Odin

















































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































































Odin


Óðinn
Pai de todos, deus da sabedoria, guerra e morte

Outro(s)
nome(s)


  • Wōden

  • Wōdan

  • Wōtan


Reino

Asgaard
Clã

Aesir
Arma(s)

Gungnir
Consorte

Frigga
Pais

Borr e Bestla
Irmão(s)


  • Vili



Filho(s)


  • Thor

  • Baldur

  • Vidar

  • Vali

  • lipaoblessyotrap



Portal:Mitologia nórdica

Odin ou Ódin (em nórdico antigo: Óðinn; em germânico comum: Wōdanaz) é considerado o deus principal do clã dos deuses Æsir, o clã mais importante de deuses da mitologia nórdica e nas crenças das religiões neopagãs germânicas. Também é conhecido como "Pai de Todos" e "O enviado do Senhor da Guerra".[1][2][3]


Seu papel, como o de muitos deuses nórdicos, era complexo; era o deus da sabedoria, da guerra e da morte, embora também, em menor escala, da magia, da poesia, da profecia, da vitória e da caça. Era sobretudo adorado pelas classes sociais superiores.[1][2][4]


Odin morava em Asgard, no palácio de Valaskjálf, que ele construiu para si, e onde se encontra seu trono, o Hliðskjálf, onde podia observar o que acontecia em cada um dos nove mundos, graças aos seus dois corvos Hugin e Munin. Durante o combate brandia sua lança, chamada Gungnir, e montava seu cavalo de oito patas, chamado Sleipnir.[4][5]


Era filho de Borr e da jotun ("gigante") Bestla, irmão de Vili e Vé,[6] esposo de Frigg e pai de vários dos deuses asses (Æsir),[7] tais como Thor, Balder, Vidar e Vali.[3] Na poesia escáldica faz-se referência a ele com diversos kenningar, e um dos que são utilizados para mencioná-lo é Allföðr ("pai de todos").[8]


Como deus da guerra, era encarregado de enviar suas "filhas", as valquírias, para recolher os corpos dos heróis mortos em combate,[9] os einherjar, que se sentam a seu lado no Valhalla de onde preside os banquetes. No fim dos tempos Odin conduzirá os deuses e os homens contra as forças do caos na batalha do fim do mundo, o Ragnarök. Nesta batalha o deus será morto e devorado pelo feroz lobo Fenrir, que será imediatamente morto por Vidar, que, com um pé sobre sua garganta, lhe arrancará a mandíbula.[10]




Índice






  • 1 Etimologia


    • 1.1 Origens do nome




  • 2 Dia da semana de dedicação


  • 3 Citações na Edda Poética


  • 4 Genealogia


  • 5 Personalidade


  • 6 Virtudes


  • 7 Cultuação


    • 7.1 Símbolos


    • 7.2 Disfarces




  • 8 Referências


  • 9 Ver também


  • 10 Bibliografia


  • 11 Ligações externas





Etimologia |



Origens do nome |




Odin, no seu cavalo Sleipnir



O nome do deus no nórdico antigo é Óðinn, tendo Saxão Gramático latinizado como Otino (Othinus), no germano Wotan e no primitivo germânico sob a forma de Wodanaz, no gótico, Vôdans, no dialeto das ilhas Feroé (nas costas da Noruega), Ouvin, no antigo saxão, Wuodan, no alto alemão, Wuotan, enquanto que entre os lombardos e na região da Vestefália aparece Guodan ou Gudan, e na Frísia, Wêda. Nos dialetos dos alamanos e borgundos temos a expressão Vut, usada até hoje no sentido de ídolo. Essas denominações estão ligadas pela raiz, no nórdico arcaico, às palavras vada e od, e, no antigo alto alemão, a Watan, Navutan, Wuot, que significavam a princípio razão, memória ou sabedoria. Mais tarde tornaram-se equivalentes a tempestuoso ou violento, sentido que os cristãos faziam empenho de acentuar, procurando depreciar a figura do deus nórdico.






Georg von Rosen - Oden som vandringsman (Odin, o Viajante), 1886



Dia da semana de dedicação |


A quarta-feira, dia que é dedicado ao deus Odin, tomou a denominação onsdag em sueco e dinamarquês (Old Norse, odinsdagr), wednesday em inglês (antigo saxão, wôdanes dag, anglo-saxão, vôdnes dag), woensdag em holandês, godenstag ou gunstag no dialeto da Vestefália.



Citações na Edda Poética |


Na Edda Poética - a fonte principal do nosso conhecimento sobre a mitologia nórdica, o maior ciclo é naturalmente o do deus supremo, compreendendo as seguintes baladas: Baldrs Draumar (Os Sonhos de Balder), Hárbarzljóð (A Balada de Harbard), Vafþrúðnismál (A Balada de Vafthrudnir), Grímnismál (A Balada de Grimnir) e Hávamál (As Máximas de Hár).


