Manuel Alegre






































Manuel Alegre Gold Medal.svg


Nome completo
Manuel Alegre de Melo Duarte
Nascimento

12 de maio de 1936 (82 anos)
Águeda, Águeda
Nacionalidade

português
Progenitores

Mãe: Maria Manuela Alegre de Melo Duarte
Pai: Francisco José de Faria e Melo Ferreira Duarte
Ocupação
Escritor, poeta e político
Principais trabalhos

Praça da Canção

O Canto e as Armas
Alma
Cão Como Nós


Prémios
Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1998)

Prémio da Crítica da Associação Portuguesa de Críticos Literários (1998)
Grande Prémio de Poesia APE/CTT (1998)
Prémio Pessoa (1999)
Prémio Fernando Namora (1999)

Prémio de Literatura Infantil António Botto
Prémio D. Dinis (2007)
Grande Prémio Vida Literária (2016)
Grande Prémio de Literatura dst (2016)
Prémio de Consagração de Carreira da Sociedade Portuguesa de Autores (2016)
Prémio Camões (2017)


Assinatura

Assinatura Manuel Alegre.svg

Manuel Alegre de Melo Duarte GCSE • GCL (Águeda, Águeda, 12 de maio de 1936) é um escritor e político português.




Índice






  • 1 Biografia


    • 1.1 Infância e adolescência


    • 1.2 Coimbra


    • 1.3 Guerra Colonial


    • 1.4 No exílio


    • 1.5 Regresso a Portugal e carreira política após o 25 de abril


      • 1.5.1 Candidaturas presidenciais






  • 2 Casamentos e descendência


  • 3 Obra literária


  • 4 Livros


    • 4.1 Poesia


    • 4.2 Ficção


    • 4.3 Literatura Infantil


    • 4.4 Outros




  • 5 Principais condecorações e medalhas[10][11]


  • 6 Candidatura à presidência em 2006


  • 7 Referências


  • 8 Ligações externas





Biografia |



Infância e adolescência |


Originário de uma família de tradição política liberal, Manuel Alegre é filho de Francisco José de Faria e Melo Ferreira Duarte e de sua mulher, Maria Manuela Alegre de Melo Duarte.[1]


O seu trisavô paterno, Francisco Soares de Freitas, esteve nas revoltas contra D. Miguel I, foi fundador dos Caminhos de Ferro ao Sul do Tejo e primeiro visconde do Barreiro. O bisavô Carlos de Faria e Melo foi, além de jornalista, administrador e Governador Civil de Aveiro. O avô materno, Manuel Ribeiro Alegre, republicano e carbonário, foi deputado constituinte em 1911 e governador civil de Santarém.


Outros seus antepassados destacaram-se no desporto — o avô paterno, Mário Ferreira Duarte, foi um autêntico sportsman, tendo introduzido (com Guilherme Pinto Basto), várias modalidades desportivas em Portugal e impulsionado a fundação da [[Associação o primeiro ano do liceu no Passos Manuel, em Lisboa, no segundo esteve três meses como aluno interno no Colégio Almeida Garrett, no Porto,seis meses no Colégio Castilho, em São João da Madeira, e depois foi para o Porto, concluindo os estudos secundários no Liceu Central Alexandre Herculano. Aqui fundou, com José Augusto Seabra, o jornal Prelúdio.


A sua infância e juventude encontram-se retratadas no romance Alma (1995).



Coimbra |


Em 1956 Manuel Alegre é admitido na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.


Em 1957 torna-se militante do Partido Comunista Português em 1957, que viria a abandonar volvidos 11 anos, em 1968.


Foi membro da Comissão da Academia quando esta apoiou a candidatura de Humberto Delgado à Presidência da República, em 1958.


Manuel Alegre não teve menor empenho nas atividades culturais; participou na fundação do Círculo de Iniciação Teatral da Academia de Coimbra e foi actor do Teatro de Estudantes da Universidade de Coimbra, deslocando-se para actuar em Bruxelas (1958), Cabo Verde (1959) e Bristol (1960).


Em 1960 publica poemas nas revistas Briosa (que dirigiu), Vértice e Via Latina, participando ainda na colectânea A Poesia Útil e Poemas Livres, juntamente com Rui Namorado, Fernando Assis Pacheco e José Carlos Vasconcelos.



Guerra Colonial |


Em 1961, é chamado a cumprir serviço militar e assenta praça na Escola Prática de Infantaria, em Mafra, de onde sai, pouco depois, para a Ilha de São Miguel.


Depois de congeminar, com Melo Antunes, um plano para tomar conta da ilha e desencadear um golpe de Estado, em 1962 acaba por ser mobilizado para Angola, onde será preso pela PIDE, em 1963.


