Francisco Beltrão





Disambig grey.svg Nota: Para pelo clube de futebol, veja Francisco Beltrão Futebol Clube.





















































































Município de Francisco Beltrão

"Beltrão"

Francisco Beltrão - Paraná

Francisco Beltrão - Paraná











Bandeira de Francisco Beltrão


Brasão indisponível


Bandeira

Brasão indisponível


Hino
Fundação

14 de dezembro de 1952 (66 anos)[1]

Gentílico

beltronense

Prefeito(a)
Cleber Fontana (PSDB)
(2017 – 2020)
Localização

Localização de Francisco Beltrão

Localização de Francisco Beltrão no Paraná


Francisco Beltrão está localizado em: Brasil


Francisco Beltrão


Localização de Francisco Beltrão no Brasil

26° 04' 51" S 53° 03' 18" O26° 04' 51" S 53° 03' 18" O

Unidade federativa

Paraná

Mesorregião

Sudoeste Paranaense IBGE/2008[2]

Microrregião

Francisco Beltrão IBGE/2008[2]
Municípios limítrofes

Ampére, Bom Sucesso do Sul, Enéas Marques, Itapejara d'Oeste, Manfrinópolis, Marmeleiro, Nova Esperança do Sudoeste, Renascença e Verê
Distância até a capital
508 km
Características geográficas

Área
735,266 km² [3]

População
89 942 hab. estimativa IBGE/2018[4]

Densidade
122,33 hab./km²

Altitude
600 m

Clima

Subtropical Cfa

Fuso horário

UTC−3
Indicadores

IDH-M
0,774 elevado PNUD/2010[5]

PIB

R$ Aumento2 621 480 mil (BR: 343º PR: 22º) – IBGE/2015[6]

PIB per capita

R$ 30 306,48 IBGE/2015[6]
Página oficial

Prefeitura

Sítio oficial

Francisco Beltrão é um município brasileiro localizado no sudoeste do estado do Paraná. Sua população, conforme estimativas do IBGE de 2018, era de 89 942[4] habitantes.




Índice






  • 1 Visão geral


  • 2 História


  • 3 Economia


  • 4 Geografia


    • 4.1 Localização


    • 4.2 Geologia


    • 4.3 Relevo


    • 4.4 Clima


    • 4.5 Vegetação


    • 4.6 Pluviometria


    • 4.7 Hidrografia


    • 4.8 Abastecimento de água




  • 5 Demografia


    • 5.1 Indicadores principais


    • 5.2 Crescimento populacional


    • 5.3 Composição étnica




  • 6 Educação


    • 6.1 Ensino Superior




  • 7 Turismo


  • 8 Infraestrutura


    • 8.1 Segurança Pública


      • 8.1.1 Polícia Militar


      • 8.1.2 Polícia Civil




    • 8.2 Energia


    • 8.3 Transporte


      • 8.3.1 Veículos particulares


      • 8.3.2 Rodovias


      • 8.3.3 Ferrovias


      • 8.3.4 Transporte aéreo






  • 9 Cultura


    • 9.1 Museus


    • 9.2 Esporte




  • 10 Referências


  • 11 Ligações externas





Visão geral |


Está localizado no centro da Mesorregião do Sudoeste do Paraná, que conta com aproximadamente 600 mil habitantes, pouco menos que 5% da população total do estado.


Nos últimos anos o município recebeu investimentos importantes que tem impulsionado seu desenvolvimento, tanto demográfico quanto econômico: um estabelecimento hospitalar, o Hospital Regional Walter Alberto Pecoits de grande porte, com 120 leitos e outro especializado em Oncologia de médio porte; a instalação de uma Casa de Detenção Estadual, a instalação da Universidade Paranaense, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), bem como da União de Ensino do Sudoeste do Paraná (UNISEP) e da Faculdade de Direito de Francisco Beltrão, mantida pelo Centro Sulamericano de Ensino Superior (CESUL).



