Conclave




Um Conclave acontece após uma renúncia, ou a morte de um Papa, na Igreja Católica Apostólica Romana. Todos os cardeais se reúnem no Vaticano para uma "votação secreta", sob a luz do Espírito Santo.




Índice






  • 1 História


  • 2 Procedimento


    • 2.1 Preparação


    • 2.2 Início do Conclave


    • 2.3 Votação


    • 2.4 Anúncio dos resultados


    • 2.5 Pós-votação concludente




  • 3 Todos os conclaves


    • 3.1 Século XIII


    • 3.2 Século XIV


    • 3.3 Século XV


    • 3.4 Século XVI


    • 3.5 Século XVII


    • 3.6 Século XVIII


    • 3.7 Século XIX


    • 3.8 Século XX


    • 3.9 Século XXI




  • 4 Ver também


  • 5 Referências


  • 6 Bibliografia


  • 7 Ligações externas





História |


O conclave é um ritual praticamente inalterado desde há oito séculos: foi o Papa Gregório X que usou pela primeira vez a palavra em 1274 e instituiu a base dos actuais conclaves, por meio da constituição apostólica Ubi periculum. Isto deveu-se à demorada sucessão do Papa Clemente IV, que demorou mais de um ano e meio. O Papa quis, então, prevenir que a escolha do Sumo Pontífice demorasse tanto tempo, obrigando que a reunião tivesse que ser conclusiva.


Um conclave deve começar entre 15 e 20 dias depois da renúncia ou morte do Papa. Este prazo foi fixado na época medieval, quando viajar até Roma a partir de qualquer parte do mundo cristão era tarefa para demorar semanas, e embora hoje em dia os Cardeais possam fazê-lo em questão de poucas horas, manteve-se este intervalo para que os Cardeais aproveitem esse tempo para fazer reuniões entre si nas quais se debate o estado da Igreja ou, embora esteja teoricamente proibido, sondar alianças e candidatos. O intervalo denomina-se novemdiales. Este período termina com a missa Pro Eligendo Romano Pontifice, com a presença de todos os Cardeais na Basílica de São Pedro na mesma manhã em que começa o conclave. Depois, os membros do Colégio Cardinalício dirigem-se à Capela Sistina, onde se fazem as votações.



Procedimento |




O Cardeal Camerlengo certifica-se da morte do Papa Leão XIII.


Assim que ocorre o falecimento ou a renúncia de um Papa, a Sé Apostólica é considerada vacante (vaga) até à data da eleição do novo pontífice. Neste período, os assuntos da Igreja são entregues ao Cardeal Decano, ou Camerlengo, ao qual compete comprovar oficialmente a morte do Papa, fazendo-o na presença do Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, dos Prelados Clérigos e dos Secretário e Chanceler da Câmara Apostólica. O Camerlengo também redige a ata referente ao falecimento do Papa. Cumpre-lhe ainda a missão de convocar o Sagrado Colégio dos Cardeais, para que se reúnam em Conclave, o qual elegerá o novo Papa. O Camerlengo tem igualmente o encargo de recolher o selo e o anel pontifícios, encerrando os aposentos e dependências onde o pontífice defunto viveu e trabalhou, para que ninguém possa ter acesso aos mesmos. Se o Papa for sepultado na Basílica vaticana, cabe ao notário do capítulo da Basílica, ou ao cónego arquivista, a redação do documento oficial comprovativo.


Após a morte do Papa, e durante nove dias, os Cardeais celebram exéquias de sufrágio pela sua alma, de acordo com o que está estabelecido no documento Ordo Exsequiaram Romani Pontifici. O direito de eleger o Papa é exclusivo dos Cardeais, exceptuando-se aqueles que tenham cumprido os 80 anos antes do anúncio da Sé Apostólica vacante (o último Papa que não era Cardeal foi Urbano VI, em 1378; os últimos Papas que eram laicos à data da eleição datam do século X - João XII e Leão VIII). O número total de Cardeais eleitores não pode ser superior a 120. O Conclave realiza-se obrigatoriamente dentro do Estado do Vaticano (Capela Sistina), decorrendo as suas sessões no meio do maior secretismo e isolamento.


