Primeiro Concílio de Éfeso
Primeiro Concílio de Éfeso | |
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Data | 22-06-431 — 31-07-431 |
Aceite por | Católicos Romanos, Católicos Ortodoxos e Protestantes |
Concílio anterior | I Constantinopla |
Concílio seguinte | Calcedónia |
Convocado por | Imperador Teodósio II |
Presidido por | Cirilo de Alexandria |
Afluência | 200-250 |
Tópicos de discussão | Nestorianismo, Pelagianismo e a Teótoco |
Documentos | Declaração de "Teótoco" |
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Nota: Se procura o outro concílio realizado em Éfeso, veja Segundo Concílio de Éfeso.
O Primeiro Concílio de Éfeso foi realizado em 431 na Igreja de Maria em Éfeso, na Ásia Menor. Foi convocado pelo imperador Teodósio II e debateu sobre os ensinamentos cristológicos e mariológicos de Nestório, patriarca de Constantinopla. Cerca de 250 bispos estiveram presentes nele. O concílio foi conduzido em uma atmosfera de confronto aquecido e recriminações, e condenou o nestorianismo como heresia, assim como o arianismo e o sabelianismo. É reconhecido como o terceiro Concílio Ecumênico pelos católicos, ortodoxos, os "velhos" católicos, e uma série de outros grupos cristãos.
Índice
1 História
2 Cânones e declarações
3 Ver também
4 Referências
5 Bibliografia
História |
Nestório, patriarca de Constantinopla, defendia que Cristo não seria uma pessoa única, mas que Nele haveria uma natureza humana e outra divina, distintas uma da outra e, por consequência, negava o ensinamento tradicional que a Virgem Maria pudesse ser a "Mãe de Deus" (em grego Teótoco), portanto ela seria somente a "Mãe de Cristo" (em grego Cristótoco), para restringir o seu papel como mãe apenas da natureza humana de Cristo e não da sua natureza divina. Os adversários de Nestório, liderados por São Cirilo, Patriarca de Alexandria, consideravam isto inaceitável, pois Nestório estava destruindo a união perfeita e inseparável da natureza divina e humana em Jesus Cristo e acusavam Nestório de heresia, para condená-lo, São Cirilo apelou ao papa Celestino I, o papa concordou e concedeu a Cirilo autoridade para depor Nestório e excomungá-lo. Porém, antes da intimação chegar, Nestório convenceu o imperador Teodósio II a convocar um Concílio ecumênico, para que os bispos defendessem os seus pontos de vista opostos.
Assim que foi aberto, o concílio denunciou os ensinamentos Nestório como errôneos e decretou que Jesus era apenas uma pessoa, e não duas pessoas distintas, Deus completo e homem completo, e declarou como dogma, que a Virgem Maria devia ser chamada de Teótoco (Mãe de Deus) porque ela concebeu e deu à luz Deus como um homem.
Os eventos do concílio criaram um cisma importante, provocando a separação da região da Síria, formando a Igreja Assíria do Oriente.
Cânones e declarações |
O Concílio de Éfeso declarou que era "ilegal para qualquer homem que apresente, ou escreva, ou componha uma Fé diferente (ἑτέραν) como rival ao estabelecido pelos santos Padres reunidos com o Espírito Santo em Niceia",[1] A profissão da fé proclamada do Concílio foi o Credo Niceno, adotada pelo Primeiro Concílio de Niceia, em 325, não o Credo niceno-constantinopolitano atribuído ao Primeiro Concílio de Constantinopla de 381. Adolf von Harnack negou que o chamado "Credo niceno-constantinopolitano" seja realmente do Concílio de 381. O primeiro documento no qual ele aparece é o dos atos do Concílio de Calcedônia (451), 20 anos depois do Concílio de Éfeso.[2]
Além disso, condenou o pelagianismo. [3]
Oito cânones foram aprovados: [4]
- Cânon 1-5 condenou Nestório e seus seguidores como hereges: "Quem não confessar que o Emanuel é Deus e que a Santa Virgem é Mãe de Deus por essa razão seja anátema!" (Cânon I)
- Cânon 6 decretou a deposição do cargo administrativo e excomunhão para aqueles que não aceitassem os decretos do concílio.
Ver também |
- Concílios ecuménicos católicos
- Concílios nacionais, regionais ou plenários
Referências
↑ Canon VII
↑ Adolf Harnack, History of Dogma, vol. I (Wipf and Stock 1997 ISBN 978-1-57910067-4), p. 99
↑ Excursus on Canon IV
↑ The Canons of the Two Hundred Holy and Blessed Fathers Who Met at Ephesus
Bibliografia |
- DUQUESNE, Jacques. Maria: a Verdadeira História da Mãe de Deus.