Regressado a Portugal, é-lhe fixada residência em Coimbra, mas logo em 1964 parte para o exílio. Viaja primeiro para Paris, mas acaba por se fixar em Argel.[2]



No exílio |


Chegado a Paris, em julho de 1964, é eleito para um cargo na Direcção da Frente Patriótica de Libertação Nacional, presidida por Humberto Delgado. Essa eleição dar-lhe-á a possibilidade de depor perante as Nações Unidas, como representante dessa organização, sobre a sua experiência em Angola, e contactar com os líderes dos movimentos africanos de libertação, como Agostinho Neto, Eduardo Mondlane, Samora Machel, Amílcar Cabral, Mário Pinto de Andrade e Aquino de Bragança.


Ainda nesse ano partia para um exílio de dez anos, em Argel.


Locutor da emissora de rádio A Voz da Liberdade, difunde conteúdos de apoio aos movimentos de libertação das antigas províncias ultramarinas e contra o regime salazarista.[3]


Entretanto os seus dois primeiros livros, Praça da Canção (1965) e O Canto e as Armas (1967), são apreendidos pela censura, mas cópias manuscritas ou dactilografadas circulam de mão em mão, clandestinamente. Poemas seus, cantados, entre outros, por Zeca Afonso e Adriano Correia de Oliveira, Manuel Freire e Luís Cília tornam-se emblemas da luta clandestina.


Em 1968, afasta-se do Partido Comunista Português para aderir à Ação Socialista Portuguesa, embrião do Partido Socialista.



Regresso a Portugal e carreira política após o 25 de abril |


Uma década depois de ter partido para Argel regressa a Portugal, onde chega a 2 de maio de 1974. Entra nos quadros da Radiodifusão Portuguesa, como director dos Serviços Recreativos e Culturais.


É um dos fundadores (com Piteira Santos, Nuno Bragança e outros) dos Centros Populares 25 de Abril, uma organização que pretendia um papel cívico, complementar ao dos partidos.


Ainda em 1974 adere ao Partido Socialista, de que foi dirigente nacional, sendo secretário-geral Mário Soares, logo após o I Congresso do PS.


Eleito deputado à Assembleia Constituinte, em 1975, foi o autor da proposta apresentada pelo PS para o texto do preâmbulo da Constituição Portuguesa de 1976, que foi adotado.


Deputado à Assembleia da República a partir de 1976, integrou também o I Governo Constitucional (de Mário Soares), primeiro como Secretário de Estado da Comunicação Social, depois como Secretário de Estado Adjunto do Primeiro-Ministro para os Assuntos Políticos.


No Parlamento foi presidente da Comissão Parlamentar de Negócios Estrangeiros, vice-presidente da Delegação Parlamentar Portuguesa ao Conselho da Europa, vice-presidente do Grupo Parlamentar do PS e vice-presidente da Assembleia da República.


Em 2004 foi candidato a secretário-geral do PS, perdendo para José Sócrates.


No total foi deputado 34 anos. Reformou-se após deixar o Parlamento, auferindo uma reforma de 3219,95€ [4] (para a qual contaram os descontos efectuados como deputado[5]), uma subvenção vitalícia superior a dois mil euros mensais.[6] A sua reforma foi motivo de diversos boatos nos meios de comunicação social, que foram levados a Tribunal, culminando no pagamento a Manuel Alegre de uma indemnização no valor de quarenta mil euros, como compensação por danos morais em virtude de notícia publicada em Junho de 2006, no jornal diário Correio da Manhã, e que lhe imputava o recebimento de uma reforma superior a três mil euros por escassos meses de trabalho na RDP, esquecendo os mais de 30 anos em que Manuel Alegre descontou para a Caixa Geral de Aposentações enquanto deputado na Assembleia da República. Manuel Alegre ganhou os recursos em sede de tribunal de primeira instância, de novo na relação de Lisboa, e de novo em sede de Supremo Tribunal de Justiça.[7] Acumula ainda uma subvenção vitalícia superior a dois mil euros mensais,[8] aplicada a todos os titulares de cargos públicos com desempenhos superiores a 12 anos.[9]


Tem uma biblioteca com o seu nome em Águeda.



Candidaturas presidenciais |


Em 2006 foi candidato independente às eleições presidenciais, tendo obtido mais votos que Mário Soares, então candidato oficial do PS. Após essas eleições funda o Movimento de Intervenção e Cidadania.


