Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco
Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco | |
---|---|
FDR-UFPE | |
Universidade | Universidade Federal de Pernambuco |
Fundação | 11 de agosto de 1827 (191 anos) |
Nomes anteriores | Faculdade de Direito de Olinda |
Diretor | Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti |
Localização | Recife, Pernambuco – Brasil |
Site | Site Oficial |
A Faculdade de Direito do Recife da Universidade Federal de Pernambuco (FDR-UFPE) é uma instituição de ensino superior localizada na cidade do Recife, capital do Estado de Pernambuco, Brasil. É a mais antiga faculdade de Direito do país, ao lado do curso de Direito da USP.[1][2]
É uma unidade da Universidade Federal de Pernambuco, e ministra cursos de graduação e pós-graduação em Direito.[2]
Na célebre Faculdade de Direito do Recife estudaram importantes personalidades da história brasileira, como o Barão do Rio Branco, Paulo Freire, Joaquim Nabuco, Eusébio de Queirós, Castro Alves, Raul Pompeia, Nilo Peçanha, Ruy Barbosa, Clóvis Bevilaqua, Tobias Barreto, Sílvio Romero, Teixeira de Freitas, Rosa e Silva, Graça Aranha, Augusto dos Anjos, Franklin Távora, Álvaro Lins, Fagundes Varella, João Pessoa, Pontes de Miranda, Epitácio Pessoa, Ariano Suassuna, Miguel Arraes, Assis Chateaubriand, Câmara Cascudo, José Lins do Rego, Aurélio Buarque de Holanda, Marco Maciel, Guimarães Júnior, dentre diversos outros nomes.[2]
Índice
1 História
1.1 A Escola do Recife
2 Ex-alunos notáveis
3 Biblioteca, professores, produção acadêmica
3.1 Revista Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife
4 Organização interna
5 Pós-Graduação
6 Atualidade
7 Ver também
8 Ligações externas
9 Bibliografia
10 Notas e referências
10.1 Notas
10.2 Referências
História |
A instituição foi fundada pelo Imperador Dom Pedro I do Brasil[3] através da Carta Imperial de 11 de agosto de 1827, a qual criou dois "Cursos de Sciencias Jurídicas e Sociaes" no país recém-independente: um instalado no Convento de São Francisco, em São Paulo (atual Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo) e outro no Mosteiro de São Bento, em Olinda (antiga Faculdade de Direito de Olinda). Esta última, por razões pragmáticas, foi transferida para o Recife, capital da Província de Pernambuco, em 1854, recebendo a denominação atual[4].
Nos seus primeiros anos, ocupou o claustro do Mosteiro de São Bento e o atual prédio da Prefeitura e de Olinda. Após sua transferência para o Recife, passou a ocupar um velho casarão na Rua do Hospício, pouco adequado às suas funções e por isso apelidado pelos estudantes de "pardieiro"[5]. Em 1912, depois de concluídas as obras pelo Governo da República, mudou-se para o palácio onde funciona até hoje, na praça Adolfo Cirne, em frente à atual Câmara Municipal do Recife e ao Parque Treze de Maio. O prédio, tombado pelo Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, foi construído por José de Almeida Pernambuco, ocupando uma área de 3.600 metros quadrados, no centro de uma área ajardinada; seu projeto arquitetônico, eclético, com predominância do estilo neoclássico, é de autoria do arquiteto francês Gustave Varin[6].
Em 1942, junto com outras escolas de nível superior tradicionais da capital pernambucana, como a Faculdade de Medicina do Recife, a Escola de Engenharia de Pernambuco e a Escola de Belas-Artes de Pernambuco, passou a integrar a Universidade do Recife (UR), que se tornaria, em 1965, na atual Universidade Federal de Pernambuco. Hoje, constitui o Centro de Ciências Jurídicas da Universidade Federal de Pernambuco (CCJ - UFPE), mantendo, entretanto, a denominação de Faculdade de Direito do Recife (FDR).
A Escola do Recife |
A Faculdade, desde os seus primeiros anos de existência, atuava não apenas como um centro de formação de bacharéis, mas, principalmente, como escola de Filosofia, Ciências e Letras, tornando-se célebre pelas discussões e polêmicas que empolgavam a sociedade da época. A instituição viveu tempos gloriosos durante o Segundo Reinado, sob a influência de Tobias Barreto, Joaquim Nabuco e Castro Alves.