Odin se apresenta sob diversos nomes nas baladas édicas, de acordo com as exigências da situação. Sabemos, pela Völuspá (A Profecia da Vidente) e Hyndluljóð (A Balada de Hyndla), que ele é filho de Borr. As elevadas designações de velho criador e pai dos homens, que o poeta anônimo lhe deu em Baldrs Draumar e no Vafþrúðnismál, bem como a informação de que Odin dera o fôlego (Völuspá) a um casal inanimado, não deixa dúvidas sobre uma interferência na criação da humanidade. No Grímnismál há o cognome de príncipe dos homens, na Lokassena (A Altercação de Loki) de pai das batalhas, na Völuspá, de pai dos exércitos, e no Grípisspá (A Profecia de Gripir), de pai da escolha ou pai dos mortos em batalha[11].



Genealogia |


Ascendência

Os ancestrais de Odin e os seus irmãos segundo os relatos de Snorri Sturluson em Gylfaginning[12][13]:


















































































































Búri
Bolthorn
Borr
Bestla
Vili
Odin



Descendência

É difícil e confuso traçar a descendência de Odin. Os seus filhos Thor, Vali e Balder são os filhos reconhecidos universalmente, mas existem textos que referem diferentes filhos. Assim, uma descendência provável seria[14][15]:























































































































Jörð
Odin
Frigga
Meili
Thor
Hermodr
Hoder
Balder



































































































Gríðr
Odin
Rind
Odin
Gunnlod
Vidar
Vali
Bragi


Personalidade |




Odin cavalgando Sleipnir.


Em linguagem corrente na Escandinávia e no norte da Alemanha, conforme observa-se entre pessoas cultas, são usadas as expressões zu Odin fahren ou hei Odin zu Gast sein, e far þu til Odin ou Odins eigo þik, citadas também por Jacob Grimm, para imprecações equivalentes a vá para o diabo, ou o diabo que o carregue. É uma tendência malévola que se explica, não só pela ação do cristianismo, mas ainda pelas atitudes violentas e sombrias que o deus tomava, infligindo castigos inflexíveis, como o sono imposto à (valquíria) Brynhild por esta tê-lo desobedecido, e atravessando os ares com seu exército de maus espíritos, nas noites de tempestades, nas chamadas Caçadas Selvagens.


Sobre o Edda, sabe-se que foram escritos no início do medievo, porém é de conhecimento, que as tradições que a originaram e eram transmitidas oralmente, datam de mais de três mil anos a.C.



Virtudes |




Odin, com seus corvos Hugin e Munin, segundo manuscrito do século XVIII.


O aposto de “pai da magia”, constante do Baldrs Draumar, confirmado no seu próprio depoimento do Hávamál (parte IV), descreve o seu próprio sacrifício: feriu-se com a lança e suspendeu-se numa árvore, onde permaneceu nove dias agitado pelos ventos; esta árvore é Yggdrasill, o freixo do mundo. Tudo isso visando à iniciação na sabedoria das runas, tendo até criado algumas delas, tornando-se senhor do hidromel da poesia, licor mágico que profere vaticínios.


Quanto ao elevado saber de Odin, relata-se que nem sempre foi assim, sábio e mágico poderoso; ávido por conhecer todas as coisas, quis beber da fonte da Sabedoria, onde o freixo Yggdrasill mergulha uma das raízes; mas Mímir, seu tio, o guardião da fonte, sábio e prudente, só lhe concedeu o favor com a condição de que Óðinn lhe desse um de seus olhos. Ele então encontrou na água da fonte milagrosa tanta sabedoria e poderes secretos que pôde, logo que Mímir foi morto na guerra entre os Æsir e os Vanir, lhe conferir a faculdade de renascer pela sabedoria: sua cabeça, embalsamada graças aos cuidados dos deuses, é capaz de responder a todas as perguntas que lhe dirigem. Após adquirir tantos conhecimentos, procurava depois revelá-los em duelos de palavras, em que aposta a vida e sai sempre ganhado. Além do mais, por várias vezes se dirige a profetisas e visionárias, pedindo informações estranhas, dando-lhes em paga ricos presentes.



Cultuação |


Desse modo, vemos que Óðinn, na concepção do poeta édico, é criador da humanidade, detentor supremo do conhecimento, das fórmulas mágicas e das runas, invocado por ocasião das batalhas, durante os naufrágios e as doenças, na defesa contra o inimigo, e afinal em qualquer situação desesperadora. Altares se elevavam em sua honra.



Símbolos |


Nas baladas da Edda, o deus supremo está em ligação com símbolos, emblemas e certos elementos adequados às diversas circunstâncias em que aparece. Assim, no (Valhala), ele tem o seu grande palácio onde recebe e aloja os guerreiros mais valorosos, e em outro dos seus três salões em Asgard, o alto Valaskjalf, senta-se no trono Hlidskialf, de onde é possível enxergar o mundo inteiro e acompanhar todos os acontecimentos da vida. A seus pés, deitam-se os dois lobos Geri e Freki, símbolos da gulodice, que o acompanham em suas caçadas e lutas, alimentando-se dos cadáveres dos guerreiros. Nos seus ombros estão os dois corvos Hugin e Munin, a sussurrar-lhe o que viram e ouviram por todos os cantos. Quando se encaminha a uma batalha, o que é frequente, usa armadura e elmo de ouro, trazendo nas mãos o escudo e a lança Gungnir, que tem runas gravadas no cabo, montando seu famoso corcel de oito patas, Sleipnir, que tem a faculdade de cavalgar no espaço, por cima das terras e águas.



