Víbora-cornuda



























































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Como ler uma infocaixa de taxonomiaVíbora-cornuda


Víbora-cornuda no zoológico de Saint Louis.
Víbora-cornuda no zoológico de Saint Louis.


Estado de conservação

Espécie vulnerável
Vulnerável (IUCN 3.1) [1]

Classificação científica































Reino:

Animalia


Filo:

Chordata


Classe:

Reptilia


Ordem:

Squamata


Família:

Viperidae


Género:

Vipera


Espécie:

V. latastei



Nome binomial

Vipera latastei
Boscà, 1878
Distribuição geográfica

Distribuição de Vipera latasti.
Distribuição de Vipera latasti.


Sinónimos



  • Vipera latasti [sic] Boscá, 1878


  • Vipera latastei Boscá, 1879


  • Vipera berus aspis var. latastei
    — Camerano, 1889 (nomen illegitimum)


  • Vipera latastii [sic] Boulenger, 1896


  • Vipera latasti [sic] — Mertens, 1925


  • Latastea latastei — A.F. Reuss, 1929


  • Rhinaspis latastei nigricaudata
    A.F. Reuss, 1933


  • V[ipera]. ammodytes latastei
    — Schwarz, 1935


  • Vipera latastei latastei
    — Saint-Girons, 1953


  • Vipera (Rhinaspis) latastei latastei
    — Obst, 1983[2]



A víbora-cornuda (Vipera latastei) é uma espécie de víbora venenosa endémica da Península Ibérica e do noroeste da África.[2] São actualmente reconhecidas duas sub-espécies incluindo a sub-espécie nominal aqui descrita.[3]




Índice






  • 1 Etimologia


  • 2 Descrição


  • 3 Comportamento


  • 4 Distribuição geográfica


  • 5 Habitat


  • 6 Reprodução


  • 7 Estado de conservação


  • 8 Sub-espécies


  • 9 Em Portugal


  • 10 Veneno


  • 11 Ver também


  • 12 Referências





Etimologia |


O epíteto específico, latastei, honra um colega francês de Boscà', o herpetólogo Fernand Lataste,[4] quem um ano mais tarde lhe retribuíria a honra dando o nome de Boscà a uma sua descoberta, o tritão-ibérico (Lissotriton boscai ).



Descrição |


V. latastei atinge um comprimento total (corpo + cauda) máximo de aproximadamente 72 cm, mas é, em regra, menor.[5] snub-nosed adder.[6] A sua cor é cinzento-azulado, cabeça triangular, e um "corno" na ponta do nariz, possuindo no dorso uma mancha mais escura, em zig-zag, ao longo de todo o corpo.[7] A ponta da cauda é amarela.



Comportamento |


Pode ser observada tanto de dia como de noite, mas de um modo geral esconde-se debaixo de pedras. A ponta da cauda amarela é possivelmente usada para atrair as presas.[8] É um animal difícil de encontrar, a não ser por mero acaso, pelo que, quando isso acontece, o registo visual é muito próximo, o que torna a situação pouco agradável.



Distribuição geográfica |


Pode ser encontrada na Península Ibérica (Portugal e Espanha) no noroeste da África (a zona mediterrânica de Marrocos, Argélia e Tunísia).


A localidade-tipo indicada é "Ciudad Real", emendada para "Valencia, Spanien" (Valência, Espanha) por Mertens e L. Müller (1928).[2]



Habitat |


Esta espécie é encontrada geralmente em áreas rochosas húmidas, em matagais e bosques secos, sebes e por vezes em dunas costeiras.[9]



Reprodução |


As fêmeas dão à luz de 2 a 13 crias, em média, uma vez cada três anos.[9]



Estado de conservação |


Esta espécie foi classificada como Quase Ameaçada (NT) segundo a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN (v3.1, 2001), desde 2008 é classificada como Vulnerável (VU).[9] É assim considerada porque provavelmente encontra-se em declínio significativo (mas provavelmente a uma taxa menor que 30% em 10 anos) devido a perda generalizada de habitat e perseguição em grande parte da região que habita, o que torna esta espécie muito próxima de qualificar como Vulnerável. Espera-se que a população continue a diminuir, mas esta diminuição não deverá exceder os 30% nos próximos 10 anos, mas são possíveis extinções locais em partes da sua zona de distribuição (p.e., Tunísia). Ano de avaliação: 2005.[10]


Encontra-se também incluída na lista de espécies estritamente protegidas (Apêndice II) da Convenção de Berna.[11]



Sub-espécies |


















Sub-espécie[3]
Autor[3]
Distribuição

V. l. gaditana

Saint-Girons, 1977
Sul de Espanha e Portugal, Marrocos, Argélia, Tunísia.[2][5]

V. l. latastei

Boscá, 1878
Maior parte da Península Ibérica.[5]


Em Portugal |


Esta espécie, que em Portugal pode ser encontrada em várias zonas, habita de preferência nas serranias. Consta da área do Parque Natural de Montesinho, Serra de Montemuro e Serra da Estrela, com lugar de destaque entre os répteis que aqui se podem encontrar. No Nordeste Trasmontano está presente também na toponímia, com a aldeia de Campo de Víboras.



Veneno |


O seu veneno é proteolítico, podendo ser perigoso, sobretudo para crianças e idosos.



Ver também |


  • Lista de répteis de Portugal


Referências |





  1. Jose Antonio Mateo Miras, Marc Cheylan, M. Saïd Nouira, Ulrich Joger, Paulo Sá-Sousa, Valentin Pérez-Mellado, Iñigo Martínez-Solano (2009). Vipera Latastei (em Inglês). IUCN . Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN de . Página visitada em 13 de outubro de 2017.


  2. abcd McDiarmid RW, Campbell JA, Touré T. 1999. Snake Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference, Volume 1. Washington, District of Columbia: Herpetologists' League. 511 pp. ISBN 1-893777-00-6 (series). ISBN 1-893777-01-4 (volume).


  3. abc 'Vipera latastei' (TSN 634994) (em inglês) . Integrated Taxonomic Information System (www.itis.gov)



  4. Beolens, Bo; Michael Watkins; Michael Grayson. 2011. The Eponym Dictionary of Reptiles. Baltimore: Johns Hopkins University Press. xiii + 312 pp. ISBN 978-1-4214-0135-5. ("Vipera latasti" [sic], p. 151).


  5. abc Mallow D, Ludwig D, Nilson G. 2003. True Vipers: Natural History and Toxinology of Old World Vipers. Malabar, Florida: Krieger Publishing Company. 359 pp. ISBN 0-89464-877-2.


  6. U.S. Navy. 1991. Poisonous Snakes of the World. US Govt. New York: Dover Publications Inc. 203 pp. ISBN 0-486-26629-X.


  7. «Dangerous Snakes in Spain» 


  8. «Lataste's Viper, St. Louis Zoo» 


  9. abc «Vipera latastei (IUCN Red List)» 


  10. «2001 IUCN Red List Categories and Criteria version 3.1». IUCN Red List. Consultado em 13 de setembro de 2007 


  11. Convention on the Conservation of European Wildlife and Natural Habitats, Appendix II at Council of Europe. Accessed 9 October 2006.




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