Ruud Gullit





































































Ruud Gullit

Ruud Gullit

Na comissão técnica do Los Angeles Galaxy,
treinado por ele entre 2007 e 2008.

Informações pessoais
Nome completo
Rudi Dil
Data de nasc.

1 de setembro de 1962 (56 anos)
Local de nasc.

Amsterdam, Holanda
Nacionalidade

neerlandês
surinamês
Altura
1,90 m


Destro
Informações profissionais
Posição

Meia
Clubes de juventude
1967–1975
1975–1979

Países Baixos Meer Boys Amsterdam
Países Baixos DWS Amsterdam
Clubes profissionais
Anos
Clubes
Jogos (golos)
1979–1982
1982–1985
1985–1987
1987–1993
1993–1994
1994
1994–1995
1995–1996

Países Baixos Haarlem
Países Baixos Feyenoord
Países Baixos PSV Eindhoven
Itália Milan
Itália Sampdoria
Itália Milan
Itália Sampdoria
Inglaterra Chelsea
Total

0091 00(32)
0085 00(30)
0068 00(46)
0117 00(35)
0031 00(16)
0008 000(3)
0022 000(9)
0047 00(29)
0465 0(175)
Seleção nacional
1981
1981–1994

Países Baixos Países Baixos Sub-21
Países Baixos Países Baixos

0004 000(1)
0066 00(17)
Times/Equipas que treinou
1996–1998
1998–1999
2004–2005
2007–2008
2011

Inglaterra Chelsea
Inglaterra Newcastle United
Países Baixos Feyenoord
Estados Unidos Los Angeles Galaxy
Rússia FC Terek Grozny


Rudi Dil, nome de batismo de Ruud Gullit (Amsterdã, 1 de setembro de 1962), é um ex-futebolista holandês, um dos maiores do país e do mundo nos anos 80.


Era dotado de extrema velocidade e estupenda força; em seu rico repertório sempre executava velozes dribles e belos arremates potentes de fora da área. Com toda sua técnica, inteligência, força e impulsão, Gullit é considerado até hoje como um dos poucos jogadores completos na história do futebol[1]. Atuava tanto como líbero, meia ou atacante, demonstrando sempre amor à camisa em todos os clubes que passou, sendo ídolo e campeão em todos eles como jogador.[2]


Em 1987, foi eleito o melhor jogador do mundo (prêmio chamado de Ballon d'Or na época). Na cerimônia de entrega deste prêmio, dedicou sua vitória, ao então preso político, Nelson Mandela[3].


Está incluído na lista da FIFA dos maiores jogadores do século XX,e ocupa a 18ª posição.


De acordo com uma pesquisa online, feita pela UEFA, chamada Jubileu de Ouro , ficou na 13ª posição no ranking dos melhores jogadores europeus dos últimos 50 anos.




Índice






  • 1 Carreira em clubes


    • 1.1 Países Baixos


    • 1.2 Milan


    • 1.3 Final da carreira




  • 2 Seleção Holandesa


  • 3 Técnico


  • 4 Títulos


    • 4.1 Prêmios Individuais




  • 5 Referências


  • 6 Ligações externas





Carreira em clubes |



Países Baixos |


Começou no pequeno Haarlem, após ser descoberto quando jogava em um time de jovens do bairro de Yordam, em Amsterdã, o Meerboys. Foi nessa época que ele deixou de usar o sobrenome Dil, herdado de sua mãe. Pediu autorização ao seu pai para usar o sobrenome deste, Gullit, considerado por ele mais imponente.[4]


Havia jogado apenas cinco partidas e o clube foi rebaixado.[4] Na segunda divisão, conseguiu o título e foi eleito o melhor do campeonato. Na temporada que se seguiu, o Haarlem conseguiu, pela primeira e única vez, um lugar entre os classificados para uma copa europeia, ao alcançar vaga para a Copa da UEFA.[4]


Despertou a cobiça de um dos grandes clubes do país, o Feyenoord, após chegar em 1981 à Seleção Neerlandesa,[5] em virtude do título do Haarlem na segunda divisão do país. Já exibia a personalidade forte e os dreadlocks nos cabelos que o caracterizariam. No clube de Roterdã, do qual é torcedor declarado,[6] teve a companhia de ninguém menos que seu grande ídolo, Johan Cruijff,[5] que veio jogar na equipe a sua temporada de despedida, a de 1983/84. Foram juntos campeões neerlandeses e da Copa dos Países Baixos.







