Jogo eletrônico de aventura
Nota: Se procura o jogo homônimo, veja Colossal Cave Adventure.
Jogos de aventura, também conhecidos como adventures, são jogos eletrônicos cuja ênfase é focada no enredo e não na parte gráfica ou ação. Um jogo que define bem esse estilo é o clássico Where in the World is Carmen Sandiego?, um sucesso do início da década de 1980, em que jogador é instigado a viajar através do mundo para capturar Carmen San Diego e acaba conhecendo a geografia e aspectos culturais dos países por onde passa.
Adventures são jogos onde o jogador conduz o protagonista em uma história. Esses jogos normalmente incentivam o uso do racíocino lógico, para solucionar puzzles ou quebra-cabeças, e explorativo, para encontrar objetos específicos. Houve uma queda enorme de popularidade do gênero com o surgimento da era dos jogos 3D,[1] mas ainda mantêm um status cult e uma legião de fãs, que inclusive colabora fazendo remakes de jogos clássicos ou mesmo adventures originais.
É um dos gêneros de Video game caracterizado pela exploração dos cenários, pelos enigmas e quebra-cabeças (os chamados "puzzles"), pela interação com outros personagens e pelo foco na narrativa.[1] Concentra-se quase por completo no raciocínio de lógica e exploração, e em histórias complexas e envolventes. Geralmente, os adventures são para um único jogador. Diferente de outros genêros de jogos eletrônicos, o foco dos adventures na história permite uma vasta quantidade de genêros literários a serem usados ou incorporados, como fantasia, ficção científica, mistério, horror e comédia. Dentre os jogos de adventure mais populares podem ser destacados: Longest Journey, Syberia, Still Life, Day Of The Tentacle, The Secret of Monkey Island, Space Quest e Zork. Alguns adventures recentes como Alone in The Dark 4 ou o excepcional Beyond Good & Evil também reúnem elementos de ação e estratégia na jogabilidade.
Os adventures representavam mais de 50% do mercado de jogos nos EUA na década de 1980 e no início da década de 1990, e hoje em dia representam cerca de 6% dos jogos vendidos no mercado norte-americano. Na Europa os adventures atingem cerca de 12% do mercado, enquanto que no Brasil não há dados confiáveis sobre o mercado de jogos, pois a pirataria de software compromete o setor como um todo.
As adventures também conquistaram boa popularidade no Brasil durante o início da febre de jogos para computadores pessoais nos anos 90. Devido à pirataria, hoje em dia quase nenhum jogo é lançado no país com tradução para o português. Diferentemente dos jogos de ação, para a maioria dos adventures é necessária plena compreensão da história, e isso afastou muito o potencial público brasileiro.
Em meados dos anos 90 o sucesso do PlayStation, console da Sony, é apontado como o responsável pela mudança de rumo dos adventures, já que ele inaugurou a era dos jogos 3D, quando todas as empresas fabricantes de jogos passaram a criá-los dando prioridade para o uso extremo de todos os recuros técnicos disponíveis. A indústria norte-americana se afastou dos adventures, enquanto a Europa passou a dominar o setor, produzindo adventures modernos, sucessos de público, crítica especializada e mercado, como os jogos Dreamfall e Indigo Prophecy, que chegaram em 2006 à lista de jogos Mais Vendidos em lojas online como a Amazon. Os adventures modernos fazem uso pleno dos recursos de animação 3D e interatividade, sempre mantendo a característica de ter um sólido roteiro.
Referências
↑ ab «The Death of Adventure Games» (em inglês). 19 de Março de 1999. Consultado em 7 de Novembro de 2009. Arquivado do original em 3 de fevereiro de 2004