Zbigniew Boniek
Informações pessoais | ||
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Data de nasc. | 3 de março de 1956 (62 anos) | |
Local de nasc. | Bydgoszcz, Polônia | |
Altura | 1,83 m | |
Informações profissionais | ||
Posição | Meia e Atacante (aposentado) | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos (golos) |
1973–1975 1975–1982 1982–1985 1985–1988 | Zawisza Bydgoszcz Widzew Łódź Juventus Roma | 41 (14) 194 (59) 133 (31) 92 (23) |
Seleção nacional | ||
1976-1988 | Polônia | 80 (24) |
Times/Equipas que treinou | ||
1990-1991 1991-1992 1992-1993 1994-1996 2002 | Lecce Bari Sambenedettese Avellino Polônia |
Zbigniew Boniek (Bydgoszcz, 3 de março de 1956) é um ex-futebolista polaco.
Foi o mais conhecido astro de sua geração no futebol da Polónia, sobressaindo-se internacionalmente entre seus também celebrados contemporêneos Grzegorz Lato, Kazimierz Deyna, Władysław Żmuda e Andrzej Szarmach, dentre outros.[1] A badalação justificava-se: dono de grande visão de jogo, Boniek, uma das estrelas de uma das épocas mais brilhantes da Juventus, tinha um ritmo explosivo e realizava dribles cerebrais, além de marcar seus golos.[2]
Continuou de certa forma no desporto após a reforma, tornando-se diretor de empresa especializada na negociação de direitos de transmissão de eventos esportivos.[1]
Índice
1 Carreira em clubes
1.1 Widzew Łódź
1.2 Juventus
1.3 Roma
2 Seleção Polonesa
3 Como Técnico
4 Ligações externas
5 Referências
Carreira em clubes |
Widzew Łódź |
Iniciou a carreira em 1975, no Widzew Łódź, fazendo sua estreia pela seleção nacional já no ano seguinte. Conseguiria seus melhores resultados no clube após uma boa participação no Mundial de 1978: o Widzew, um time médio do futebol polonês, emendou dois vice-campeonatos em 1979 e 1980 (fora vice também em 1977) e chegou aos títulos do campeonato polaco em 1981 e 1982.
Após um destaque ainda maior no Mundial de 1982, seu segundo mundial, foi vendido para a Juventus. A transferência em 1,8 milhões de dólares, permitida em razão da abertura política vivida pela Polónia no início da década de 1980, foi a mais cara negociação de um jogador polaco até então.[1] A nova equipa já lhe conhecia bem antes do mundial: na Taça UEFA de 1980/81, Boniek e o Łódź haviam eliminado o clube italiano em Turim, nos dezesseis-avos-de-final, e os polacos só foram eliminados pelos futuro campeão Ipswich Town.[3]
Dono de uma enorme explosão física dotado de força e muita velocidade, tornou- se versátil em posições no campo pelo talento de grande habilidade de dribles e finalização perfeitas com ambas as pernas.
Juventus |
Ainda em 1982, Boniek, que chegou ao novo clube juntamente com o francês Michel Platini, ficou em terceiro na Bola de Ouro da France Football, atrás apenas de Paolo Rossi (seu colega de clube) e do francês Alain Giresse. Na primeira temporada, conquistou uma Taça de Itália, mas a Juve perdeu os títulos mais importantes: a Serie A para a Roma e a final da Liga dos Campeões da UEFA, no que seria o primeiro título da Juventus no mais importante torneio interclubes europeu, para o Hamburgo. Curiosamente, Boniek os italianos chegaram à final após um reencontro com a ex-equipa do polaco, o Widzew Łódź, nas semifinais.[4]
Boniek triunfaria na segunda temporada; jogando ao lado também de Dino Zoff, Antonio Cabrini, Massimo Bonini, Gaetano Scirea e Marco Tardelli, dentre outros, conseguiu o scudetto e a Recopa Europeia - em que ele, após ter reencontrado outros poloneses (os do Lechia Gdańsk, nos dezesseis-avos-de-final), marcou o gol da vitória sobre o Porto na decisão,[5] no que foi a maior conquista internacional dos juventinos até então. Ele também marcou os dois gols nos 2 x 0 sobre o Liverpool, campeão da Copa dos Campeões, na Supercopa Europeia.[5]
A temporada que se seguiu viu a Vecchia Signora focar-se no inédito título da Copa dos Campeões. E ele finalmente veio, com participação determinante de Boniek, que sofreu o pênalti que originaria o único gol na decisão, também contra o Liverpool. A conquista (que ficaria tristemente marcada pela tragédia de Heysel, em que a ação de hooligans da torcida adversária provocou a morte de 39 torcedores bianconeri) foi seu ápice no clube, mas também a sua despedida. Ao fim da temporada 1984/85, Boniek acertou sua transferência para a Roma.