Após duas temporadas no Feyenoord, foi transferido ao PSV Eindhoven, então a terceira equipe do país em títulos. Ficaria dois gloriosos anos no clube da Philips, sendo em ambos campeão nacional, quando recebeu proposta da Juventus.


Ele, que jogou em dois dos três grandes times de seu país, jamais voltaria a atuar em clubes neerlandeses. Declararia que poderia ter jogado no que faltou - o Ajax -, mas os dirigentes teriam arrogantemente manifestado o desejo de que Gullit fosse até o clube, e não o contrário. "Todavia, quando me cruzo com dirigentes do Ajax daqueles anos me pedem perdão por como me trataram", disse.[4]



Milan |


Embora o PSV quisesse o negócio, Gullit não gostava da difícil missão de ser um substituto de Michel Platini e preferiu acertar com outra tradicional equipe italiana, o Milan,[7] que na mesma época acertou a contratação de seu compatriota Marco van Basten.


Chegou à Milão por nove milhões de dólares, e não precisou de muito tempo para se consagrar também no clube, participando da campanha que deu ao Milan seu 11º título na Serie A, encerrando onze anos de jejum.[5] Durante a sua primeira temporada, receberia a Bola de Ouro da France Football, à qual dedicou ao líder negro sul-africano Nelson Mandela,[5] que ainda estava preso.







Na temporada seguinte, a dupla com Van Basten virou um trio com a chegada de outro compatriota, Frank Rijkaard, todos recém-campeões da Eurocopa 1988. E o sucesso só aumentou: credenciada a disputar a Copa dos Campeões da UEFA, o Milan reconquistou seu terceiro troféu no torneio, vinte anos após seu último, firmando-se como o clube italiano que mais venceu a mais importante competição de clubes europeus, de quebra deixando para trás aí a rival Internazionale (que, como o Milan, possuía dois).


Na final, contra os romenos do Steaua Bucareste, base futura dos bons elencos que a Seleção Romena teria nos anos 90, Gullit marcou dois gols na goleada de 4 x 0 - os outros dois foram de Van Basten. Por sorte não morre duas semanas depois da final, disputada em 24 de maio; estava para ocorrer um torneio amistoso no Suriname que envolveria jogadores da Seleção Neerlandesa com origens na antiga colônia, e Gullit, assim como seu colega Rijkaard, fora convidado, mas acabou não liberado pelo Milan. Em 7 de junho, o avião que levava os jogadores acabaria acidentando-se, provocando a morte de quase todos os passageiros.[8]


Na temporada que se seguiu, a de 1989/90, o Milan foi bicampeão do torneio, batendo desta vez o Benfica na final. Foi o último bicampeonato seguido na competição até os dias de hoje. Entretanto, embora ganhasse ainda o scudetto de 1992, conquistado de forma invicta, algo inédito no futebol italiano, Gullit foi perdendo espaço na equipe - o que incluiu a sua não-escalação na final da Copa dos Campeões de 1993, onde os rossoneri foram derrotados pelo Olympique Marselha.



Final da carreira |




Camisa que Gullit usou no Chelsea, autografada pelo jogador, exposta no museu do clube.


Na temporada seguinte, a de 1993/94, resolveu mudar-se para a Sampdoria, sendo logo campeão da Copa da Itália, o que lhe ocasionou um breve retorno ao Milan, voltando à Samp ainda em 1994. Deixou o clube de Gênova em 1995.


