Coluna Prestes

























































A Coluna Prestes[1][2][3][4] foi um movimento político-militar brasileiro existente entre 1925 e 1927 e ligado ao tenentismo de insatisfação com a República Velha, exigência do voto secreto, defesa do ensino público e a obrigatoriedade do Ensino secundário para toda a população.


Os integrantes foram designados popularmente pela alcunha de "os revoltosos".[5][6][7] Na maioria dos locais onde passaram eram recebidos com temor, às vezes desespero.[5] Muitos fugiam de suas casas para as matas.[5]




Índice






  • 1 Motivos e consequências


  • 2 Polêmicas


  • 3 Ver também


  • 4 Referências


  • 5 Ligações externas





Motivos e consequências |




Comando da Coluna. Luís Carlos Prestes é o terceiro sentado, da esquerda para a direita


O movimento contou com lideranças das mais diversas correntes políticas, mas sua maior parte era composta por capitães e tenentes da classe média, originando-se daí o ideal do "Soldado Cidadão". Deslocou-se pelo interior do país pregando reformas políticas e sociais e combatendo o governo do então presidente Artur Bernardes e, posteriormente, de Washington Luís.[8]


Em sua marcha pelo Brasil, os integrantes da Coluna Prestes denunciavam a pobreza da população e a exploração das camadas mais pobres pelos líderes políticos. Sob o comando principal de Luís Carlos Prestes (chefe de estado-maior), a Coluna Prestes enfrentou as tropas regulares do Exército ao lado de forças policiais de vários estados, além de tropas de jagunços, estimulados por promessas oficiais de anistia.


Partindo do município de Santo Ângelo, que hoje abriga o Memorial da Coluna Prestes, o movimento percorreu vinte e cinco mil quilômetros pelo interior do Brasil durante dois anos e meio.[2] Apesar dos esforços, a Coluna Prestes não conseguiu a adesão da população. A longa marcha foi concluída em fevereiro de 1927, na Bolívia, perto de nossa fronteira, sem cumprir seu objetivo: disseminar a revolução no Brasil.[2][3]


A Coluna Miguel Costa-Prestes poucas vezes enfrentou grandes efetivos do governo. Em geral, eram utilizadas táticas de despistamento para confundir as tropas legalistas.[3]


O movimento liderado por Carlos Prestes contribui para disseminar os problemas do poder concentrador oligárquico da República Velha, culminando na Revolução de 1930.[3] Projeta a figura de Luís Carlos Prestes, que posteriormente entra no Partido Comunista Brasileiro (PCB). Prestes foi chamado por esta marcha de cavaleiro da esperança na luta contra os poderes dominadores da burocracia e dos setores elitistas.[2]



Polêmicas |


Em 1998, o Centro de Pesquisa e Documentação (CPDOC) da Fundação Getúlio Vargas, abriu um conjunto de 70 mil cartas, manuscritos e fotos de Juarez Távora. Participante da Revolta Paulista de 1924, a segunda revolta tenentista, Távora formava com Prestes e Miguel Costa a cúpula da Coluna. Entre a papelada de seu arquivo, havia cartas escritas e recebidas por esses líderes. As mensagens revelam que o grupo não era recebido com festas por onde passava. Saques, estupros, assassinatos e outras atrocidades deixavam a população aterrorizada. Tais delitos eram fortemente punidos pelas lideranças do movimento, mas mesmo assim, ao saber da chegada dos revoltosos, a população costumava fugir por medo das atrocidades espalhadas pela coluna.[9][10][11]


No livro Coluna Prestes – O Avesso da Lenda (Artes e Ofícios)[12] a escritora Eliane Brum relata depoimentos de sobreviventes à passagem da Coluna Prestes. A autora refaz, 70 anos depois, os 25 mil quilômetros da Coluna Prestes.



Ver também |



  • Memorial Coluna Prestes

  • Memorial Luiz Carlos Prestes

  • Padre Aristides e a Coluna Prestes

  • Revolução Paulista de 1924

  • Revolta dos 18 do Forte de Copacabana



Referências




  1. «A Coluna Prestes: uma abordagem necessária - Rafael Policeno de Souza - Revista Historiador Número 03, Ano 03, Dezembro de 2010» (PDF). Consultado em 30 de maio de 2015 


  2. abcd «Coluna Prestes - Mundo Educação». Consultado em 30 de maio de 2015 


  3. abcd «Coluna Prestes – Veja as causas e história desta revolta». Consultado em 30 de maio de 2015 


  4. «Coluna Prestes - CPDOC - FGV». Consultado em 30 de maio de 2015 


  5. abc Coluna Prestes: o avesso da lenda. [S.l.]: Artes e Ofícios. 1994. ISBN 9788585418380 


  6. «O que foi a Coluna Prestes?». Mundo Estranho. Mundo Estranho. 18 de abril de 2011 


  7. «Os Revoltosos de 1926». Recanto das Letras 


  8. Gazeta do Povo (14 de fevereiro de 2014). «Um Oeste entre trincheiras e balas». Gazeta do Povo. Consultado em 10 de setembro de 2016 


  9. NARLOCH, Leandro. Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil . Editora Leya, 2009


  10. Guia politicamente incorreto da história do Brasil Google Books - acessado em 3 de abril de 2016


  11. O que foi a Coluna Prestes? Revistra Mundo Estranho - Ed. Abril - acessado em 3 de abril de 2016


  12. Coluna Prestes: o avesso da lenda; Brum, Eliane; Editora Artes e Ofícios, 1994 - ISBN 8585418389



Ligações externas |




  • PRESTES, Anita Leocádia. A Coluna Prestes- Uma Epopeia Brasileira

  • BOULOS, Alfredo. História Sociedade e Cidadania 9° ano. Editoria FTD - ISBN 9788532282828



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