História |


A princípio a região onde hoje encontra-se a cidade era mata virgem, cerrada e formada principalmente por Pinheiros-do-paraná (Araucaria angustifolia). Os primeiros registros de habitantes datam de 1922, todavia somente nos anos 1940 intensificou-se o processo de povoamento efetivo. Os primeiros habitantes foram gaúchos e catarinenses, principalmente descendentes de imigrantes alemães e italianos, fato que reflete até hoje na cultura da cidade.


Em 1943, foi instalada na margem norte do Rio Marrecas a CANGO (Colônia Agrícola Nacional General Osório), com a função de organizar a distribuição de terras entre os colonos recém-chegados.


A CANGO situava-se onde hoje encontra-se o exército, no lado oposto do rio a onde situa-se hoje a parte central da cidade. À época a ligação entre as duas partes era feita por uma ponte de madeira coberta por tabuinhas, onde hoje existe uma ponte de concreto que liga as avenidas Júlio Assis Cavalheiro (em homenagem ao pioneiro que loteou a parte central da cidade), e a avenida Cristo Rei.


A CANGO era a principal instituição de Francisco Beltrão. Quase toda a renda do povoado, chamado à época de Vila Marrecas, provinha dela. Sua ação fomentadora foi tanta que logo a vila atingiu um desenvolvimento razoável a ponto de tornar-se cidade.


Em 1948 foi instalado na cidade, junto a sede da CANGO, o exército. Devido a proximidade da cidade com a fronteira Argentina, a necessidade de garantir o território motivou a instalação dessa instituição. Algo similar ao que ocorre hoje com as bases brasileiras próximo as fronteiras da amazônia.


Logo uma estrada foi aberta ligando a vila a outra localidade, a Vila Ampére, essa estrada era denominada Estrada do Picadão.


O rápido progresso demandou a instalação de um município, fato consolidado em 14 de novembro de 1951, quando desmembrou-se de Clevelândia a área que hoje pertence a Beltrão. O nome da cidade foi escolhido em homenagem ao engenheiro Francisco Beltrão, uma das primeiras pessoas a passar pela cidade. A instalação oficial deu-se em 14 de dezembro de 1952, sendo esta data atualmente feriado comemorativo da criação da cidade.


A distribuição das terras criou logo um conflito entre os colonos que moravam nas terras mas não possuíam escritura e Companhias de Terras que alegavam ser as proprietárias legais. Esse conflito eclodiu no dia 10 de outubro de 1957 e ficou conhecido como A revolta dos posseiros. Neste dia centenas de colonos tomaram a sede da CITLA, e expulsaram a companhia da cidade. Foi um marco na história do município este movimento.



Economia |





























Composição do PIB municipal (2015)[6]
Setor
Participação (%)
Primário 5,8
Secundário 20,2
Terciário 51,1
Administração Pública 12,6
Impostos 10,3


A economia beltronense é a segunda maior na mesorregião, com um PIB de R$ 2.621.480.000,00, o que perfaz um PIB per capita de R$ 30.306,48.[6] Por ser o maior município da região, a cidade acaba concentrando a maior parte dos serviços e do comércio da região. As atividades econômicas que mais geram empregos são a indústria de produtos alimentícios, a indústria têxtil, o comércio varejista e a administração pública. Entre os anos de 2000 e 2007 o PIB do município apresenta uma expansão real de 43,62%, ou uma expansão geométrica anual de 5,30%, acima da média do estado e do país, no mesmo período. Como um dos resultados diretos do bom momento econômico, o emprego formal cresce velozmente. Entre Janeiro de 2000 e Novembro de 2006, de acordo com dados do MTE/CAGED, foram gerados 7657 novos empregos formais, um incremento muito significativo para uma População Economicamente Ativa estimada em 42 mil habitantes.