O Papa Paulo VI reformulou as regras de eleição do Papa, através do Motu Proprio Ingravescentem Aetatem, de 21 de novembro de 1970. A 1 de outubro de 1975, Paulo VI fez ainda publicar a Constituição Apostólica Romano Pontífice Eligendo, documento de 62 páginas, em que reafirma o disposto naquele Motu Proprio de 1970. Nesse documento, decretou três modalidades para a eleição do Papa: 'por aclamação' (um Cardeal propõe um nome e os outros Cardeais aceitam-no imediatamente); 'por compromisso', isto é, por aceitação do nome decidido por um grupo de Cardeais, e 'por votação'. Neste último caso, o nome do Cardeal mais votado tinha que somar dois terços dos votos. As normas de eleição do Pontífice Romano seriam revistas por João Paulo II, num documento de 34 páginas, a Constituição Apostólica Universi Dominici Gregis, de 22 de fevereiro de 1996, a qual modifica certos pontos do disposto sobre a reunião plenária dos Cardeais para a eleição do Sumo Pontífice. No entanto, foi mantido o antigo princípio de que, durante o Conclave, o Espírito Santo guia as decisões de cada Cardeal. A Constituição Apostólica de João Paulo II introduziu uma grande novidade, ao restringir a eleição do Papa a uma só modalidade: 'por votação', ou seja, per scrutinium, post-scrutinium, que compreende três passos. O primeiro é a contagem dos votos, o segundo a sua verificação e o terceiro a sua destruição pelo fogo.


Todos os Cardeais eleitores estão obrigados a manter segredo absoluto sobre tudo quanto respeite às sessões do Conclave. É-lhes vedado comunicar com o exterior por correio, via telefónica ou qualquer outro meio. A regra do sigilo é extensiva a todas as pessoas chamadas a prestar apoio técnico ou logístico às sessões do Conclave: alguém apanhado a utilizar um receptor ou transmissor, será imediatamente expulso e punido com sanções morais que podem chegar à gravidade da excomunhão, a qual não se aplica aos Cardeais eleitores, uma vez que estão obrigados, em consciência, a respeitar a regra do sigilo (graviter onerata ipsorum conscientia).


É normal que os conclaves durem entre 2 a 5 dias (entre os do século XX o mais rápido foi o de 1939 que elegeu Pio XII em dois dias e três votações e o mais demorado o de 1922 que elegeu Pio XI em cinco dias e catorze votações. Os conclaves mais antigos tanto poderiam arrastar-se longamente (como o da eleição do Papa Celestino V entre 1292 e 1294 que demorou 27 meses) ou ficar decididos em poucas horas, como o de 1503 de onde saiu eleito o Papa Júlio II.



Preparação |





Capela Sistina.


Uma vez celebradas as exéquias do Pontífice falecido, prepara-se o Conclave, o qual poderá ter início no 15.º dia seguinte à morte do Papa, nunca ultrapassando o 20.º dia. Como já se disse, o Conclave tem lugar dentro do Vaticano. O local deve proporcionar um adequado isolamento dos Cardeais em relação ao exterior e também o seu alojamento em dependências próximas do Conclave. Há cerca de um século, passou a realizar-se na Capela Sistina, antes a capela primitiva dos Papas e 'coração' da Basílica de São Pedro e da própria Cidade de Vaticano.


O Conclave é antecedido de missa solene em que participam todos os Cardeais. Finda a liturgia, duas mesas são introduzidas na Capela Sistina, sendo colocadas na zona do altar-mor. A primeira é coberta com um pano de cor púrpura e sobre ela são colocados três grandes vasos de vidro transparente e uma bandeja de prata. A segunda é reservada aos três Cardeais escrutinadores.


Posto isto, os Cardeais eleitores dirigem-se entoando o hino Veni Creator Spiritus às suas cadeiras, marcadas com os seus nomes. Estando todos nos seus lugares, o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias, encarregue de dirigir todo o cerimonial e protocolo do Conclave, profere a frase latina Extra omnes. É a ordem para que todos os estranhos abandonem rapidamente a Capela Sistina. Os elementos do coro que participaram na missa, jornalistas, equipas de televisão, etc., saem então da Capela, cujos acessos são fechados ao exterior.



Início do Conclave |




Interior da Capela Sistina, mostrando o local onde se realiza o Conclave.