Nela nasceu e floresceu o movimento intelectual poético, crítico, filosófico, sociológico e jurídico conhecido como a Escola do Recife, também chamada de "Geração de 1871", com grande repercursão no Império entre os anos de 1860 e 1880, tendo por líder incontestável o jurista sergipano Tobias Barreto. O movimento se notabilizou pela crítica devastadora ao clericalismo e ao neoescolasticismo vigente nos estudos jurídicos da época, bem como pela introdução da doutrina alemã no pensamento nacional, pela divulgação da obras de autores germânicos até então inéditos na vida intelectual brasileira, como Rudolf Von Jhering [7].
Ex-alunos notáveis |
A Faculdade de Direito do Recife ganhou notoriedade pela grande quantidade de alunos egressos que desempenharam papéis fundamentais na história política, intelectual e artística do Brasil, tais como o Barão do Rio Branco, pai da diplomacia brasileira; Joaquim Nabuco, líder da abolição da escravatura; os ex-presidentes da República Epitácio Pessoa e Nilo Peçanha; os juristas Clóvis Bevilaqua, Pontes de Miranda, Tobias Barreto, Teixeira de Freitas, Aníbal Bruno, Pinto Ferreira e Ruy Barbosa (havendo este último estudado na FDR os dois primeiros anos)[8]; o filólogo Aurélio Buarque de Holanda; o jornalista Assis Chateaubriand; os poetas Castro Alves[nota 1], Augusto dos Anjos, Fagundes Varella, Guimarães Júnior, Carlos Pena Filho e Mauro Mota; os escritores Raul Pompeia, Franklin Távora, José Lins do Rego e Ariano Suassuna; o filósofo Raimundo de Farias Brito; o educador Paulo Freire, os governadores João Pessoa, Miguel Arraes e Marco Maciel (ex-vice-presidente da República); os ensaistas Sílvio Romero e Graça Aranha; o folclorista Câmara Cascudo; o historiador Capistrano de Abreu; o músico Capiba; o crítico literário Álvaro Lins; o líder revolucionário Francisco Julião, entre diversos outros.
É a segunda faculdade de direito do Brasil que mais formou ministros do Supremo Tribunal Federal, perdendo apenas da Faculdade de Direito da USP.[9]
Na atualidade, destacam-se inúmeros ex-alunos, como o compositor Alceu Valença; o embaixador e poeta Geraldo Holanda Cavalcanti; diversos juristas, como Marcelo Neves, Roque de Brito Alves, Cláudio Souto, José Souto Maior Borges, João Maurício Adeodato, o ex-procurador geral da República Geraldo Brindeiro, o ex-presidente do Superior Tribunal de Justiça Francisco Falcão; os ex-ministros Roberto Freire e Bruno Araújo; o empresário da educação Janguiê Diniz, sem contar os vários membros da magistratura, do Ministério Público e da advocacia atualmente em exercício.
