Conde de Vila Franca






Brasão dos Câmara, Condes de Vila Franca.


Condes de Vila Franca foi o título usado pela família Gonçalves da Câmara entre 1583 e 1662, ano em que este título foi substituído pelo de Condes da Ribeira Grande. O título foi criado na pessoa de Rui Gonçalves da Câmara, capitão do donatário na ilha de São Miguel, Açores, por Filipe II de Espanha, em alvará de 17 de Junho de 1583, por uma só vida, como prémio da sua adesão à causa filipina. O título foi igualmente concedido, por uma vida, ao filho do 1.º conde, sendo, finalmente, transformado em título hereditário, por carta de mercê de Filipe III de Espanha, datada de 1 de Junho de 1628, na pessoa de D. Rodrigo da Câmara, 3.º conde do título. Tendo o 3.º conde sido condenado, por sodomia, a prisão perpétua e a confisco dos bens, o título deixou de ser usado, sendo substituído, em 1662, pelo de Condes da Ribeira Grande.


Os Condes de Vila Franca, depois Condes da Ribeira Grande, trazem por Armas: de verde, com uma torre coberta de prata, rematada por uma cruzeta de ouro, e sustida por dois lobos rampantes de sua cor afrontados; timbre: um dos lobos passante; usam por divisa: PELA FÉ, PELO PRÍNCIPE, PELA PÁTRIA.[1]


Foram os titulares até a extinção do título



  1. Rui Gonçalves da Câmara, 7.º capitão do donatário da ilha de São Miguel, criado 1.º Conde de Vila Franca, por uma só vida, por alvará de Filipe II de Espanha, datado de 17 de Junho de 1583, como prémio da sua adesão à causa filipina;

  2. D. Manuel Luís Baltazar da Câmara, 8.º capitão do donatário da ilha de São Miguel e, por mercê do rei Filipe II de Espanha, 2.º Conde de Vila Franca, título confirmado por carta régia de 25 de Outubro de 1601, por uma só vida;

  3. D. Rodrigo da Câmara, 9.º capitão do donatário da ilha de São Miguel e 3.º Conde de Vila Franca, título que lhe foi concedido, para ele e seus descendentes, por carta de mercê de Filipe III de Espanha datada de 1 de Junho de 1628. Após a Restauração da Independência, o título foi reconfirmado, mas, pouco depois (1652), o conde foi condenado por sodomia à pena de prisão perpétua e confisco dos bens.

  4. D. Manuel Luís Baltazar da Câmara, 10.º capitão do donatário da ilha de São Miguel, filho primogénito do 3.º conde, nunca usou o título. Após a morte do pai, o rei D. Afonso VI de Portugal, por carta régia de 15 de Setembro de 1662, concede-lhe o título de Conde da Ribeira Grande, para si e seus descendentes, título que a família usou daí em diante.



Referências




  1. "Armorial Lusitano", Afonso Eduardo Martins Zúquete, Editorial Enciclopédia, 3.ª Edição, Lisboa, 1987, p. 130








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