Setor primário

A extensa área territorial e o latossolo roxo de excelente qualidade contribuem para que a agricultura e a pecuária tenham expressiva importância na formação do PIB municipal. Todavia o relevo é algo acidentado em boa parte do território, impedindo um melhor aproveitamento do potencial agrícola. Na agricultura as duas principais culturas são a soja e o milho. No ano de 2004 a cultura da soja, mesmo criticamente prejudicada pela severa estiagem, gerou R$ 18,8 milhões em dividendos para o município, em uma área plantada de 12 mil hectares (algo como um sexto da área total do município). No mesmo ano o milho, que é cultivado na mesma época da Soja, também sofreu com a estiagem, e acabou gerando apenas R$ 23,1 milhões para a economia municipal. em uma área de 20 500 hectares plantados (um quarto da área municipal). A produção que em anos regulares costuma gerar em torno de 9 000 kg/ha (360 sacas/alqueire), neste ano de 2004 acabou sendo apenas, em média, 4 512 kg/ha (180 sacas/alqueire). O impacto foi profundo na economia municipal, e o pib cresceu apenas 3,1% em relação ao ano anterior (2003-2004), uma queda de 8 p.p. em relação ao crescimento verificado entre 2002-2003. Ainda sim a variação das culturas produzidas no município foi suficiente para colocar Francisco Beltrão na 99° posição nacional no quesito PIB agropecuário, representando 0,12% da produção nacional.


No município também são cultivados comercialmente aveia, batata-doce, cana-de-açúcar, feijão, fumo, mandioca, trigo e uva. Nos anos de 2004 e 2005 secas castigaram severamente a região quebrando a produção de algumas culturas, notadamente soja e milho. Esta ocorrência climática deve contribuir ainda mais para a retração da população rural, que já vinha caindo a taxas de 2,66% ao ano, pois com as secas as condições financeiras de boa parte dos pequenos produtores rurais agravaram-se. Sem dinheiro e atolados em dívidas, os produtores organizaram protestos no ano de 2006 tentando sensibilizar o governo federal sobre a sua situação. A safra de verão 2006/2007 tem boas chuvas e promete uma recuperação econômica forte ao município.


Na pecuária as principais atividades são a bovinocultura, a suinocultura, a avicultura, a produção de leite, de mel e de ovos de galinha e codorna. A avicultura ocupa lugar de destaque na composição do PIB do setor primário, devido a existência de uma unidade industrial da Sadia, que absorve uma expressiva parcela da População Economicamente Ativa municipal (cerca de 8%) e ainda mantém cerca de 800 aviários em toda a região, sendo de grande importância para o município.


Na indústria extrativista a produção mineral se concentra basicamente em dois tipos de produtos, argila e pedra-brita (basalto).





Visão Geral da área central de Francisco Beltrão



Setor secundário

No setor secundário destacam-se o pólo de confecções de vestuário, com mais de 100 empresas do ramo na mesorregião, o setor moveleiro concentrando um pequeno pólo do ramo, o setor de metal-leve (produtos de alumínio e outras chapas leves), além do setor da agroindústria que consta com grandes empresas como a Sadia e a Perdigão. A atual administração municipal tem dado ênfase na criação de pequenas indústrias, através da delimitação de distritos industriais nas áreas mais pobres da cidade. Existem atualmente 4 distritos industriais delimitados (Romano Zanchet, Ulderico Sabbadin, CONAB, e São Miguel), além disso mais um distrito está sendo implantado no Bairro Pinheirinho.


Setor terciário

O setor terciário tem grande importância não só a nível municipal, mas também a nível regional, sendo que na cidade de Francisco Beltrão está instalado boa parte da área de segurança publica da região (com o I.M.L responsável por 27 municípios da região de Francisco Beltrão, juntamente com uma Seção Técnica da Polícia Científica que abrange um total de 42 municípios da região sudoeste do Paraná, com o Centro de Detenção e Ressocialização CDR), com a concentração regional de serviços médico-hospitalares (Policlínica São Vicente de Paula, Hospital Regional, Hospital São Francisco, Centro de Oncologia, diversas clínicas e laboratórios), serviços automotivos (peças e concessionárias), além de um comércio varejista diversificado e diversos órgãos governamentais.



Geografia |



Localização |


Francisco Beltrão está localizado bem ao centro do Sudoeste do Paraná, na latitude 26°04'20"S e longitude 53°03'20"W. Fica situado a cerca de 130 km ao Sul de Cascavel, a 290 km de Foz do Iguaçu, a quase 492 km da Capital do Estado]], Curitiba, 70 km a leste da divisa com a Argentina, e cerca de 30 km ao norte da divisa com o estado de Santa Catarina.


