, José Serra, perdeu para Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores. Lula teve 61,27% dos votos e Serra, 38,73%.[79]
Nas eleições presidenciais de 2006, o candidato do partido, Geraldo Alckmin, obteve 41,5% dos votos válidos no primeiro turno e foi para o segundo turno com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, quando este obteve 61% dos votos válidos, sendo reeleito.[80]
O candidato do PSDB na eleição presidencial de 2010 foi novamente José Serra. Ele perdeu no segundo turno para a candidata do PT Dilma Rousseff, Serra obteve quase 44% dos votos, enquanto Dilma obteve pouco mais de 56%.[81]
Para as eleições de 2014, Aécio Neves foi escolhido como candidato à presidência pelo PSDB, em uma coligação com mais oito partidos. No dia 14 de junho de 2014, o PSDB oficializou Aécio Neves como candidato a presidente do Brasil e, no dia 30 de junho de 2014, anunciou o senador Aloysio Nunes como candidato a vice-presidente na chapa de Aécio Neves.[82] O senador de Minas Gerais foi ao segundo turno com a ex-presidente, Dilma Rousseff, sendo a sexta vez seguida que o PSDB e o PT se enfrentam no segundo turno presidencial. Porém, Aécio ficou em segundo lugar, e Rousseff foi reeleita.[83] No final de 2014, o PSDB entrou com um processo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com pedido de cassação da chapa Dilma Rousseff e Michel Temer por supostas irregularidades na campanha eleitoral daquele ano.[84] O PSDB protocolou o processo por entender que há irregularidades nas prestações de contas apresentadas por Dilma, que teria recebido recursos do esquema de corrupção investigado na Operação Lava Jato. Segundo entendimento do TSE, a prestação contábil da presidente e do vice-presidente é julgada em conjunto.[85]
Após a consumação do impeachment de Dilma, o PSDB passa a integrar o novo governo de Michel Temer, ocupando importantes ministérios. Nas eleições de 2018, Geraldo Alckmin foi novamente o candidato tucano à presidência, tendo como vice a senadora Ana Amélia Lemos, e amparado pela maior coligação de partidos do pleito, que reuniu nove legendas e lhe garantiu cerca de metade do tempo de TV destinado ao horário eleitoral.[86] Devido a alta impopularidade de Temer, Alckmin tentou descolar a sua imagem do governo, e durante toda a campanha, evitou o rótulo de candidato governista. O presidente reagiu, e pelas redes sociais, divulgou vídeos listando os apoiadores de Alckmin que ocupavam cargos no governo.[87] Apesar dos esforços, Alckmin acabou em 4º lugar na disputa, com cerca de 5 milhões de votos, a pior votação do PSDB desde a redemocratização do país.[88]
Participação em eleições parlamentares federais
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A bancada do partido na presente legislatura tem a seguinte composição por unidade federativa:
Deputados | AC | AL | AM | AP | BA | CE | DF | ES | GO | MA | MG | MS | MT | PA | PB | PE | PI | PR | RJ | RN | RO | RR | RS | SC | SE | SP | TO |
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51 | 1 | 1 | 1 | 0 | 3 | 1 | 1 | 1 | 3 | 1 | 7 | 1 | 1 | 1 | 1 | 3 | 0 | 2 | 1 | 1 | 1 | 1 | 1 | 2 | 0 | 15 | 0 |
O PSDB saiu da eleição brasileira de 2006 com 66 deputados e quatorze senadores no Congresso Nacional, além de seis governadores. São eles: José Serra (São Paulo), Aécio Neves (Minas Gerais), Yeda Crusius (Rio Grande do Sul), Teotônio Vilela Filho (Alagoas), Cássio Cunha Lima (Paraíba) e José de Anchieta Júnior (Roraima), sendo que o último assumiu o governo após a morte do governador Ottomar Pinto, em 2007. O PSDB, o PPS e o PFL (atual DEM) decidiram continuar sendo oposição ao Governo Lula no atual mandato. O governador Cássio Cunha Lima teve seu mandato cassado pelo TSE em 2009, e em seu lugar assumiu o segundo mais votado, o governador José Maranhão, do PMDB.[91][92]
O partido formou, em 2011, a terceira maior bancada na Câmara, com 53 deputados federais, e a terceira maior no Senado, com onze eleitos, sendo o candidato Aloysio Nunes eleito Senador por São Paulo com onze milhões de votos, a maior votação da história para o senado.[93][94][95] Aloysio também será o primeiro senador tucano eleito por São Paulo em 16 anos.[96]