Apegado aos holofotes,[9] resolveu transferir-se para o futebol inglês, acertando com o Chelsea a fim de mudar de vida. "Eu tinha um estilo de vida como o de David Beckham e só queria voltar a ser o bom e velho Ruud. Queria poder andar na calçada e não ser perserguido toda hora. Eu queria aquela vida de volta e não havia lugar melhor do que Londres", declarou.[7]


Apesar de assustar-se inicialmente com a estrutura precária e então vivida pelos Blues e pelo baixo nível do elenco, Gullit logo apaixonou-se pela torcida. Em sua segunda temporada em Stamford Bridge, passou a ser também a função de técnico[10], e nela levaria a modesta equipe - que na época não desfrutava dos badalados investimentos do milionário Roman Abramovich - ao título da FA Cup. Reconheceria, entretanto, que a saída do Milan lhe custaria mais títulos na carreira:








Seleção Holandesa |


Debutou em vitória sobre a Escócia no dia em que fez 19 anos.[5] A Seleção Neerlandesa, entretanto, ainda obteria resultados ruins após a despedida da grande geração duas vezes consecutivas vice-campeã mundial na década anterior, não se classificando para a Copa do Mundo de 1982, a Eurocopa 1984 e a Copa do Mundo de 1986.


Tudo mudaria na Eurocopa 1988. Ele chegou ao torneio como campeão italiano e Bola de Ouro. Os Países Baixos, novamente treinados por Rinus Michels, o técnico que introduzira o "Carrossel Holandês" que encantou o mundo na Copa de 1974, voltava a comandar o grupo. Na primeira fase, entretanto, o país sofreu: perdeu o jogo inicial, para a União Soviética, recuperou-se ao vencer em seguida a Inglaterra e conseguiu classificar-se após vitória no final da partida contra a Irlanda, que precisava apenas do empate e acabou eliminada.


Nas semifinais, a Oranje reencontrou a seleção que tirara seu título na Copa de 1974: a Alemanha Ocidental, que era anfitriã também da Euro. O confronto entre ambas resultou novamente em um 2 x 1, mas desta vez a favor dos neerlandeses, que tinham nova chance de quebrar a sina de montar grandes times e não ganhar títulos. O adversário na final seria novamente a URSS. Gullit abriu o placar na final e deixou os Países Baixos novamente perto do título, coroado com o gol de Van Basten[11].







Dois anos depois, a Seleção voltava a uma Copa do Mundo após ausência de doze anos. Gullit e seus colegas Van Basten e Rijkaard chegaram à Copa do Mundo de 1990 como bicampeões da Copa dos Campeões da UEFA com o Milan e compondo o selecionado campeão europeu. A Laranja, entretanto, decepcionou, não vencendo nenhuma partida: classificou-se à segunda fase apenas como uma das melhores terceiras colocadas (sistema iniciado na copa de 1986 e que funcionaria até o mundial de 1994), novamente perdendo (e sendo eliminada) pela Alemanha Ocidental, nas oitavas-de-final.


A seleção esteve novamente em alta em 1992. Defendendo o título na Eurocopa daquele ano, os Países Baixos (que ainda contavam com o trio dele formado com Rijkaard e Van Basten, campeões italianos invictos) lideraram a primeira fase, voltando a vencer a Alemanha (agora reunificada). Nas semifinais, entretanto, caiu nos pênaltis frente à futura campeã, a Dinamarca.


Jogou por seu país por mais dois anos. Acabou deixado de fora da Copa do Mundo de 1994 por demonstrar personalidade contra os pensamentos do técnico Dick Advocaat.[12]



Técnico |


Atuou como jogador e treinador do Chelsea a partir de 1996 até deixar o clube em 1998, quando aposentou-se dos gramados. Saiu frustrado: "construí um time vencedor e fui demitido. Daí Gianluca Vialli veio e venceu todos os títulos, levando o crédito", disse Gullit em referência às conquistas da Copa da Liga Inglesa, da Recopa Europeia e da Supercopa Europeia obtidas pelo seu sucessor naquele ano.