Roma |
Foi por 2,5 milhões para o clube da capital,[1] que acabava de despedir-se de Falcão. Em uma equipe tradicional mas não tão forte, teve o mérito de liderá-la na conquista da Copa da Itália de 1986, fazendo os romanistas esquecerem-se um pouco do antigo Rei de Roma até 1988,[1] quando parou de jogar. Daí surgiu a homenagem que os giallorossi fizeram a Boniek; diziam que, em Roma, dois poloneses mandavam: ele e o Papa João Paulo II.[1]
Seleção Polonesa |
Debutou pela Polônia em 1976, já no ano seguinte à sua estreia pelo Widzew. Os poloneses haviam conseguido um desempenho histórico na Copa do Mundo de 1974, voltando a um mundial trinta e seis anos depois da primeira (e única) participação e obtido um terceiro lugar, em vitória contra o Brasil. O selecionado manteve tal base para a Copa do Mundo de 1978, para a qual Boniek foi como um garoto em meio a veteranos já consagrados nacionalmente.[6]
O novato conseguiu alguma projeção, marcando duas vezes - ambos contra o México,[1] na primeira fase. A Polônia cairia na segunda fase de grupos, tendo integrado a mesma chave de Brasil e Argentina, além do bom time do Peru. Posteriormente, a equipe quase classificou-se para sua primeira Eurocopa, perdendo lugar na Euro 1980 por um ponto a menos em relação aos então bivice-campeões do mundo Países Baixos.
Sua explosão viria no mundial seguinte, o da Espanha, onde marcou quatro vezes, sendo três na segunda fase de grupos, contra a Bélgica, todos tidos como sublimes: o primeiro foi um chute de 20 metros de distância; o segundo, uma cabeçada inteligente; o terceiro, após aparecer subitamente para receber assistência de Grzegorz Lato, tirar o goleiro Jean-Marie Pfaff da jogada e enfim marcar.[2][7]
Os três gols seriam fundamentais para a classificação polaca: eles foram à última rodada desta segunda fase precisando de apenas um empate contra a União Soviética, que venceram os belgas por apenas 1 x 0. O empate sem gols entre poloneses e soviéticos credenciou a Polônia para as semifinais, onde teriam pela frente a surpreendente Itália. Paolo Rossi, futuro colega de Boniek na Juventus, fez os dois gols da vitória adversária. Boniek fez falta: não pôde participar da partida, suspenso após ter sido expulso contra a URSS.[7]
Os poloneses se satisfizeram com o bronze, novamente conquistado após oito anos, vencido contra a forte Seleção Francesa. Na Copa do Mundo de 1986, Boniek já não foi tão bem quanto no anterior, não marcando gols e tendo atuações discretas em função do mal estado de seus joelhos.[6] A Polônia, ainda assim, avançou às oitavas, onde foi eliminada pelo Brasil. Ele fez seu último jogo por seu país em 1988 - a seleção, que também não havia conseguido vaga na Eurocopa 1984, também já estava de fora da Euro daquele ano.
Como Técnico |
Boniek começou na nova função em 1990, no Lecce, treinando outras equipes pequenas italianas até 1996. Voltou a comandar uma equipe em 2002, desta vez a Seleção Polonesa, onde assumiu em julho após o fiasco do selecionado na Copa do Mundo de 2002. Entretanto, decidiu sair ainda naquele ano, em dezembro.
Ligações externas |
(pl) Zbigniew Boniek (90minut.pl)
Referências
↑ abcdefg "O Corredor Polonês", Especial Placar - Os Craques do Século, novembro de 1999, Editora Abril, pág. 112
↑ ab "Maiores gols", FourFourTwo número 14, abril de 2010, Editora Cádiz, pág. 26
↑ "European Competitions 1980-81", Karel Stokkermans, RSSSF
↑ "European Competitions 1982-83", James M. Ross, RSSSF
↑ ab "European Competitions 1983-84", James M. Ross, RSSSF
↑ ab Cérebro polonês", Especial Placar - Os 100 Craques das Copas, edição 1287-A, junho de 2006, Editora Abril, pág. 65
↑ ab "Os 10 Melhores Jogadores", FourFourTwo número 14, abril de 2010, Editora Cádiz, págs. 34-37