O Camerlengo lê o juramento solene que obriga todos os Cardeais eleitores a aceitar as condições do eligendo, a rejeitar todas as influências externas e a manter secretas as suas deliberações. Feita esta leitura, o Camerlengo procede à chamada dos eleitores. Ao ouvir o seu nome, cada Cardeal levanta-se e dirige-se para a mesa onde estão os três vasos de vidro e a bandeja de prata, perante a qual, em voz alta, declara o juramento com a mão direita sobre as Escrituras:






Et ego, N.(George),
Cardinális N.(Marius Bergoglius),
spóndeo, vóveo ac iuro.
Sic me Deus ádiuvet
et hæc Sancta Dei Evangélia,
quæ manu mea tango.



"Eu, (Jorge),
Cardeal (Mario Bergóglio),
prometo, me obrigo e juro.
Que Deus me ajude,
e também estes Santos Evangelhos,
que toco com a minha mão."



Findo o juramento por parte de todos os eleitores, O Camerlengo chama a atenção dos Cardeais para a importância das suas decisões e a necessidade de guardarem bem vivo "o bem da Igreja". Conclui: "Que o Senhor vos abençoe a todos!"


Depois, por sorteio, efetua-se a eleição dos três Cardeais escrutinadores, os quais assumem a responsabilidade de verificar e contar os votos; passam a receber, por ordem de eleição, a designação de 1.º, 2.º e 3.º escrutinador. Pelo mesmo método são sorteados os três Cardeais infirmarii. Compete-lhes recolher os votos dos Cardeais que adoeceram, eventualmente, durante o Conclave. Ficam recolhidos em aposentos contíguos à Capela Sistina, na Casa de Santa Marta, dirigida por religiosas, onde também se alojam os restantes Cardeais eleitores. Por fim, sorteiam-se os três Cardeais revisores, encarregues de fiscalizar os trabalhos dos Cardeais escrutinadores. Para cada um dos três sorteios utilizam-se tiras de papel que são depositadas nos três vasos de vidro que, como referido, se encontram sobre a mesa situada junto do altar-mor da Capela Sistina.



Votação |


As votações realizam-se em sessões de manhã e à tarde, duas em cada sessão, com exceção do primeiro dia onde se realiza apenas uma votação.


Chegada a hora da votação, cada Cardeal pega num boletim, de papel branco e forma retangular, que tem escrito na parte superior Eligo in summum pontificem (Elejo como Sumo Pontífice), com espaço para escrever o nome escolhido. Exige-se caligrafia clara e em letras maiúsculas, mas impessoais. O voto deve ser dobrado ao meio, e, com este apertado entre as mãos, recolhe-se em oração silenciosa: "Chamo como testemunho Jesus Cristo, o Senhor, que seja meu juiz, que o meu voto seja dado àquele que perante Deus considero dever ser eleito".


Votam primeiramente os Cardeais mais idosos. Um a um, os Cardeais dirigem-se para a mesa junto ao altar-mor, depositam o seu voto na bandeja de prata, e depois levantam-na até a altura da boca do primeiro vaso de vidro. Inclinam a bandeja e o voto cai dentro do vaso. Acabada a votação, o primeiro Cardeal escrutinador agarra no vaso de vidro e leva-o para a mesa de escrutínio. Uma vez aí, agita-o energicamente, para que os votos fiquem bem misturados. Logo a seguir, deita os votos no segundo vaso de vidro. Um a um, conta-os em voz alta, como mandam as normas canónicas, para que todos ouçam distintamente e sem qualquer dúvida (caso os votos contados não correspondam ao total de Cardeais eleitores, serão queimados e passar-se-á a segunda votação).


Assim, o primeiro escrutinador pega no vaso de vidro e tira um voto. Desdobra-o e anota numa folha de papel o nome do candidato a Papa que dele consta. Passa o voto ao segundo escrutinador, que procede de igual modo, entregando o voto ao terceiro escrutinador. Em voz alta e de maneira inteligível, como manda o eligendo, este lê cada nome votado. A operação repete-se até que todos os votos estejam escrutinados (contados e anunciados).


Após todos os votos estarem escrutinados, o terceiro escrutinador fura e cose cada boletim de voto com agulha e linha. Com diz o eligendo, a agulha tem que perfurar a palavra latina eligio (elejo) impressa no voto. Quando todos os votos estiverem cosidos, mete-os no terceiro vaso de vidro. Aqui chegados, cabe a cada um dos três escrutinadores somar os votos constantes do papel em que os foi anotando.


