Batalha do Monte das Tabocas
Tabocas | |||
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Guerra Luso-Holandesa, Insurreição Pernambucana | |||
Data | 03 de agosto de 1645 | ||
Local | Monte das Tabocas, Cidade de Vitória de Santo Antão,estado de Pernambuco (Brasil colonial) | ||
Desfecho | Vitória luso-brasileira | ||
Beligerantes | |||
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Comandantes | |||
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Forças | |||
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Baixas | |||
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A Batalha do Monte das Tabocas foi o primeiro embate da insurreição pernambucana e recuperação do território ultramarino do Império Português por Portugal, sendo travada entre as forças da Companhia da Índias Ocidentais dos neerlandeses e a milícia luso-brasileira.
O evento ocorreu no monte das Tabocas, na capitania de Pernambuco, em 3 de Agosto de 1645.
Breve contexto:
Após a descoberta pelo Conselho da WIC dos planos da rebelião encabeçada por João Fernandes Vieira, Antônio Cavalcanti, Francisco Berenguer de Andrade e vários outros senhores, os holandeses saíram do Recife para capturar os rebeldes e levá-los presos, e, para isso, tinham muitas correntes e grilhões de ferro.
Após mais de 30 dias reunindo forças no interior, em clima cada vez mais tenso, chegando a um quase enfrentamento de espadas entre os dois governadores João Fernandes Vieira e Antônio Cavalcanti, havendo nossa tropa mudado de local seis vezes, chegou a notícia da aproximação do inimigo comum, pelo que Antônio Dias Cardoso aproveitou para mobilizar todos para a luta.
Partiram do Engenho do Covas, onde acamparam por uns dias, para um local que Dias Cardoso conhecia melhor que ninguém, por dali ter retirado muito pau-brasil.
Índice
1 Resumo da contenda
2 Bibliografia
3 Ver também
4 Referências
Resumo da contenda |
Segue um resumo baseado na descrição da batalha de Diogo Lopes Santiago, um escritor documentarista da guerra:
“ | À frente de 1.500 soldados práticos e escolhidos, armados com arcabuzes e mosquetes, além dos índios tapuias seus partidários, o coronel Hendrik van Haus chegou ao sítio do monte por volta do meio-dia, tão confiante da vitória que lhe faltou cuidados na batalha.
No sopé do monte, um capitão dos mercenários fez sinal de parada e ordenou uma grande carga de mosquete, como que prevendo haver perigo por trás daquela espessa mata. Seguiu-se a isso o som das caixas e gritos dos tapuias, mais parecendo que já tinham o pleito por vencido. Pela trilha, os soldados de Dias Cardoso iam disparando, provocando os holandeses, que correram enfurecidos a subida, tão determinados que suportaram as duas danosas cargas das primeiras emboscadas, recuando apenas na última por ser a maior e por temerem que a subida fosse toda de emboscadas. No meio da tarde, os holandeses voltaram a subir, dessa vez invadindo o tabocal, onde sofreram tanta perda de gente que recuaram sem demora. Ao fim da tarde, percebendo que já nos faltava pólvora pois nossos disparos diminuíam, e como desesperados, conseguiram ganhar as emboscadas, parecendo-nos ali tudo estar perdido. Fernandes Vieira, ao ver que haviam destruído a barreira defensiva, desceu com os seus (trinta negros, alistados em troca da liberdade, com lanças de pontas tostadas, bem como o restante da gente, mestiços em sua maioria, com facões e velhas espadas) e avançaram com tamanha fúria sobre o inimigo, na luta corpo a corpo, que esse foi forçado a descer de volta à campina, a seu pesar, com mais presteza do que subira. Aproveitando-se da escuridão e da forte chuva que caía, o Coronel van Haus ordenou a retirada, deixando muitas carroças de feridos pelo caminho. | ” |
Bibliografia |
Santiago, Diogo Lopes. História da Guerra de Pernambuco (...), 1654.
Ver também |
- Invasões holandesas do Brasil
- Batalha de Casa Forte
- Batalha dos Guararapes
Referências
↑ [História da Guerra de Pernambuco]