A área do município é de 735 km² sendo que a área urbanizada é de aproximadamente 30 km², ficando o núcleo urbano, situado na parte sudeste do município, próximo a divisa com o município de Marmeleiro, cuja área urbana encontra-se distante cerca de 5 km da cidade de Francisco Beltrão. Por tal motivo a integração entre os dois municípios é grande.



Geologia |


O município encontra-se sobre um derrame basáltico antigo, no Terceiro Planalto do Paraná, ou Planalto de Guarapuava. A composição do solo é basicamente Latossolo Distrófico Roxo de textura argilosa.



Relevo |




Relevo de Francisco Beltrão conforme Plano Diretor 2006.


O relevo do município é bastante variável, indo de áreas praticamente planas, principalmente ao leste e ao centro, até áreas com acentuados declives, principalmente ao oeste, próximo a divisa com o município de Manfrinópolis, na chamada Serra do Jacutinga. A altitude varia entre 450 m nas partes planas ao nordeste, até 950 m nas partes altas da serra. Na área urbana a altitude predominante gira ao redor de 560 m, sendo nas partes mais baixas de 530 m e nas partes mais altas, até 670 m.



Clima |


O clima predominante de Francisco Beltrão na Classificação de Köppen é Cfa (temperado, com invernos amenos cuja temperatura é superior a -3 °C e inferior a 18 °C e verões quentes com temperatura superior a 22 °C). Entretanto no extremo oeste do município, nas áreas acima de 850 m de altitude ocorre a classificação climática Cfb. Em termos quantitativos, podem ocorrer em dias de condições atmosféricas semelhantes, gradientes de até 5 °C entre as baixadas no nordeste do município (450 m de altitude) e as terras altas da Serra no oeste (até 950 m). Os dados climatológicos exibidos nesta página são da estação do IAPAR, que fica a 650 m de altitude, em uma região a cerca de 2 km do centro da cidade, junto a estação de tratamento de água da Sanepar.


Graças à distância de cerca de 400 km do oceano, a amplitude térmica anual é de 9 °C, sendo uma das maiores do estado. Com isso os invernos tendem a ser mais frios e os verões mais quentes que regiões com latitude e altitude semelhantes, porém localizadas em lugares mais próximos ao mar.


A parte urbana da cidade sofre pouca ação dos ventos, pois está localizada em uma espécie de "bacia", sendo totalmente cercada por morros com altitudes de cerca de 100 m superiores ao da área central. Deste modo o vento costuma ser de fraca intensidade, e ventos fortes só são registrados durante tempestades.






































































































































































Dados climatológicos para Francisco Beltrão (1974-2015)
Mês

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez
Ano
Temperatura máxima recorde (°C)
36,4
37,6
37,4
33,8
31,9
31,0
30,0
34,0
35,7
36,4
38,3
38,2
38,3
Temperatura máxima média (°C)
30,2
29,9
29,2
26,1
22,3
20,8
21,1
23,4
24,4
26,8
28,4
29,7
26,0
Temperatura média (°C)
23,6
23,2
22,2
19,2
15,6
14,2
14,2
16,0
17,5
20,1
21,7
23,1
19,2
Temperatura mínima média (°C)
18,4
18,3
17,0
14,1
10,7
9,4
9,0
10,3
11,9
14,6
15,9
17,7
13,9
Temperatura mínima recorde (°C)
8,0
8,7
3,4
1,0
-0,2
-4,2
-5,0
-2,4
-0,4
3,3
4,8
8,6
-5,0

Precipitação (mm)
189
170
130
169
186
170
140
110
167
253
180
175
2 046
Dias com precipitação
14
13
11
10
9
10
10
8
11
12
11
12
131

Umidade relativa (%)
74
76
76
78
80
81
77
71
70
71
69
72
74 7

Horas de sol
220
193
215
189
172
146
172
197
181
201
224
226
2 331

Fonte: IAPAR[7] 24 de Março de 2016.