Chega a vez dos Cardeais revisores. Dirigem-se à mesa de escrutínio e, cada um por seu lado, contam os votos cosidos à linha e conferem o número total de votos com o registro feito por cada escrutinador. Devem cumprir a sua tarefa exata e fielmente, como diz o eligendo.


A votação, se tal for necessário, pode repetir-se até sete vezes por períodos de três dias. No caso de três dias sem resultados, suspendem-se os escrutínios durante o máximo de um dia, com o fim de criar uma pausa para oração e livre colóquio entre os Cardeais eleitores.



Anúncio dos resultados |




Fumaça preta saindo da chaminé do fogão da Capela Sistina.


As "fumatas", ou seja, o fumo que sai de uma chaminé instalada numa estufa do tipo salamandra na Capela Sistina, são, pela sua cor, o sinal dado ao exterior de um processo conclusivo ou não conclusivo.
Se o escrutínio não for concludente, isto é, se o nome de um candidato não somar dois terços dos votos, volta tudo à primeira forma. O Camerlengo pede aos eleitores as notas pessoais que porventura tomaram durante a eleição. Tais notas, juntamente com a totalidade dos votos, são metidas numa caixa onde já se encontram as tiras de papel respeitantes ao sorteio dos Cardeais escrutinadores, infirmarii e revisores. A caixa é conduzida para o fogão contíguo à Capela Sistina, onde tudo é queimado.


Desde o conclave de 2005 que há um novo sistema para a fumata que permite distinguir bem a fumaça branca, que indica a eleição do pontífice, da fumaça preta, que indica que o processo ainda não convergiu num nome: utiliza-se um aparelho auxiliar com fumígenos além da estufa tradicional onde são queimados os boletins de voto. Este aparelho está instalado ao lado da estufa, e tem um compartimento onde são colocadas pastilhas que contém produtos químicos com diferentes composições. É acendido por meios eletrónicos e permite fazer fumo durante alguns minutos, em simultâneo com a queima de papéis na salamandra. Para conseguir a cor preta, a composição química dos fumígenos é perclorato de potássio, antraceno e enxofre, enquanto que para a fumaça branca são usados clorato de potássio, lactose e colofónia, esta última chamada também peixe de Castela, uma resina natural de cor âmbar extraída das coníferas. Antigamente, para produzir a cor negra usava-se o ‘nehorumo’ ou o breu, e para a branca, palha molhada. As chaminés da estufa e do aparelho auxiliar se unem num único conduto, feito de bronze, que do interior da Capela Sistina desemboca na cobertura do edifício. Para melhorar as chaminés são aquecidas com uma resistência elétrica, havendo ainda um ventilador de reserva.[1]



Pós-votação concludente |


Uma vez realizada canonicamente a eleição do novo Papa, o último dos Cardeais Diáconos chama dois Cardeais: o Secretário do Colégio dos Cardeais e o Mestre das Celebrações Litúrgicas Pontifícias. Então, o Cardeal Diácono, em nome de todo o Colégio de eleitores, pede o consentimento do Cardeal que foi eleito Papa com as seguintes palavras:



-Acceptasne electionem de te canonice factam in Suumum Pontificem? Aceitas a tua eleição canónica como Sumo Pontífice?


- Aceito em nome do Senhor (o Cardeal pode rejeitar e volta-se a fazer uma nova votação).


O Decano volta a inquirir:


- Quo nomine vis vocare? Com qual nome queres ser chamado?

O novo Papa diz o nome que deseja adotar. A seguir, recebe o 'ato de obediência' por parte de todos os Cardeais. Um a um, prostram-se diante dele e osculam-lhe o pé direito.




Fumaça branca saindo da chaminé do fogão da Capela Sistina.


A caixa que contém os votos, os apontamentos dos Cardeais e as tiras do sorteio dos escrutinadores é levada a queimar dentro do fogão da Capela Sistina, sem palha molhada. Sai fumo branco, sinal de que foi eleito um novo Papa. Pouco depois, o Cardeal Protodiácono vai à varanda da Basílica de São Pedro anunciar a boa nova:






Annuntio vobis gaudium magnum:
Habemus Papam!
Eminentissimum ac Reverendissimum Dominum,
Dominum [primeiro nome],
Sanctæ Romanæ Ecclesiæ Cardinalem [sobrenome],
qui sibi nomen imposuit [nome papal].



