Expressionismo alemão




O expressionismo alemão foi um estilo cinematográfico cujo auge se deu na década de 1920, que caracterizou-se pela distorção de cenários e personagens, através da maquiagem, dos recursos de fotografia e de outros mecanismos, com o objetivo de expressar a maneira como os realizadores viam o mundo.


Pedro Monteiro, que mostra as origens e anseios do movimento:[1]







O expressionismo, cuja origem podemos remontar a fortes evidências em Van Gogh[2], se estendeu por quase todas as artes, como o cinema e a pintura, e caracteriza-se pela distorção da imagem (uso de cores vibrantes e remetentes ao sobrenatural), do retorno ao gótico e a oposição a uma sociedade imersa no desolador cenário do racionalismo moderno pregador do trabalho mecânico. As vibrantes e alucinógenas pinturas expressam um desligamento com o real, a prioridade do "eu" e sua visão pessoal do mundo.




Logo do Der Sturm, revista que divulgava a arte expressionista alemã


Tal identidade de uma arte de crise se intensifica ao coincidir com a instalação da frágil República de Weimar após uma catastrófica guerra perdida e um humilhante Tratado de Versalhes que arruinou a nação alemã, o que contribuiu não apenas para formar uma nova proposta de postura estética, mas também uma moral de enfrentamento das autoridades (foi por essa razão que os nazistas consideraram o expressionismo uma arte decadente). O Nazismo e a própria Segunda Guerra Mundial destruíram muitas destas obras.




Índice






  • 1 Poesia


  • 2 Cinema


  • 3 Ver também


  • 4 Referências


  • 5 Ligações externas





Poesia |


A reivindicação alemã dos poetas fez surgir uma nova poesia que chegava a desprezar a tradição poética alemã, fazendo uso de metáforas, verbos incisivos, neologismos e versos independentes do posterior e do anterior.
Jakob Van Hoddis em Weltende (Fim do Mundo) - 1911:







Há também a tragédia, em forma de clamores e sofrimentos, no poema Schwrmut (Melancolia) de August Stramm - 1914:







Pelo fato da maioria dos poetas do movimento terem sido de origem judaica, poucos sobreviveram à Segunda Guerra Mundial.[carece de fontes?]



Cinema |


Com Metrópolis (1927) de Fritz Lang,O gabinete do Dr. Caligari (1919), de Robert Wiene, Nosferatu, uma sinfonia de horrores (1922), de Friedrich Wilhelm Murnau, uma nova forma de cinema surge, com temas sombrios de suspense policial e mistério em um ambiente urbano, personagens bizarros e assustadores, uma distorção da imagem devido a uma excessiva dramaticidade tanto na atuação quanto na maquiagem e cenografia fantástica de recriação do imaginário humano. A influência dos expressionistas do cinema se fez sentir em Hollywood, tanto na temática quanto na linguagem, inclusive porque muitos dos diretores alemães de então migraram para Hollywood e lá realizaram filmes. O cinema é a forma mais lembrada do expressionismo alemão.



Ver também |



  • Expressionismo

  • Movimentos do expressionismo alemão nas artes plásticas:

    • Die Brücke

    • Der Blaue Reiter





Referências




  1. MONTEIRO, Pedro (11 de agosto de 2007). «O Expressionismo Recriando conceitos e Valores». Consultado em 12 de Abril de 2008  Parâmetro desconhecido |públicado= ignorado (ajuda)


  2. SEIDL, Daniel. «pesadelos alemães». Estação Virtual. Consultado em 14 de Janeiro de 2009 



Ligações externas |


  • Expressionismo alemão



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