Luiz Fernando Pezão
Luiz Fernando Pezão | |
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62º Governador do Rio de Janeiro | |
Período | 4 de abril de 2014 a 1º de janeiro de 2019 [nota 1] |
Vice-governador | Nenhum (2014-2015) Francisco Dornelles (2015-2019) |
Antecessor | Sérgio Cabral Filho |
Sucessor | Wilson Witzel |
19º Vice-governador do Rio de Janeiro | |
Período | 1º de janeiro de 2007 a 3 de abril de 2014 |
Governador | Sérgio Cabral Filho |
Antecessor | Luiz Paulo Conde |
Sucessor | Francisco Dornelles |
Secretário Estadual de Obras do Rio de Janeiro | |
Período | 1º de janeiro de 2007 a 30 de março de 2010 |
Governador | Sérgio Cabral Filho |
6º Prefeito de Piraí | |
Período | 1º de janeiro de 1997 a 1º de janeiro de 2005 |
Antecessor | Arthur Henrique Tutuca |
Sucessor | Arthur Henrique Tutuca |
Vereador de Piraí | |
Período | 1º de janeiro de 1993 a 1º de janeiro de 1997 |
Período | 1º de janeiro de 1983 a 1º de janeiro de 1989 |
Dados pessoais | |
Nome completo | Luiz Fernando de Souza |
Nascimento | 29 de março de 1955 (64 anos) Piraí, RJ, Brasil |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Ecy Reis de Souza Pai: Darcy de Souza |
Cônjuge | Maria Lúcia Cautiero Horta Jardim (1993-presente) |
Partido | MDB |
Religião | Católico |
Profissão | Economista e político |
Luiz Fernando de Souza (Piraí, 29 de março de 1955), mais conhecido como Luiz Fernando Pezão ou simplesmente Pezão, é um economista e político brasileiro. Atualmente preso, é filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB) e ex-governador do estado do Rio de Janeiro.
Graduado pela Universidade Estácio de Sá, ingressou na vida pública nos cargos de vereador na década de 1980 e de prefeito de sua cidade natal, Piraí, em 1997. Foi nomeado secretário estadual pela governadora Rosinha Garotinho em 2005. Por meio de sua aliança política com Sérgio Cabral Filho, foi eleito e reeleito vice-governador do Rio de Janeiro, acumulando o posto de secretaria estadual de Obras, onde coordenou as principais obras do governo em regiões carentes, como o Complexo do Alemão e a Rocinha.
Ascendeu na política herdando o cargo de governador do estado após renúncia do titular Cabral Filho em 2014, elegendo-se no 2º turno das eleições daquele ano. Em 29 de novembro de 2018, Pezão foi preso no Palácio Laranjeiras acusado de corrupção; foi o primeiro governador carioca em exercício a ser detido.[2][3][4]
Índice
1 Formação acadêmica e ingresso na política
1.1 No secretariado estadual
1.2 Como vice-governador
1.3 À frente do governo
1.4 Operação Lava Jato
1.5 Cassação
1.6 Prisão
2 Vida pessoal
2.1 Origem do apelido
2.2 Problemas de saúde
3 Notas
4 Referências
5 Ligações externas
Formação acadêmica e ingresso na política |
Natural do município de Piraí e formado em economia e administração de empresas[5] pela Universidade Estácio de Sá e ingressou na vida pública na década de 1980 ao ser eleito vereador por dois mandatos (1982-1988 e 1993-1996) e depois tornou-se prefeito de sua cidade natal por duas vezes (1996-2000 e 2001-2004).[6][7]
No secretariado estadual |
Pezão foi nomeado subsecretário estadual de Governo e de Coordenação pela então governadora Rosinha Matheus em 2005[8], e assumiu a titularidade da pasta quando o então secretário Anthony Garotinho (marido da governadora e ex-governador) decidiu disputar pela segunda vez a Presidência da República.[9]
Como vice-governador |
Eleito vice-governador do Rio de Janeiro na chapa de Sérgio Cabral Filho por dois mandatos (2007-2010 e 2011-2014), Pezão coordenou a recuperação das cidades da região serrana afetadas pelas chuvas e comandou os projetos Asfalto na Porta e Bairro Novo, que levaram melhorias urbanas tais como drenagem e pavimentação de ruas aos municípios do estado.
À frente da secretaria estadual de Obras, Pezão coordenou as principais obras do governo tais como as do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), Complexo do Alemão, Manguinhos, Pavão-Pavãozinho/Cantagalo e Rocinha bem como a construção do Arco Metropolitano.