Após deixar o clube londrino, não conseguiu ter bons resultados como treinador: foi logo contratado pelo Newcastle United e passou um ano no alvinegro, onde foi vice-campeão da Copa da Liga Inglesa de 1999, perdida para o Manchester United. Um dos fatores que o levaram a ter de deixar o clube foram desentendimentos com a estrela Alan Shearer. Também não conseguiu títulos no Feyenoord, onde passou a temporada 2004/05, e na última equipe que treinou, o Los Angeles Galaxy.


Após deixar o time estadunidense, Gullit declarou que nunca mais trabalharia no futebol local pois "é muito complicado. É difícil porque as regras normais não se aplicam lá. Comprar um bom jogador no campeonato da Major League Soccer é impossível, eles não querem negociar os atletas", embora ressaltasse a boa troca de experiência com os jogadores dos EUA. "Queriam aprender e estavam famintos por conhecimento".[7]



Títulos |


Haarlem


  • Eerste Divisie: 1980–81

Feyenoord



  • Eredivisie: 1983–84


  • Copa dos Países Baixos: 1983–84


PSV Eindhoven


  • Eredivisie: 1985–86, 1986–87

Milan



  • Serie A: 1987–88, 1991–92, 1992–93


  • Supercopa da Itália: 1988, 1992, 1994


  • Liga dos Campeões da UEFA: 1988–89, 1989–90


  • Supercopa Europeia: 1989, 1990


  • Copa Intercontinental: 1989, 1990


Sampdoria


  • Copa da Itália: 1994

Chelsea


  • Copa da Inglaterra: 1996–97

Seleção Holandesa


  • Eurocopa: 1988


Prêmios Individuais |




  • Ballon d'Or: 1987


  • Futebolista Holandês do Ano: 1984 e 1986

  • Artilheiro da Copa da Holanda: 1984 (9 gols)

  • Chuteira de ouro da Holanda: 1986

  • Esportista holandês do ano: 1987

  • Jogador Mundial do ano pela Revista World Soccer: 1987 e 1989

  • Seleção da Eurocopa: 1988 e 1992

  • Bola de Prata da Eurocopa: 1988

  • Bola de Prata de jogador do ano no futebol inglês: 1996


  • FIFA 100: 2004



Referências




  1. «Nos 53 anos de Gullit, veja todos os gols do craque no período dourado do Campeonato Italiano - Trivela». Trivela. 1 de setembro de 2015 


  2. imortaisdofutebol (4 de abril de 2012). «Craque Imortal – Ruud Gullit». Imortais do Futebol. Consultado em 7 de maio de 2017 


  3. «Gullit e o apoio que Nelson Mandela nunca esqueceu - Trivela». Trivela. 6 de dezembro de 2013 


  4. abcdefgh "Confieso que he aprendido", Martín Mazur, El Gráfico, número 4397, abril de 2010, págs. 80-83


  5. abcde "O fã de Cruyff", Especial Placar - Os Craques do Século, novembro de 1999, Editora Abril, pág. 44


  6. "Feyenoord is en blijft altijd mijn club", Em neerlandês


  7. abc "Ruud Gullit", Ben Welch, FourFourTwo, número 5, março de 2009, Editora Cádiz, págs. 52-53


  8. "Desastres aéreos no futebol", Ubiratan Leal, Balípodo.com.br


  9. "Ícone - Marco van Basten", Simon Kuper, FourFourTwo, número 2, dezembro de 2008, Editora Cádiz, págs. 67-71


  10. «Relembre a carreira de Ruud Gullit, holandês ídolo do Milan». Terra 


  11. «Campeão da Euro com a Holanda, Gullit completa 53 anos. Reveja gols da final | Blog Brasil Mundial FC». globoesporte.com. Consultado em 7 de maio de 2017 


  12. "Gullit - o astro holandês", Heróis do Futebol, Nova Sampa Diretriz Editora, págs. 39-40



Ligações externas |



  • Ruud Gullit (em português) em Transfermarkt




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