Em 2009 cessa o seu último mandato como deputado à Assembleia da República, após 34 anos no Parlamento, e no ano seguinte, anuncia a sua candidatura às eleições presidenciais de 2011, conseguindo o apoio do PS, do BE, do Partido Comunista dos Trabalhadores Portugueses, bem como dos dirigentes do MIC.


Manteve-se no entanto como membro do Conselho de Estado e das Ordens Honoríficas de Portugal.



Casamentos e descendência |


Casou duas vezes, primeiro com Isabel de Sousa Pires, de quem não teve filhos, e depois com Mafalda Maria de Campos Durão Ferreira (Lisboa, 13 de Dezembro de 1947), da qual tem dois filhos e uma filha:



  • Francisco Durão Ferreira Alegre Duarte, casado com Margarida Pereira Martins (17 de Abril de 1975), da qual tem dois filhos:

    • Pedro Pereira Martins Alegre Duarte

    • João Pereira Martins Alegre Duarte



  • Afonso Durão Ferreira Alegre Duarte (1976), solteiro e sem geração

  • Joana Margarida Durão Ferreira Alegre Duarte (1985)



Obra literária |




Manuel Alegre, retratado por Bottelho.


Além da actividade política, saliente-se o seu proeminente labor literário, quer como poeta, quer como ficcionista. Entre os seus inúmeros poemas musicados contam-se a Trova do vento que passa, cantada por Adriano Correia de Oliveira, Amália Rodrigues, entre muitos outros. Reconhecido além fronteiras, é o único autor português incluído na antologia Cent poèmes sur l'exil, editada pela Liga dos Direitos do Homem, em França (1993). Em Abril de 2010, a Universidade de Pádua, em Itália, inaugurou a Cátedra Manuel Alegre, destinada ao estudo da Língua, Literatura e Cultura Portuguesas. Pelo conjunto da sua obra recebeu, entre outros, o Prémio Pessoa (1999) e o Grande Prémio de Poesia da Associação Portuguesa de Escritores (1998). Foi sócio-correspondente da Classe de Letras da Academia das Ciências de Lisboa, eleito em 2005, e foi eleito membro efectivo da ACL em 2016.



Livros |



Poesia |




  • 1965 - Praça da Canção


  • 1967 - O Canto e as Armas


  • 1971 - Um Barco para Ítaca


  • 1976 - Coisa Amar (Coisas do Mar)


  • 1979 - Nova do Achamento


  • 1981 - Atlântico


  • 1983 - Babilónia


  • 1984 - Chegar Aqui


  • 1984 - Aicha Conticha


  • 1991 - A Rosa e o Compasso


  • 1992 - Com que Pena — Vinte Poemas para Camões


  • 1993 - Sonetos do Obscuro Quê


  • 1995 - Coimbra Nunca Vista


  • 1996 - As Naus de Verde Pinho


  • 1996 - Alentejo e Ninguém


  • 1997 - Che


  • 1998 - Pico


  • 1998 - Senhora das Tempestades


  • 1999 - E alegre se fez triste


  • 2001 - Livro do Português Errante


  • 2008 - Nambuangongo, Meu Amor


  • 2008 - Sete Partidas


  • 2015 - Bairro Ocidental


  • 2017 - Auto de António



Ficção |




  • 1989 - Jornada de África


  • 1989 - O Homem do País Azul


  • 1995 - Alma


  • 1998 - A Terceira Rosa


  • 1999 - Uma Carga de Cavalaria


  • 2002 - Cão Como Nós


  • 2003 - Rafael



Literatura Infantil |




  • 2007 - Barbi-Ruivo, O meu primeiro Camões, ilustrações de André Letria, Publicações Dom Quixote, 1ª edição, Novembro de 2007


  • 2009 - O Príncipe do Rio, ilustrações de Danuta Wojciechowska, Publicações Dom Quixote, Abril de 2009


  • 2015 - As Naus de Verde Pinho: Viagem de Bartolomeu Dias contada à minha filha Joana. Prémio de Literatura Infantil António Botto



Outros |




  • 1997 - Contra a Corrente (discursos e textos políticos)


  • 2002 - Arte de Marear (ensaios)


  • 2006 - O Futebol e a Vida, Do Euro 2004 ao Mundial 2006. (crónicas)


  • 2016 - Uma outra memória - A escrita, Portugal e os camaradas dos sonhos



Principais condecorações e medalhas[10][11] |




  • Portugal Grã-Cruz da Ordem da Liberdade de Portugal (19 de maio de 1989)


  • Jugoslávia ... da Orden Jugoslovenske Zvesde sa Zlatnim Vencem da Jugoslávia (? de ? de 19??)


  • Marrocos Comendador da Ordem de Ouissam Alaoui de Marrocos (6 de fevereiro de 1992)


  • Espanha Comendador da Ordem de Isabel a Católica de Espanha (? de ? de 19??)