"Anuncio-vos com a maior alegria!:
Temos Papa!
Eminentíssimo e Reverendíssimo Senhor,
Senhor [primeiro nome],
Cardeal da Igreja Católica Romana [sobrenome],
que escolheu para si o nome de [nome papal]."



Mais tarde, o Papa recém eleito surge à varanda central da Basílica de São Pedro e dirige algumas palavras à multidão. O seu primeiro gesto é a bênção Urbi et Orbi, dirigida à cidade de Roma e ao Mundo.



Todos os conclaves |



Século XIII |




























































































Conclave

Datas

Duração

Cardeal Eleito

Papa

Pontificado

Eleição papal de 1268–1271*

29/11/1268 - 01/09/1271
2 anos, 9 meses e 3 dias
Teobaldo Visconti

Beato Gregório X, O.Cist.

01/09/1271 - 20/01/1276

Conclave de janeiro de 1276

20/01/1276 - 21/01/1276
2 dias
Pedro de Tarantasia

Santo Inocêncio V, O.P.

21/01/1276 - 22/06/1276

Conclave de julho de 1276

02/07/1276 - 11/07/1276
9 dias
Ottobono Fieschi

Adriano V

11/07/1276 - 18/08/1276

Eleição papal de agosto-setembro de 1276*

19/08/1276 - 20/09/1276
1 mês e 1 dia
Pedro Julião

João XXI

20/09/1276 - 20/05/1277

Eleição papal de 1277*

30/05/1277 - 25/11/1277
5 meses e 26 dias
Giovanni Gaetano Orsini

Nicolau III, O.S.B.

25/11/1277 - 22/08/1280

Eleição papal de 1280–1281*

22/09/1280 - 22/02/1281
5 meses
Simão de Brion

Martinho IV

22/02/1281 - 28/03/1285

Eleição papal de 1285*

29/03/1285 - 02/04/1285
5 dias
Giacomo Savelli

Honório IV

02/04/1285 - 03/04/1287

Eleição papal de 1287–1288*

04/04/1287 - 22/02/1288
9 meses e 18 dias
Girolamo Masei de Ascoli

Nicolau IV, O.F.M.

22/02/1288 - 04/04/1292

Eleição papal de 1292–1294*

05/04/1292 - 05/07/1294
2 anos e 3 meses
Pietro Angelerio da Morrone

São Celestino V, O.S.B.

05/07/1294 - 10/12/1294

Conclave de 1294

23/12/1294 - 24/12/1294
2 dias
Bento Gaetani

Bonifácio VIII

24/12/1294 - 11/10/1303

Nota (*) Várias eleições papais no século XIII não foram conclaves.


Século XIV |




























































































Conclave

Datas

Duração

Cardeal Eleito

Papa

Pontificado

Conclave de 1303

21/10/1303 - 22/10/1303
2 dias
Nicolau Boccasini

Beato Bento XI, O.P.

22/10/1303 - 07/07/1304

Conclave de 1304–1305

01/07/1304 - 05/06/1305
11 meses
Bertrand de Got

Clemente V

05/06/1305 - 20/04/1314

Conclave de 1314-1316

01/05/1314 - 07/09/1316
2 anos 4 meses e 6 dias
Jacques Duèse

João XXII

07/09/1316 - 04/12/1334

Conclave de 1334

13/12/1334 - 22/12/1334
9 dias
Jacques Fournier

Bento XII, O.Cist.

22/12/1334 - 25/04/1342

Conclave de 1342

05/05/1342 - 07/05/1342
3 dias
Pierre Roger de Beaufort

Clemente VI, O.S.B.

07/05/1342 - 06/12/1352

Conclave de 1352

16/12/1352 - 18/12/1352
3 dias
Etienne Aubert

Inocêncio VI

18/12/1352 - 12/12/1362

Conclave de 1362

22/12/1362 - 28/12/1362
6 dias
Guillaume de Grimoard

Santo Urbano V, O.S.B.