Em 2014 elegeu senadores no Ceará, em Minas Gerais, no Paraná e em São Paulo.[97]
Participação em eleições estaduais
Nas eleições estaduais de 2002, o PSDB conseguiu manter relativa força, ganhando o governo de importantes estados como São Paulo (terceiro mandato consecutivo), com Geraldo Alckmin, Goiás, com Marconi Perillo, e Minas Gerais, com Aécio Neves.[98]
Em 2006, o ex-prefeito de São Paulo José Serra foi vencedor na disputa do governo do estado pelo partido já no primeiro turno, consolidando um domínio da legenda em São Paulo que completaria, ao fim de seu mandato, dezesseis anos de poder.[99]
Embora não tenha vencido a eleição presidencial de 2010, o PSDB foi o partido que mais elegeu governadores, 8, com mais de 47% da população, considerando os estados governados pelo partido.[81] Em São Paulo, o partido conquistou 20 anos de governo, com a eleição em 2010 de Geraldo Alckmin.[100]
O partido reelegeu Geraldo Alckmin como governador de São Paulo e Beto Richa como governador paranaense, logo no primeiro turno. Já no segundo turno, reelegeu Marconi Perillo e Simão Jatene como governadores de Goiás e Pará, respectivamente, e ainda elegeu Reinaldo Azambuja como governador do Mato Grosso do Sul.[101]
Participação em eleições municipais
Apesar de recém-constituído e ainda com organização provisória, o PSDB participou das eleições municipais de 15 de novembro de 1988, disputando com candidatos próprios e conseguindo vitórias importantes como em Minas Gerais, onde conquistou as prefeituras de Belo Horizonte com Pimenta da Veiga, e de Contagem, com Ademir Lucas Gomes, além de mais cinco prefeituras nesse estado. No Ceará, elegeu Ciro Gomes a prefeitura de Fortaleza. Ao todo, o PSDB elegeu dezoito prefeitos, sendo sete em Minas Gerais, cinco em São Paulo, três no Espírito Santo, um no Mato Grosso do Sul, um em Pernambuco e um no Amazonas Elegeu, nesses mesmos estados, cerca de 215 vereadores..[102]
O Partido da Social Democracia Brasileira venceu em São Bernardo do Campo, considerado berço e reduto petista, com Maurício Soares. Ao todo, conquistou 926 prefeituras e elegeu 5 761 vereadores, comprovando enorme crescimento e estabelecendo-se definitivamente como um dos maiores partidos do Brasil.[103]
Assim como em 2004, o PSDB saiu das eleições municipais com a segunda maior votação proporcional em todo o Brasil (a primeira foi do PMDB) elegendo no total, 790 prefeitos (786 no primeiro turno e 4 no segundo) e 5897 vereadores.[104]
Nas eleições municipais de 2012, o PSDB se manteve como o segundo maior partido municipal do Brasil, após o PMDB, com 701 prefeitos e 5146 vereadores.[105] O partido elege prefeitos de quatro capitais (Teresina, Maceió, Manaus e Belém).[106]
Controvérsias
Corrupção
Ver artigos principais: Escândalo das licitações no transporte público em São Paulo, Escândalo do caso Alstom, Mensalão tucano e Lista de Furnas
Com base em dados divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral, o Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral divulgou um balanço, em 4 de outubro de 2007, com os partidos com maior número de parlamentares cassados por corrupção eleitoral desde o ano 2000. O PSDB apareceu em terceiro lugar na lista, com 58 cassações, atrás apenas do DEM e do PMDB.[107]
Ver também
- Lista de partidos políticos no Brasil
- Política do Brasil
Referências
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Bibliografia
«Revista Social Democracia Brasileira». São Paulo: Instituto Teotônio Vilela
Ligações externas
- Website oficial
Partido da Social Democracia Brasileira no Twitter
- Social Democracia Sindical
Página oficial da JPSDB
JPSDB no Facebook
Informações sobre o PSDB, na página do Tribunal Superior Eleitoral
Second Life é o novo palanque político- Direitos e deveres dos maiores partidos políticos
- Distribuição do tempo de televisão entre os maiores partidos políticos em 2008
- Informações sobre os políticos do PSDB
- Militantes cobram realização de prévia no PSDB