  • Chile Grande-Oficial da Ordem de Bernardo O'Higgins do Chile (29 de abril de 1995)


  • Argélia ... da Ordem do Mérito Nacional da Argélia, "DJADIR", atribuída pelo Presidente Bouteflika (31 de maio de 2005)


  • Itália Grande-Oficial da Ordem "Stella Della Solidarietá" Italiana de Itália, atribuída pelo Presidente de Itália (2 de junho de 2008)


  • Cabo Verde 1.º Grau da Ordem de Amílcar Cabral de Cabo Verde (? de ? de 19??)


  • União Europeia Medalha de Mérito do Conselho da Europa, de que é Membro-Honorário


  • Portugal Medalha de Honra da Sociedade Portuguesa de Autores (21 de maio de 2008)


  • Itália Medalha da Cidade de Veneza, por ocasião do Convénio Internacional "La Porta d’Oriente -Viaggi e Poesia" (? de novembro de 1999)


  • Portugal Medalha de Ouro da Cidade de Águeda, sua terra natal


  • Itália Medalha da Cidade de Pádua, tendo sido agraciado com o título de Cidadão-Honorário (19 de abril de 2010)


  • Portugal Grã-Cruz da Ordem Militar de Sant'Iago da Espada (20 de maio de 2016)


  • Itália Doutoramento Honoris Causa em Línguas e Literaturas Modernas Europeias e Americanas, pela Universidade de Pádua (novembro de 2017)


  • Portugal Doutoramento Honoris Causa da Universidade de Lisboa (outubro de 2018)



Candidatura à presidência em 2006 |



Ver artigo principal: Eleições presidenciais portuguesas de 2006










































Candidato
votos
%
Aníbal Cavaco Silva 2 746 689

%


Manuel Alegre 1,125,077

%


Mário Soares 778 781

%


Jerónimo de Sousa 466 507

%


Francisco Louçã 288 261

%


Garcia Pereira 23 622

0,44 %


Abstenção 3 303 972

%




Referências




  1. «Acórdão Nº 504/2010». Tribunal Constitucional. 27 de dezembro de 2010. Consultado em 10 de janeiro de 2011 


  2. Biblioteca Municipal Manuel Alegre. «Manuel Alegre». Consultado em 28 de Outubro de 2010 


  3. Diário de Notícias. «Alegre confrontado com insinuações de traição». Consultado em 28 de Outubro de 2010 


  4. Lista dos aposentados e reformados cuja pensão é paga pela Caixa Geral de Aposentações a partir do mês de Agosto de 2006 ou das datas indicadas: (PDF). [S.l.]: Caixa Geral de Aposentações. 2006. 32 páginas 


  5. Correio da Manhã. «Santana e Alegre pedem pensão vitalícia». 11 de Fevereiro de 2010. Consultado em 16 de Outubro de 2010 


  6. Diário de Notícias. «Alegre recebe duas pensões do Estado». Consultado em 12 de Fevereiro de 2010 


  7. Alberto Sobrinho (2009). Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça. [S.l.]: Supremo Tribunal de Justiça 


  8. Diário de Notícias. «Alegre recebe duas pensões do Estado». Consultado em 12 de Fevereiro de 2010 


  9. Estatuto Remuneratório dos Titulares de Cargos Públicos (PDF). [S.l.]: Assembleia da República. 2009 


  10. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Estrangeiras». Resultado da busca de "Manuel Alegre". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 14 de fevereiro de 2015 


  11. «Cidadãos Nacionais Agraciados com Ordens Portuguesas». Resultado da busca de "Manuel Alegre de Melo Duarte". Presidência da República Portuguesa. Consultado em 28 de janeiro de 2018 



Ligações externas |




O Commons possui uma categoria contendo imagens e outros ficheiros sobre Manuel Alegre



  • Sítio oficial


  • Biografia na Editorial Caminho

  • Sítio de Manuel Alegre, Candidato à Presidência da República em 2011


  • Página de Manuel Alegre, Candidato à Presidência da República em 2011 no Facebook

  • Fotografias de Manuel Alegre, Candidato à Presidência da República em 2011

  • Arquivo da página pessoal de Manuel Alegre entre 2006-2009, incluindo a candidatura à Presidência da República em 2006


  • Página do Movimento de Intervenção e Cidadania (MIC)

  • "Poema com h pequeno" de O canto e as armas traduzido e recitado em francês, catalão, occitano e grego








































































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Precedido por
Raduan Nassar

Prémio Camões
2017
Sucedido por
Germano Almeida








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