28/12/1362 - 19/09/1370

Conclave de 1370

29/09/1370 - 30/12/1370
3 meses e 1 dia
Pedro Rogerii

Gregório XI

30/12/1370 - 27/03/1378

Conclave de 1378

07/04/1378 - 08/04/1378
2 dias
Bartolomeo Prignano

Urbano VI

08/04/1378 - 15/10/1389

Conclave de 1389

25/10/1389 - 02/11/1389
8 dias
Pietro Tomacelli

Bonifácio IX

02/11/1389 - 01/10/1404


Século XV |




































































































Conclave

Datas

Duração

Cardeal Eleito

Papa

Pontificado

Conclave de 1404

12/10/1404 - 17/10/1404
5 dias
Cosma de Migliorati

Inocêncio VII

17/10/1404 - 06/11/1406

Conclave de 1406

18/11/1406 - 30/11/1406
12 dias
Angelo Correr

Gregório XII

30/11/1406 - 04/07/1415

Conclave de 1417

08/11/1417 - 11/11/1417
3 dias
Odo Colonna

Martinho V

11/11/1417 - 20/02/1431

Conclave de 1431

02/03/1431 - 03/03/1431
2 dias
Gabriel Condulmer

Eugênio IV, O.S.A.

03/03/1431 - 23/02/1447

Conclave de 1447

04/03/1447 - 06/03/1447
3 dias
Tomaso Parentucelli

Nicolau V, O.P.

06/03/1447 - 25/03/1455

Conclave de 1455

04/04/1455 - 08/04/1455
4 dias
Alfonso de Bórgia

Calixto III

08/04/1455 - 06/08/1458

Conclave de 1458

16/08/1458 - 19/08/1458
3 dias
Enea Silvio de Piccolomini

Pio II

19/08/1458 - 15/08/1464

Conclave de 1464

27/08/1464 - 30/08/1464
3 dias
Pietro Barbo

Paulo II

30/08/1464 - 26/07/1471

Conclave de 1471

06/08/1471 - 09/08/1471
3 dias
Francesco della Rovere

Sixto IV, O.F.M.

09/08/1471 - 12/08/1484

Conclave de 1484

26/08/1484 - 29/08/1484
3 dias
Giovanni Battista Cybo

Inocêncio VIII

29/08/1484 - 25/07/1492

Conclave de 1492

06/08/1492-10/08/1492
4 dias
Rodrigo Borgia

Alexandre VI

10/08/1492-18/08/1503


Século XVI |




















































































































































Conclave

Datas

Duração

Cardeal Eleito

Papa

Pontificado

Conclave de setembro de 1503

16/08/1503-16/09/1503
1 mês
Francesco Todeschini Piccolomini

Pio III

16/09/1503-18/10/1503

Conclave de outubro de 1503

31/10/1503-01/11/1503
2 dias
Giuliano della Rovere

Júlio II, O.F.M.

01/11/1503-20/02/1513

Conclave de 1513

04/03/1513-19/03/1513
15 dias
Giovanni di Lorenzo de' Medici

Leão X

19/03/1513-01/12/1521

Conclave de 1521-1522

27/12/1521-09/01/1522
13 dias
Adriano Floriszoon Boeyens

Adriano VI

09/01/1522-14/09/1523

Conclave de 1523

01/10/1523-19/11/1523
1 mês e 18 dias
Giulio di Giuliano de' Medici

Clemente VII

19/11/1523-25/09/1534

Conclave de 1534

11/10/1534-13/10/1534
3 dias
Alessandro Farnese

Paulo III

13/10/1534-10/11/1549

Conclave de 1549-1550

25/11/1549-07/02/1550
2 meses e 14 dias
Giovanni Maria Ciocchi Del Monte

Júlio III

07/02/1550-25/03/1555

Conclave de abril de 1555

05/04/1555-07/04/1555
3 dias
Marcelo Cervini

Marcelo II

07/04/1555-30/04/1555

Conclave de maio de 1555

15/05/1555-23/05/1555
8 dias
Gian Petro Carafa

Paulo IV, C.R.

23/05/1555-18/08/1559

Conclave de 1559

05/09/1559-26/12/1559
3 meses e 21 dias
Giovanni Angelo Medici

Pio IV

26/12/1559-09/12/1565

Conclave de 1565-1566

20/12/1565-07/01/1566
18 dias
Michele Ghislieri

São Pio V, O.P.