À frente do governo |
Assumiu o cargo de governador do Rio de Janeiro após a renúncia, em 3 de abril de 2014, do então governador Sérgio Cabral Filho.
Foi reeleito governador do Rio de Janeiro no 2º turno das eleições de 2014 com 4.343.298 votos com 55,78% dos válidos contra o então senador Marcelo Crivella (PRB), que obteve 3.442.713 votos com 44,22% dos válidos.[10]
Operação Lava Jato |
Ver artigo principal: Operação Lava Jato
Em março de 2015, o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa citou, em depoimento de delação premiada, disse que o ex-governador Sérgio Cabral Filho (PMDB), e Pezão teriam recebido 30 milhões de reais para caixa 2. Segundo Costa, Cabral seria um dos integrantes do esquema de corrupção que desviaria recursos da Petrobras. E pelo cargo que Pezão exerce de governador, o seu nome foi enviado pelo Ministério Público Federal (MPF) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) com a lista dos demais governadores suspeitos de envolvimento com a corrupção da estatal investigados pela Operação Lava Jato. Em setembro de 2015 a Polícia Federal pediu o arquivamento do inquérito.[11] O governador disse que teve "a vida virada do avesso" na investigação da PF na operação.[12] No mês seguinte, a Procuradoria-Geral da República pediu continuidade do inquérito contra Pezão e Cabral.[13] Em dezembro de 2015, o doleiro Alberto Youssef reafirmou que a campanha à reeleição de Cabral, que tinha Pezão como vice na chapa, recebeu 30 milhões de reais desviados de obras da estatal.[14] Pezão nega ter recebido repasses de Paulo Roberto Costa.[13]
Cassação |
Em 8 de fevereiro de 2017, por 3 votos a 2 o Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro cassou o mandato de Pezão e do seu vice Francisco Dornelles por abuso de poder econômico e político, o que causaria a inelegibilidade de ambos por oito anos.[1] O desembargador eleitoral Marco Couto, um dos membros da Corte, disse em seu voto que restou comprovado que contratos administrativos milionários foram celebrados em troca de doação de campanha.[15] Além disto, a Procuradoria Regional Eleitoral no Rio de Janeiro afirmou que foram omitidos gastos da ordem de 10 milhões de reais na última campanha de governador, em 2014.[16] Os efeitos da decisão de cassação ficaram suspensos até o julgamento de eventual recurso no Tribunal Superior Eleitoral.[1][16][17] Em 28 de agosto de 2018 o TSE acolheu o recurso da chapa e anulou a decisão do TRE-RJ por entender que não foi respeitado a regra do Código Eleitoral que dispõe que todos os membros do órgão julgador deveriam participar da sessão, devendo a corte eleitoral fluminense refazer o julgamento em sua integralidade, com a presença dos 7 membros.[18][19]
Prisão |
Pezão foi preso pela Polícia Federal na manhã de 29 de novembro de 2018. Alvo da Operação Lava Jato.[20] Mas não teve seu mandato cassado, mantendo o título de governador do Rio de Janeiro, enquanto seu vice, Francisco Dornelles, lidera o executivo estadual como "governador em exercício", tal qual nas demais vezes que Pezão ficara afastado para tratamento de saúde.