Vale citar também outros nomes eminentes do ensino, da política, da magistratura, literatura, história, filosofia, sociologia etc., tais como os seguintes[10]:
- 1832 – Eusébio de Queirós
- 1833 – Paula Batista
- 1835 – José Tomás Nabuco de Araújo, Sousa Franco
- 1836 – Saldanha Marinho
- 1837 – Teixeira de Freitas, Francisco de Assis Bezerra de Meneses, Miguel Fernandes Vieira
- 1838 – Antonio Herculano de Sousa Bandeira
- 1839 – Cândido Mendes de Almeida, Luís Gonzaga de Brito Guerra
- 1842 – Antônio Coelho de Sá e Albuquerque
- 1846 – Marquês de Paranaguá
- 1849 – Joaquim Pires Machado Portela
- 1851 – Aprígio Guimarães, Adelino Antônio de Luna Freire, Leandro Bezerra Monteiro
- 1852 – José Liberato Barroso
- 1853 – Américo Militão de Freitas Guimarães
- 1855 – Salustiano Orlando
- 1858 – Barão de Lucena
- 1859 – António Lopes de Gusmão Mexia Lobo, Aristides Lobo
- 1864 – André Cavalcanti d'Albuquerque, Antônio Pinto Nogueira Acioly, Joaquim Correia de Araújo
- 1865 – Antônio Borges da Fonseca
- 1866 – Barão do Rio Branco, Carneiro Vilela, Antônio Coelho Rodrigues, Sigismundo Gonçalves
- 1867 – Antônio Gonçalves Ferreira, João Barbalho Uchôa Cavalcanti, José Higino Duarte Pereira, Maciel Pinheiro
- 1869 – Tobias Barreto, Guimarães Júnior, Araripe Júnior
- 1870 – Gaspar Drumond, Herculano Bandeira, Joaquim Nabuco, José Mariano Carneiro da Cunha, Ulysses Vianna
- 1872 – Francisco de Paula Lacerda de Almeida
- 1873 – Sílvio Romero, Antonio Herculano de Sousa Bandeira Filho
- 1874 – Barros Guimarães
- 1875 – Francisco Altino Correia de Araújo, Herculano Bandeira, Pinto Damaso
- 1876 – Adolfo Cirne, Francisco de Assis Rosa e Silva
- 1877 – José Joaquim Seabra
- 1879 – Aníbal Falcão
- 1880 – Henrique Milet, José Maria de Albuquerque Melo, Laurindo Carneiro Leão, Oliveira Escorel;
- 1881 – Artur Orlando da Silva
- 1882 – Adelino Filho, Clóvis Beviláqua, Manuel Inácio Carvalho de Mendonça
- 1883 – José Isidoro Martins Júnior, João Elísio
- 1884 – Fausto Cardoso, Ferreira Coelho, Pedro Celso, Raimundo de Farias Brito, Rodolpho Araújo
- 1885 – Borges de Medeiros, Carlos da Costa Ferreira Porto Carreiro, Faelante da Câmara, Manuel Pedro Villaboim, Peregrino da Silva, Raul Pompeia, Virgínio Marques
- 1886 – Alcedo Marrocos, Alfredo Pinto Vieira de Melo, Epitácio Pessoa, Graça Aranha, José Bezerra, Júlio de Melo
- 1887 – Eugênio de Barros, Manuel Borba, Nilo Peçanha, Pardal Mallet
- 1888 – Manoel Neto Carneiro Campello
- Aparecem as primeiras mulheres formadas em Direito: Delmira Secundina da Costa, Maria Fragoso, Maria Coelho da Silva
- 1889 – Esmeraldino Bandeira, Gervásio Fiorante, Maria Augusta C. Meira de Vasconcelos
- 1890 – Heitor de Sousa, Tomás Lins Caldas
- 1891 – Enéas Martins, Faria Neves Sobrinho, Joaquim Guedes C. Gondim Filho
- 1892 – Tavares de Lyra, Estácio Coimbra, Irineu Machado, Tomé Gibson, Sérgio Loreto, Solidônio Leite
- 1893 – Octávio Tavares, Samuel Wallace MacDowell
- 1894 – Odilon Nestor, Bento Américo, Tito Rosas
- 1895 – Eduardo Espínola, França Pereira
- 1896 – Artur Muniz
- 1897 – Mário Castro
- 1900 – Gennaro Guimarães
- 1901 – Joaquim Amazonas
- 1903 – Aníbal Freire
- 1904 – Araújo Jorge, Clodomir Cardoso, João Pessoa
- 1905 – Sebastião do Rêgo Barros, José Augusto Bezerra de Medeiros
- 1907 – Frederico Castelo Branco Clark, Augusto dos Anjos, Antonio Ribeiro de Sousa Bandeira
- 1908 – Andrade Bezerra, José Américo
- 1909 – Adelmar Tavares, Gilberto Amado, Mário Rodrigues
- 1910 – Joaquim Pimenta, Guedes de Miranda
- 1911 – Pontes de Miranda, Barreto Campello
- 1912 – Mário de Sousa, Carlos Dias Fernandes, Aníbal Bruno, Afonso Neves Baptista, Eduardo Henrique Girão
- 1913 – Assis Chateaubriand, Catarina de Moura
- 1915 – Soriano Neto