07/01/1566-01/05/1572

Conclave de 1572

12/05/1572-13/05/1572
2 dias
Ugo Boncompagni

Gregório XIII

13/05/1572-10/04/1585

Conclave de 1585

21/04/1585-24/04/1585
3 dias
Felice Peretti

Sixto V, O.F.M. Conv.

24/04/1585-27/08/1590

Conclave de setembro de 1590

07/09/1590-15/09/1590
8 dias
Giovanni Battista Castagna

Urbano VII

15/09/1590-27/09/1590

Conclave do outono de 1590

08/10/1590-05/12/1590
1 mês e 27 dias
Niccolò Sfrondrati

Gregório XIV

05/12/1590-16/10/1591

Conclave de 1591

27/10/1591-03/11/1591
6 dias
Giovanni Antonio Facchinetti

Inocêncio IX

03/11/1591-30/12/1591

Conclave de 1592

10/01/1592-30/01/1592
20 dias
Ippolito Aldobrandini

Clemente VIII

30/01/1592-05/03/1605


Século XVII |












































































































Conclave

Datas

Duração

Cardeal Eleito

Papa

Pontificado

Conclave de março de 1605

14/03/1605–01/04/1605
18 dias
Alessandro Ottaviano de' Medici

Leão XI

01/04/1605–27/04/1605

Conclave de maio de 1605

08/05/1605–16/05/1605
8 dias
Camilo Borghese

Paulo V

16/05/1605–28/01/1621

Conclave de 1621

08/02/1621–09/02/1621
2 dias
Alessandro Ludovici

Gregório XV

09/02/1621–08/07/1623

Conclave de 1623

19/07/1623–06/08/1623
18 dias
Maffeo Barberini

Urbano VIII

06/08/1623–29/07/1644

Conclave de 1644

09/08/1644–15/09/1644
1 mês e 6 dias
Giovanni Battista Pamphilj

Inocêncio X

15/09/1644–07/01/1655

Conclave de 1655

18/01/1655–07/04/1655
3 meses e 20 dias
Fabio Chigi

Alexandre VII

07/04/1655–22/05/1667

Conclave de 1667

02/06/1667–20/06/1667
18 dias
Guilio Rospigliosi

Clemente IX

20/06/1667–09/12/1669

Conclave de 1669-1670

20/12/1669–29/04/1670
4 meses e 9 dias
Emilio Altieri

Clemente X

29/04/1670–22/07/1676

Conclave de 1676

02/08/1676–21/09/1676
1 mês e 19 dias
Benedetto Odescalchi

Beato Inocêncio XI

21/09/1676–12/08/1689

Conclave de 1689

23/08/1689–06/10/1689
1 mês e 13 dias
Pietro Voti Ottoboni

Alexandre VIII

06/10/1689–01/02/1691

Conclave de 1691

12/02/1691–21/07/1691
5 meses e 9 dias
Antonio Pignatelli

Inocêncio XII

21/07/1691–27/09/1700

Conclave de 1700

09/10/1700–23/11/1700
1 mês e 14 dias
Giovanni Francesco Albani

Clemente XI

23/11/1700–19/03/1721


Século XVIII |












































































Conclave

Datas

Duração

Cardeal Eleito

Papa

Pontificado

Conclave de 1721

31/03/1721–08/05/1721
1 mês e 8 dias
Michelangelo dei Conti

Inocêncio XIII

08/05/1721–07/03/1724

Conclave de 1724

20/03/1724–29/05/1724
2 meses e 9 dias
Pietro Francesco Orsini

Bento XIII, O.P.

29/05/1724–21/02/1730

Conclave de 1730

05/03/1730–07/04/1730
1 mês e 2 dias
Lorenzo Corsini

Clemente XII

07/04/1730–06/02/1740

Conclave de 1740

18/02/1740–17/08/1740
5 meses e 31 dias
Prospero Lorenzo Lambertini

Bento XIV

17/08/1740–03/05/1758

Conclave de 1758

15/05/1758-06/07/1758
1 mês e 22 dias
Carlo della Torre Rezzonico

Clemente XIII

06/07/1758-02/02/1769

Conclave de 1769

15/02/1769–19/05/1769
3 meses e 4 dias
Giovanni Vicenzo Antonio Ganganelli

Clemente XIV, O.F.M. Conv.