Disfarces |


Em muitas passagens, descrevem-se as andanças de Odin, em que se apresenta sob o disfarce de um viajante baixo e de cabelos escuros, envolvido numa enorme capa azul ou cinza, com um chapéu de abas largas, quebradas acima do olho perdido e o outro olho negro faiscante, como nas baladas édicas Vafþrúðnismál e no Grímnismál, e com os nomes significativos de Gagnrad (o que determina a vitória), Grimnir (o disfarçado), além do Hávalmál (parte III) e nos Baldrs Draumar, respectivamente com os nomes Hár (o elevado, o eminente, o sublime) e Vegtam (o acostumado aos caminhos).



Referências




  1. ab Ernby, Birgitta; Martin Gellerstam, Sven-Göran Malmgren, Per Axelsson, Thomas Fehrm (2001). «Oden». Norstedts första svenska ordbok (em sueco). Estocolmo: Norstedts ordbok. p. 445. 793 páginas. ISBN 91-7227-186-8  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  2. ab Magnusson, Thomas; et al. (2004). «Oden». Vad varje svensk bör veta (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag e Publisher Produktion AB. p. 418. 654 páginas. ISBN 91-0-010680-1  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  3. ab Branston, Brian; Giovanni Caselli (ilustrador) (2015). «Oden». Gudar och hjältar i nordisk mytologi (em sueco). Bromma: Ordalaget. p. 164. 167 páginas. ISBN 9789174691375  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  4. ab Miranda, Ulrika Junker; Anne Hallberg (2007). «Oden». Bonniers uppslagsbok (em sueco). Estocolmo: Albert Bonniers Förlag. p. 709. 1143 páginas. ISBN 91-0-011462-6  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  5. Sturluson, Snorri. trad. Arthur Gilchrist Brodeur (1916), ed. «Gylfaginning, capítulo 17». Edda prosaica. Consultado em 16 de julho de 2007 


  6. Gylfaginning, estrofe 6. Segundo Völuspá, estrofes 17 e 18 seriam Hœnir e Lóðurr, identificados como Víli e Vé. Skaldskaparmal, estrofe 1, parece confundir Loki com Lóðurr.


  7. Sturluson, Snorri. trad. Arthur Gilchrist Brodeur (1916), ed. «Gylfaginning, capítulo 9». Edda prosaica. Consultado em 16 de julho de 2007 


  8. Sturluson, Snorri. trad. Arthur Gilchrist Brodeur (1916), ed. «Gylfaginning». Edda prosaica. Consultado em 15 de julho de 2007 


  9. Sturluson, Snorri. trad. Arthur Gilchrist Brodeur (1916), ed. «Gylfaginning, capítulo 36». Edda prosaica. Consultado em 16 de julho de 2007 


  10. Sturluson, Snorri. trad. H. A. Bellows (1936), ed. «Völuspa, estrofes 53 e 54». Edda poética. Consultado em 16 de julho de 2007 


  11. Skaldskaparmal, in Edda. Anthony Faulkes, Trans., Ed. (Londres: Everyman, 1996).


  12. Sturluson. trad. Arthur Gilchrist Brodeur (1916), ed. Gylfaginning, capítulo 6. Edda prosaica. [S.l.: s.n.] Consultado em 7 de fevereiro de 2011 


  13. Branston, Brian; Giovanni Caselli (ilustrador) (2015). «Oden». Gudar och hjältar i nordisk mytologi (em sueco). Bromma: Ordalaget. p. 164. 167 páginas. ISBN 9789174691375  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)


  14. Joe (2006). Timeless Myths. [S.l.: s.n.] Consultado em 7 de Fevereiro de 2011 


  15. Branston, Brian; Giovanni Caselli (ilustrador) (2015). «Oden». Gudar och hjältar i nordisk mytologi (em sueco). Bromma: Ordalaget. p. 164. 167 páginas. ISBN 9789174691375  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)



Ver também |



  • Aesir - Clã de deuses da mitologia nórdica, de que Odin era o deus mais importante


Bibliografia |





  • Seganfredo, Carmen & Franchini, A. S. As melhores histórias da mitologia nórdica. Artes e Ofícios, 2007. ISBN 9788574211039


  • LANGER, Johnni. O culto a Odin entre os vikings. In: Deuses, monstros, heróis: ensaios de mitologia e religião viking. Brasília: Editora da UNB, 2009.

  • Gravuni, Antonio Vilmar. As trinta e cinco viagens de um bruxo - G777m - S.L.: s.n. 2012




Ligações externas |




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