- 1916 – Agamenon Magalhães, Sérgio Loreto Filho, Aníbal Fernandes, Olavo Oliveira
- 1917 – Barbosa Lima Sobrinho, Luís Guedes, Dioclécio Duarte, Olívio Montenegro, Estêvão Pinto
- 1918 – João Barreto de Menezes
- 1919 – Abgar Soriano, Múcio Leão, Gennaro Freire, José Joaquim de Almeida, Silvestre Péricles
- 1920 – José Ferreira de Sousa
- 1921 – Pedro Palmeira
- 1922 – Sílvio Rabelo
- 1923 – Evandro Neto, Gondim Neto
- 1924 – José Lins do Rêgo
- 1926 – Luiz Maria de Souza Delgado, Alcides Carneiro
- 1932 – Djalma Marinho
- 1932 – Luiz Pinto Ferreira, Nilo de Oliveira Pereira
- 1933 – Otto de Brito Guerra
- 1937 – Miguel Arraes
- 1939 - Francisco Julião
- 1942 – Lourival Vílanova
- 1943 – Paulo Freire
- 1944 – Luiz Cristóvão dos Santos
- 1949 – José Gláucio Veiga
- 1950 – Ariano Suassuna
- 1953 – Cláudio Souto
- 1955 - Ivandro Cunha Lima, Marcos Freire
- 1958 – Nelson Saldanha
- 1969 - José Luiz Delgado
Biblioteca, professores, produção acadêmica |
A FDR possui uma grande biblioteca com mais de cem mil volumes, muitos deles raros e preciosos (como a primeira edição da Prosopopeia, de Bento Teixeira), abrangendo as áreas de direito, filosofia, história e literatura, tendo sob sua guarda, inclusive, a biblioteca que pertenceu a Tobias Barreto. Publica, desde 1891, sua Revista Acadêmica, na qual reúne trabalhos jurídicos de autoria de seus professores e convidados.
Muitos dos seus professores tornaram-se famosos pela oratória, conhecimentos jurídicos e cultura geral.
Nilo Pereira, um dos muitos intelectuais que se formou na instituição, no seu livro Pernambucanidade (Recife, 1983, v.1, p. 252), diz:
- "A Faculdade é germinal. Que se irradiou por todo o Nordeste. E que esteve e está presente nas Universidades Regionais que se criaram. Formou os bacharéis saídos dos Recife ... que ergueram, sobre os alicerces do humanismo jurídico, as Faculdades de Direito dos Estados vizinhos. Para ela vinham as gerações ansiosas de saber, futuros magistrados, advogados, juristas, jornalistas, diplomatas, estadistas, parlamentares, ministros de Estado, conselheiros do Império, escritores, poetas, tribunos, políticos..."
Revista Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife |
Desde 1891 a instituição publica a tradicional Revista Acadêmica, cuja denominação é Revista Acadêmica da Faculdade de Direito do Recife, na qual reúne trabalhos jurídicos de autoria de seus professores e convidados. Trata-se da mais antiga revista acadêmica do país.[11][12]
Organização interna |
A Faculdade integra o Centro de Ciências Jurídicas (CCJ), constituído por três departamentos, contando com docentes Doutores, Mestres, Especialistas e Graduados[13]:
- Departamento de Direito Público Geral e Processual (I Departamento);
- Departamento de Direito Público Especializado (II Departamento);
- Departamento de Teoria Geral do Direito e Direito Privado (III Departamento).
O Diretor da Faculdade é eleito pela comunidade acadêmica do Centro de Ciências Jurídicas, entre os membros do corpo docente, para o exercício de mandato de 4 (quatro) anos. Atualmente, o cargo é exercido pelo ex-desembargador presidente do Tribunal Regional Federal da 5ª Região e professor titular da cadeira de Direito Administrativo, o Prof. Dr. Francisco de Queiroz Bezerra Cavalcanti.
O Conselho Departamental é o órgão superior deliberativo da Faculdade, sendo integrado pelos seguintes membros[14]:
- Diretor do CCJ;
- Vice-Diretor do CCJ;
- Chefe do Departamento de Direito Público Geral;
- Chefe do Departamento de Direito Público Especializado;
- Chefe do Departamento de Teoria Geral do Direito e Direito Privado;
- Coordenador de Graduação;
- Coordenador de Pós-Graduação;
- Representante do Diretório Acadêmico.