19/05/1769–22/09/1774

Conclave de 1774-1775

05/10/1774–15/02/1775
4 meses e 10 dias
Giovanni Angelo Brachi

Pio VI

15/02/1775–29/08/1799

Conclave de 1799-1800

01/12/1799–14/03/1800
3 meses e 14 dias
Luigi Barnaba Chiaramonti

Pio VII, O.S.B.

14/03/1800–20/08/1823


Século XIX |




















































Conclave

Datas

Duração

Cardeal Eleito

Papa

Pontificado

Conclave de 1823

02/09/1823–28/09/1823
26 dias
Annibale Sermattei della Genga

Leão XII

28/09/1823–10/02/1829

Conclave de 1829

24/02/1829–31/03/1829
1 mês e 7 dias
Francesco Severino Castiglione

Pio VIII

31/03/1829–30/11/1830

Conclave de 1830-1831

14/12/1830–02/02/1831
1 mês e 19 dias
Bartolomeu Albert Cappellari

Gregório XVI, O.S.B. Cam.

02/02/1831–01/06/1846

Conclave de 1846

14/06/1846–16/06/1846
3 dias
Giovanni Maria Mastai-Ferretti

Beato Pio IX, O.F.S.

16/06/1846–07/02/1878

Conclave de 1878

18/02/1878–20/02/1878
3 dias
Gioacchino Vicenzo Raffaele Luigi Pecci

Leão XIII, O.F.S.

20/02/1878–20/07/1903


Século XX |












































































Conclave

Datas

Duração

Cardeal Eleito

Papa

Pontificado

Conclave de 1903

31/07/1903–04/08/1903
5 dias
Giuseppe Melchiorre Sarto

São Pio X, O.F.S.

04/08/1903–20/08/1914

Conclave de 1914

31/08/1914–03/09/1914
4 dias
Giacomo della Chiesa

Bento XV, O.F.S.

03/09/1914–22/01/1922

Conclave de 1922

02/02/1922–06/02/1922
4 dias
Achille Ratti

Pio XI, O.F.S.

06/02/1922–10/02/1939

Conclave de 1939

01/03/1939–02/03/1939
2 dias
Eugenio Pacelli

Pio XII, O.P.

02/03/1939–09/10/1958

Conclave de 1958

25/10/1958–28/10/1958
4 dias
Angelo Giuseppe Roncalli

São João XXIII, O.F.S.

28/10/1958–03/06/1963

Conclave de 1963

19/06/1963–21/06/1963
3 dias
Giovanni Battista Montini

Beato Paulo VI, O.F.S.

21/06/1963–06/08/1978

Conclave de agosto de 1978

25/08/1978–26/08/1978
2 dias
Albino Luciani

João Paulo I

26/08/1978–28/09/1978

Conclave de outubro de 1978

14/10/1978–16/10/1978
3 dias
Karol Józef Wojtyła

São João Paulo II

16/10/1978–02/04/2005


Século XXI |




























Conclave

Datas

Duração

Cardeal Eleito

Papa

Pontificado

Conclave de 2005

18/04/2005–19/04/2005
2 dias
Joseph Alois Ratzinger

Bento XVI

19/04/2005 –28/02/2013

Conclave de 2013

12/03/2013–13/03/2013
2 dias
Jorge Mario Bergoglio

Francisco, S.J.

13/03/2013–


Ver também |



Wikcionário

O Wikcionário tem o verbete Conclave.



  • Lista de conclaves

  • Papabile


  • Jus exclusivae (veto)

  • Capitulação em conclave



Referências




  1. zenit.org (13 de março de 2013). «Duas votações no período da manhã e duas à tarde. O novo sistema de fumaça e os fumígenos utilizados». Consultado em 14 de março de 2013 



Bibliografia |


  • Edição especial do Correio da Manhã - "Os Papas - De São Pedro a João Paulo II" - Fascículo I, "Como se elege o Santo Padre", páginas 12 a 19, ano 2005.


Ligações externas |


  • Página oficial do Vaticano com o texto, em português, dos procedimentos para a eleição do novo Papa (Universi Dominici Gregis)













































































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