Papa Paulo IV
Nota: Para o patriarca de Constantinopla, veja Paulo IV de Constantinopla.
Paulo IV C.R. | |
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Papa da Igreja Católica | |
223° Papa da Igreja Católica | |
Atividade Eclesiástica | |
Ordem | Ordem dos Clérigos Regulares |
Diocese | Diocese de Roma |
Eleição | 23 de maio de 1555 |
Entronização | 26 de maio de 1555 |
Fim do pontificado | 18 de agosto de 1559 (4 anos) |
Predecessor | Marcelo II |
Sucessor | Pio IV |
Ordenação e nomeação | |
Nomeação episcopal | 30 de julho de 1505 |
Ordenação episcopal | 18 de setembro de 1505 por Dom Oliviero Cardeal Carafa |
Nomeado arcebispo | 20 de dezembro de 1518 |
Cardinalato | |
Criação | 22 de dezembro de 1536 por Papa Paulo III |
Ordem | Cardeal-presbítero (1536-1544) Cardeal-bispo (1544-1555) |
Título | São Pancrácio (1537) São Sisto (1537-1541) São Clemente (1541-1543) Santa Maria além do Tibre (1543-1544) Albano (1544-1546) Sabina-Poggio Mirteto (1546-1550) Frascati (1550-1553) Porto-Santa Rufina (1553) Óstia (1553-1555) |
Brasão | |
Papado | |
Brasão | |
Lema | Dominus mihi adjutor |
Consistório | Consistórios de Paulo IV |
Dados pessoais | |
Nascimento | 28 de junho de 1476 Capriglia Irpina, Reino de Nápoles |
Morte | 18 de agosto de 1559 (83 anos) Roma, Itália |
Nacionalidade | Italiano |
Nome nascimento | Giovanni Pietro Carafa |
Progenitores | Mãe: Vittoria Lalle-Camponeschi Pai: Giovanni Antonio Carafa |
Sepultura | Santa Maria sopra Minerva |
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Papa Paulo IV, nascido Giovanni Pietro Carafa (Capriglia Irpina, 28 de junho de 1476 — Roma, 18 de agosto de 1559) foi papa de 23 de Maio de 1555 até a data da sua morte.[1]
Índice
1 Início de vida
2 Bispo
3 Cardeal
4 Papa
5 Morte
6 Referências
Início de vida |
Giovanni Pietro Carafa nasceu em Capriglia Irpina, numa família nobre proeminente da cidade de Nápoles. Seu pai, Giovanni Antonio Carafa, 6.º Conde Consorte di Montorio, da Casa dos Condes di Maddalonie di Cerreto, morreu na Flandres Ocidental em março de 1516. Sua mãe, Vittoria Lalle-Camponeschi, 6.ª Condessa di Montorio, era filha de Pietro Lalle-Camponeschi, 5.º Conde di Montorio, um nobre da cidade, e de sua mulher Maria de Noronha, nascida cerca de 1442, portuguesa nobre da Casa dos Pereiras, filha de Rui Vaz Pereira (c. 1400 - a. 1449), Senhor de juro e herdade de Barroso e 4.º Senhor dos Lagares d'El-Rei, da Casa dos Senhores de Paiva, Baltar e Cabeceiras de Basto, e de sua mulher (casados em 1439, com contrato e escritura de dote com autorização real dado em Almada a 25 de Maio de 1439) D. Beatriz de Noronha (c. 1418 - d. 6 de Abril de 1502), Dama da Rainha D. Leonor, mulher do rei D. Duarte I de Portugal e Camareira da Rainha D. Joana, mulher de D. Henrique IV de Castela (1455), filha bastarda de D. Fernando de Noronha, 2.º Conde Consorte de Vila Real, da Casa dos Condes de Noreña e Gijón.[2][3] Seu título na Profecia de São Malaquias é "da fé de Pedro".[1]
Bispo |
Giovanni Pietro Carafa foi orientado pelo Cardeal Oliviero Carafa, seu parente, que renunciou a Sede episcopal de Chieti (em latim: Theate) em seu favor. Por ordem do Papa Leão X, foi embaixador na Inglaterra e, em seguida, núncio papal em Espanha.[1]
Cardeal |