Pós-Graduação |
O Programa de Pós-Graduação em Direito (PPGD) da FDR foi criado nos anos 1950, com a abertura do curso de doutorado, suspenso em 1970. Em 1972, autorizado pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), o PPGD retoma suas atividades com o curso de mestrado, e, em 1996, o curso de doutorado é reaberto, tornando-se então o único no Nordeste brasileiro na época.
Atualmente, com conceito Capes 4, oferta 28 vagas anuais para o Mestrado em Direito e 14 vagas anuais para o Doutorado em Direito.
O Programa de Pós-Graduação em Direito passou por diversas alterações ao longo do tempo e atualmente está estruturado em três áreas de concentração:
Transformações do Direito Público: conta com duas linhas de pesquisa: Jurisdição e Processos Constitucionais; Estado, Regulação e Tributação indutora.
Transformações do Direito Privado: conta com três linhas de pesquisa: Direito do Trabalho e Teoria Social Crítica; Transformações das Relações Jurídicas Privadas; Relações Contratuais Internacionais.
Teoria Geral do Direito Contemporâneo: conta com duas linhas de pesquisa: Justiça e Direitos Humanos na América Latina; Teorias da Decisão Jurídica.
Além disso, o PPGD oferta diversos cursos de especialização nas mais variadas áreas do direito: Direito Administrativo, Direito Civil e Empresarial, Direito Contratual, Direito do Trabalho, Processo Civil Contemporâneo, Processo Tributário, dentre outros[15].
A Pós-Graduação em Direito funciona em outro prédio situado na rua do Hospício, em que era sediada a antiga Escola de Engenharia.
Atualidade |
O curso de graduação, com aproximadamente mil discentes, conta com o selo de excelência fornecido pela Ordem dos Advogados do Brasil[16], ostentando um histórico de elevados índices de aprovação no Exame da OAB. No ano de 2015, por exemplo, a faculdade obteve o primeiro lugar nacional, com um índice de aprovação de 83,33%, sendo também a instituição que aprovou o maior número absoluto de alunos entre as dez primeiras colocadas daquele ano (110 aprovados).[17] No ano de 2012, foi a segunda faculdade com maior aprovação, com taxa de 78,57%.[18] Na prova da OAB 2008.2, a Faculdade de Direito do Recife ficou em terceiro lugar no ranking nacional, tendo mais de 87% de alunos aprovados no concurso. Já na prova de 2010.1 a instituição teve 81,3% de aprovação, ficando em segundo lugar no ranking nacional.
Na avaliação do Guia do Estudante de 2013, organizado pela Editora Abril, o curso de direito da UFPE recebeu conceito "excelente" (cinco estrelas).[19] O mesmo ocorreu no ano de 2010, tendo a UFPE sido escolhida a melhor universidade do país nos campos de administração e negócios.
No campo da pós-graduação, o Centro de Ciências Jurídicas da UFPE mantém vários cursos de especialização, mestrado e doutorado, estes dois últimos com avaliação nota 5, na avaliação divulgada pela CAPES, em 2007, sendo considerado o quarto melhor programa de pós-graduação em Direito do Brasil. Em decorrência desta avaliação, mantém vários convênios interinstitucionais, dentre os quais cumpre destacar, com a Universidade Católica de Salvador e com o Tribunal de Justiça do Maranhão.
Recentemente,[quando?] com a conclusão de boa parte das obras de restauração do prédio histórico da Faculdade de Direito, as aulas da graduação voltaram a funcionar no Palácio, deixando as precárias dependências da antiga Delegacia do MEC (DEMEC) e primeiras instalações da Reitoria da então Universidade do Recife. No prédio do DEMEC funcionam os serviços prestados pelo NPJ (Núcleo de Prática Jurídica da FDR), através de convênios com a Defensoria Pública do Estado de Pernambuco e o Tribunal Regional Federal da 5ª Região (Posto avançado dos Juizados Especiais Federais).[carece de fontes]
Ver também |
- Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo
Faculdade Nacional de Direito da UFRJ
Ligações externas |
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Bibliografia |
BEVILÁQUA, Clóvis. História da Faculdade de Direito do Recife. 2ª ed. Brasília: INL; Conselho Federal de Cultura, 1977.- DELGADO, José Luiz. A Casa de Clóvis e de Andrade Bezerra. Recife: Editora UFPE, 2016. 309 p.