Vida pessoal |
É casado com a advogada Maria Lucia Cautiero Horta Jardim, que, durante o mandato do marido como governador, foi primeira-dama do Rio de Janeiro e a presidente de honra do RioSolidário.[21]
Origem do apelido |
Luiz Fernando de Souza é mais conhecido como Pezão, pelo fato de calçar sapatos de número 47. O apelido, que ganhou na infância, foi incorporado ao seu nome político. Posteriormente, recordou: "Tinha dificuldade quando era moleque. Eu achava o melhor sapato maior e botava no pé. Era uma tragédia. Eu estourava os meus sapatos. Nem sabia quanto calçava."[22]
Problemas de saúde |
Pezão foi diagnosticado com linfoma não-hodgkin em 24 de março de 2016, um tipo de câncer raro que atinge o tecido ósseo.[23]
Após ciclos de quimioterapia, exames mostraram que Pezão estava curado do linfoma e o político pôde assim retomar seus trabalhos, mas ainda precisará ser acompanhado por cerca de 5 anos como toda pessoa que já teve câncer a fim de que se verifique se a doença não retornará.[24][25]
Notas
↑ Licenciado entre 28 de março e 31 de outubro de 2016, por motivos de saúde. Foi preso preventivamente em 29 de novembro de 2018, no âmbito da operação Lava Jato, razão pela qual o vice-governador assumiu o governo interinamente.[1]
Referências
↑ abc «TRE-RJ cassa mandato da chapa do governador do RJ, Luiz Fernando Pezão». G1. 8 de fevereiro de 2017. Consultado em 30 de outubro de 2018
↑ Dia, O (29 de novembro de 2018). «Governador Luiz Fernando Pezão é preso em operação da Polícia Federal». O Dia - Rio de Janeiro
↑ «Polícia Federal prende o governador Luiz Fernando Pezão em mais uma etapa da Lava Jato». G1
↑ «Lava-Jato manda prender Pezão em nova operação contra corrupção no governo do Rio». Extra Online
↑ «LUIZ FERNANDO PEZÃO». Folha de S.Paulo. Uol. Consultado em 8 de fevereiro de 2017
↑ «Luiz Fernando Pezão 15». Eleições 2014
↑ «Luiz Fernando Pezão, ex-prefeito de Piraí, assume governo do RJ». G1. Globo.com. Consultado em 8 de fevereiro de 2017
↑ Sérgio Torres (26 de dezembro de 2005). Folha de S. Paulo, ed. «"Corrente" de apoio a Garotinho reúne 52 mil». Consultado em 14 de setembro de 2014
↑ Sérgio Torres (3 de maio de 2006). Folha de S. Paulo, ed. «Tribunal investiga elo Rosinha-evangélicos». Consultado em 14 de setembro de 2014
↑ «GOVERNADOR NO RJ». G1. 26 de outubro de 2014. Consultado em 24 de março de 2016
↑ «PF pede para STJ arquivar inquérito de Pezão e Cabral na Lava Jato». G1. 10 de setembro de 2015. Consultado em 21 de novembro de 2015
↑ «'PF virou minha vida do avesso', diz Pezão sobre delação de Yousseff». G1. 11 de dezembro de 2015. Consultado em 19 de dezembro de 2015
↑ ab «Lava Jato: PGR pede continuidade de inquérito sobre Pezão e Sérgio Cabral». Agência Brasil. EBC. 29 de janeiro de 2015. Consultado em 8 de fevereiro de 2017
↑ Leticia Cassado (10 de dezembro de 2015). «Youssef reafirma na Lava-Jato repasses para Sergio Cabral e Pezão». Valor Econômico. Consultado em 8 de fevereiro de 2017
↑ «TRE sobre Pezão: abuso de poder econômico e político». O Antagonista. 8 de fevereiro de 2017. Consultado em 8 de fevereiro de 2017
↑ ab «Chapa de Pezão e Dornelles é cassada». VEJA. Abril. Consultado em 8 de fevereiro de 2017
↑ «TRE-RJ cassa mandato de Pezão e determina novas eleições; cabe recurso». Uol. 8 de fevereiro de 2017. Consultado em 8 de fevereiro de 2017
↑ «TSE anula julgamento que determinou cassação de mandatos de Pezão e Dornelles». G1. Consultado em 30 de outubro de 2018
↑ «Plenário anula julgamento que cassou diplomas do governador Pezão e de seu vice Dornelles». TSE. Consultado em 31 de outubro de 2018
↑ «Policia Federal prende governador Luiz Fernando Pezão». G1. 29 de novembro de 2018. Consultado em 29 de novembro de 2018 zero width space character character in|título=
at position 54 (ajuda)
↑ Murilo Dieguez (7 de abril de 2014). «Maria Lucia Cautiero Horta Jardim. " Primeira-dama do Rio"». Folha da Manhã. Consultado em 24 de março de 2016
↑ «Pezão: 'Vou fazer o que for melhor para o Sérgio. Depois, para o PMDB'». O Dia. SINFRERJ. 22 de janeiro de 2012. Consultado em 1 de dezembro de 2018
↑ Marco Antônio Martins (24 de março de 2016). «Governador Pezão é diagnosticado com câncer linfático». Folha de S.Paulo. Consultado em 24 de março de 2016
↑ Giselle Ouchana (29 de julho de 2016). «Pezão está curado do câncer, afirma médico». Extra. Consultado em 29 de julho de 2016
↑ Alfredo Mergulhão (29 de julho de 2016). «Exames mostram que governador do Rio está curado do câncer». Folha de S.Paulo. Consultado em 29 de julho de 2016
Ligações externas |
- Perfil do Governador do Rio de Janeiro
- [1]
- Página oficial do governador Luiz Fernando Pezão no Facebook
- Perfil oficial do governador Luiz Fernando Pezão no Instagram
- Perfil oficial do governador Luiz Fernando Pezão no Twitter
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