Bassaces I Mamicônio
Nota: Para outras pessoas de mesmo nome, veja Bassaces.
Bassaces I Mamicônio | |
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Morte | 365 |
Etnia | Armênio |
Progenitores | Pai: Amazaspes (?) Artavasdes II (?) |
Ocupação | General |
Religião | Catolicismo |
Bassaces I Mamicônio (em grego: Βασσάκης; transl.: Bassákes; em armênio/arménio: Վասակ Ա Մամիկոնյան; m. 365) foi um asparapetes do Reino da Armênia. Segundo Settipani era filho de Amazaspes, filho de Artavasdes I;[1] para Toumanoff era filho de Artavasdes II.[2] Em ambos os casos, era irmão de Baanes, o Apóstata e Bardanes I.
Índice
1 Vida
2 Posteridade
3 Referências
4 Bibliografia
Vida |
Bassaces aparece pela primeira vez no reinado do rei da Armênia Tigranes VII (r. 339–350). Em 348, foi um dos nobres convocados pelo rei para levar o recém-nomeado católico Farnarses (r. 348–352) a Cesareia Mázaca com presentes para que fosse ordenado e então retornaram à Armênia.[3] Tigranes, tido como tirano, tratava mau a Igreja e a nobreza e pretendia destruir as famílias Rexituni e Arcruni, mas Bassaces e seu pai salvam os varões Tatzates Rexituni e Savaspes Arcruni.[4]Fausto, o Bizantino afirma que agarraram os jovens, cada um deles tomando um debaixo do braço, e saíram correndo com suas armas, prontos para lutar e morrer por aquelas crianças. Os Mamicônios à época cuidavam de Ársaces, filho do rei, mas por estarem irados com os eventos coetâneos, abandonam-o. Foram às suas terras, às fortalezas de Taique, permanecendo lá muitos anos com suas famílias, deixando sua outra casa. Criaram as crianças, casaram-nas com suas filhas e salvaram as famílias deles. Também não participaram dos conselhos por anos.[1][5]
Ársaces II (r. 350–368), lembrando de Bassaces e Bardanes, restaura-lhes seus domínios e dá-lhes os encargos de Artavasdes, que estava morto: Bassaces torna-se asparapetes e Bardanes chefe da família (naapetes).[6] À época a Armênia era litígio entre o Império Romano e Império Sassânida e os irmãos, por divergirem em seus pontos de vista, alinharam-se com tendências distintas: Bassaces torna-se líder do partido pró-romano, enquanto Bardanes do pró-persa. Por ação da rainha Faranjem e Bassaces, Ársaces ordena a execução de Bardanes, morto no castelo de Erachani. Bassaces torna-se assim líder de sua família.[7]
Quando o imperador Juliano, o Apóstata (r. 361–363) morreu na Batalha de Ctesifonte, os romanos abandonaram Ársaces, o que lhe forçou a partir com parte da nobreza, incluindo Bassaces, à corte do xá em Ctesifonte em busca de submissão. Porém, se recusou a se humilhar, considerando que os sassânidas eram os vassalos de seus ancestrais arsácidas. Com o ocorrido, Sapor II (r. 309–379) lhe prende e tortura Bassaces, que falece em 365.[8]
Posteridade |
Segundo Cyril Toumanoff, Bassaces foi casado com uma filha de Antíoco II, príncipe de Siunique e foi pai de:[9]
Muchel I, o Valente- Manuel
- Coms
- Uma princesa, esposa de Tatzates Rexituni
Christian Settipani não menciona sua esposa, mas atribui-lhe como filhos:[1]
- Muchel I, o Valente
- Uma princesa, casada com Tatzates Rexituni
- Outra princesa, casada com Savaspes Arcruni
Referências
↑ abc Settipani 2006, p. 131-132.
↑ Toumanoff 1990, p. 329-330.
↑ Fausto, o Bizantino século V, III.XVI.
↑ Grousset 1947, p. 133.
↑ Fausto, o Bizantino século V, III.XVIII.
↑ Grousset 1947, p. 134.
↑ Grousset 1947, p. 137-139.
↑ Grousset 1947, p. 142.
↑ Toumanoff 1990, p. 329-330.
Bibliografia |
Fausto, o Bizantino (século V). História da Armênia
Grousset, René (1947). História da Armênia das origens à 1071. Paris: Payot
Settipani, Christian (2006). Continuidade das elites em Bizâncio durante a idade das trevas. Os príncipes caucasianos do império dos séculos VI ao IX. Paris: de Boccard. ISBN 978-2-7018-0226-8
Toumanoff, Cyril (1990). Les dynasties de la Caucasie chrétienne de l'Antiquité jusqu'au xixe siècle : Tables généalogiques et chronologiques. Roma: Edizioni Aquila