- FRANCA, Rubem. Monumentos do Recife. Recife: Governo de Pernambuco, SEC, 1977. p. 175.
- PAIM, Antônio. A Escola do Recife. Volume 5. Londrina: Editora UEL, 1999.
- PARAÍSO, Rostand Carneiro Leão. A casa de Octávio de Freitas: memória apresentada à Academia Pernambucana de Letras, 1977.
PINTO FERREIRA, Luís. História da Faculdade de Direito do Recife. Recife: Ed. Universitária, 1980.- SALDANHA, Nelson. A Escola do Recife. Caruaru: Edição da Faculdade de Direito de Caruaru, 1971. 114 p.
- VEIGA, Gláucio. História das ideias da Faculdade de Direito do Recife. Recife: Ed. Universitária, 1982.
Notas e referências
Notas
↑ Assim como Ruy Barbosa, Castro Alves não se formou na Faculdade de Direito do Recife, tendo ambos se transferido, dois anos depois de terem iniciado o curso, para a Faculdade de Direito do Largo de São Francisco, em São Paulo, onde Ruy Barbosa concluiu o curso e se formou. Castro Alves, no entanto, não chegaria a se formar. Fonte: Catálogo das Obras de Ruy Barbosa, página 11; Publicação: ALESP, 2003
Referências
↑ «Lei de 11 de agosto de 1827». Planalto.gov.br. Consultado em 11 de março de 2017
↑ abc «A Faculdade». Centro de Ciências Jurídicas - UFPE. Consultado em 11 de março de 2017
↑ BRASIL. «Lei de 11 de Agosto de 1827». Consultado em 16 de março de 2015
↑ IBGE. «IBGE | Biblioteca | Detalhes | Faculdade de Direito do Recife : Recife, PE». biblioteca.ibge.gov.br. Consultado em 1 de maio de 2018
↑ «Faculdade de Direito do Recife». basilio.fundaj.gov.br. Consultado em 1 de maio de 2018
↑ «Faculdade de Direito do Recife». basilio.fundaj.gov.br. Consultado em 1 de maio de 2018
↑ CAMPOS, Virgílio (1988). Tobias Barreto e a Revolução Jurídica Alemã. Sergipe: [s.n.] 1 páginas
↑ «Rui Barbosa». basilio.fundaj.gov.br. Consultado em 1 de maio de 2018
↑ STF. «Conheça os Ministros do Supremo Tribunal Federal». STF. Consultado em 16 de março de 2015
↑ Joab, Rony. «Universidade Federal de Pernambuco - Centro de Ciências Jurídicas». www3.ufpe.br. Consultado em 6 de outubro de 2017
↑ PINTO FERREIRA, Luís - História da Faculdade de Direito do Recife. Recife: Ed. Universitária, 1980
↑ «FDR lança nova edição da Revista Acadêmica». UFPE. Consultado em 24 de junho de 2017
↑ Administrator. «Universidade Federal de Pernambuco - Centro de Ciências Jurídicas». www3.ufpe.br. Consultado em 5 de agosto de 2017
↑ Joab, Rony. «Universidade Federal de Pernambuco - Centro de Ciências Jurídicas». www3.ufpe.br. Consultado em 5 de agosto de 2017
↑ «Cursos de Especialização - UFPE». www.ufpe.br. Consultado em 5 de agosto de 2017
↑ «OAB entrega a 142 faculdades selo de qualidade em ensino de direito». Conselho Federal da OAB
↑ «Ranking da OAB: confira o desempenho das faculdades no exame». Terra
↑ LeiaJá. «UFPE é a 2ª instituição que mais aprovou no exame OAB». www.leiaja.com. Consultado em 5 de maio de 2018
↑ Pernambuco, Diario de (9 de setembro de 2015). «UFPE tem 22 cursos considerados excelentes pelo Guia do Estudante». Diario de Pernambuco