Em janeiro de 1536, Giovanni Pietro Carafa foi elevado a Cardeal-presbítero de São Pancrácio e a Arcebispo de Nápoles. Reorganizou a Congregação para a Doutrina da Fé.[4]
Papa |
Em 30 de abril de 1555, após apenas 21 dias de pontificado, morria em Roma o Papa Marcelo II. Apesar da oposição dos cardeais ligados ao imperador Carlos V, o Colégio dos Cardeais se reuniu novamente em conclave em 15 de maio de 1552 para eleger um sucessor, tendo sido eleito papa Giovanni Pietro Caraffa, que escolheu o nome de Paulo IV, numa vitória dos cardeais contrários ao luteranismo. [5]
Como papa, dedicou-se à Inquisição romana, fundada por Paulo III, e à reconstrução administrativa e moral de Roma. Tomou medidas que constituíram significativos excessos de severidade e também contribuíram para tornar mais insolúveis os conflitos e para aumentar a antipatia contra ele em alguns setores da Igreja, inclusive entre os seus antigos colaboradores. Exerceu com rigor a censura dos livros e publicou o primeiro índex dos livros proibidos.[6] Sua má condução da política externa pontifícia, que na época estava a cargo do cardeal Carlos Carafa, seu sobrinho, levou a um conflito aberto com Carlos V em 1556. Não reconheceu o título imperial de Fernando I em 1558 e rompeu com Elisabeth I da Inglaterra, aumentando o isolamento político que afetava Roma.[7]
Morte |
Paulo IV morreu em 16 de agosto de 1559, aos 83 anos, em Roma. Foi enterrado na Basílica de São Pedro, mas mais tarde transferido para Santa Maria sopra Minerva. Seu túmulo em Minerva, feito por Pirro Ligorio, indica como ano da morte 1559. A capela foi criada pelo cardeal Oliviero Carafa, seu parente. O impulso que deu à Inquisição lhe trouxe o rancor do povo romano que, após a sua morte, decapitou a sua estátua no Capitólio. Foram-lhe dedicadas as seguintes palavras:[8]
- Caraffa, odiado pelo diabo e pelo céu,
- está enterrado aqui, com o seu cadáver em decomposição.
- Erebus assumiu o espírito.
- Odiava a paz na terra, a nossa fé contestou.
- Arruinou a Igreja e as pessoas, homens e céu ofendeu.
- Amigo traiçoeiro, suplicante com o exército, que lhe foi fatal.
- Quer saber mais? Papa era ele, e basta.
Referências
↑ abc Loughlin, James F. (1913). «Pope Paul IV». In: Herbermann, Charles. Enciclopédia Católica (em inglês). Nova Iorque: Robert Appleton Company Verifique data em:|acessodata=
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(ajuda)
↑ "O Papa Paulo IV: Descendente da Casa dos Pereiras", Alberto de Gusmão de Macedo Navarro, Lisboa, Ferin, 1914
↑ "Ascendência do Papa Paulo IV - Um ramo italiano da linhagem do Santo Condestável", D. Gonçalo Ary Portocarrero de Almada, Visconde de Macieira, Revista Dislivro Histórica 1/2008, Lisboa, 2008
↑ ROPS, Daniel. A Igreja da Renascença e da Reforma (II) - A Reforma Católica. Ed. Quadrante, 1999.
↑ Luther Blissett (Pseud.): Q. Roman. Piper, Munique, 2002, ISBN 3-492-04218-X
↑ FISCHER-WOLLPERT, Rudolf. Os Papas e o Papado. Trad.: Antônio Estevão Allgayer. Petrópolis: Editora Vozes.pág. 131.
↑ «Gian Pietro Carafa, o papa Paulo IV». Consultado em 13 de novembro de 2011
↑ Claudio Rendina, I papi, p. 646
Biblioteca da História Universal Time-Life (verbete A Reforma). Livraria José Olympio Editora, 1971.
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