Verão

O verão é muito quente e chuvoso, muitas vezes a temperatura passa dos 30 °C, raramente passando de 35 °C. Todavia já foram registados até 38,3 °C em Novembro de 1985, recorde máximo para a cidade desde 1974.[7] No verão são comuns as chuvas de fim de tarde, quando a umidade associada ao calor gera nuvens pesadas com chuvas de curta duração. Nos dois últimos verões (2004-2005 e 2005-2006) têm sido de chuvas irregulares, causando grandes perdas a agricultura, principalmente as culturas de milho e soja.


Inverno

O inverno apresenta-se como uma estação um pouco mais seca que o verão, chovendo apenas com a passagem de frentes frias. Junto com a chuva vem geralmente o frio, que pode chegar a até -5 °C, conforme registrado em Julho de 1975, ano inclusive em que foi registrada a última queda de neve na cidade (no dia 20 de Julho).[7] De modo geral pode-se dizer que nesta época os dias são amenos, sendo relativamente frio no início da manhã e depois que o sol se põe.



Vegetação |


A cobertura vegetal original do município é considerada como Floresta Ombrófila Mista. As árvores nativas mais comuns são o Pinheiro-do-paraná, Angico, Cedro, Ipê-roxo, Ipê-amarelo, Canafístula, Cerejeira entre outras. Atualmente a cobertura vegetal está bastante diminuída em relação há 20 anos atrás, porém ainda existem muitas áreas cobertas por mata nativa, principalmente nas partes de relevo mais acidentado. Durante os últimos 20 anos extensas áreas cobertas por Eucaliptos e Pinus vêm sido plantadas, sendo que estas duas espécies representam hoje duas das principais espécies vegetais encontradas no município, sendo muito utilizadas como lenha e para produção de papel. Já na área urbana a cobertura vegetal é razoavelmente boa, sendo as espécies mais disseminadas o Ligustro, a Ana-Cauíta, os Ipês e a Canela. Durante o inverno parte da vegetação perde as folhas, mas muitas espécies ainda conservam a folhagem verde, característica do clima subtropical, moderadamente temperado.



Pluviometria |


As chuvas são bem distribuídas ao longo do ano com maior incidência na Primavera e Outono e a menor durante o inverno (em volume). Já considerando-se os dias chuvosos, observa-se uma média de 11 a 14 dias chuvosos por mês entre os meses de Setembro até Março e de 8 a 10 dias entre Abril até Agosto.[7] A precipitação anual é superior a 2 mil milímetros, mas costuma variar bastante, principalmente devido a eventos como o El Niño. Em alguns anos foram registradas grandes enchentes devido às Chuvas excessivas causadas por este fenômeno, como em 1983 e 1997. A maior precipitação já registrada foi de 183,6 mm em 24 horas no mês de Junho de 1991.[7] Apesar da boa regularidade pluviométrica, secas e períodos de pouca precipitação são registradas periodicamente, sendo que no triênio 2003-2005 os meses de verão foram especialmente secos, causando elevadas perdas em produtividade na agricultura. Na região um período superior a 30 dias sem chuvas já podem ser considerado como seca, períodos superiores a 60 dias sem precipitação são considerados como seca severa.



Hidrografia |


O município é servido por duas bacias hidrográficas distintas. A maior, em área, e mais importante é a do Rio Marrecas, que serve como fonte primária de captação de água para a parte urbana. Este Rio corre de Oeste para leste, corta a cidade ao meio, onde sua largura é aproximadamente 20 metros com profundidade inferior a um metro, e que deságua no Rio Chopim, que por sua vez deságua no Rio Iguaçu. Já na parte Oeste do município, a bacia hidrográfica é a do Rio Jaracatiá, que deságua diretamente no Rio Iguaçu, próximo ao município de Nova Prata do Iguaçu.



Abastecimento de água |


A captação de água é realizada pela Sanepar, no Rio Marrecas, pouco antes deste entrar na área urbana da cidade. O tratamento é realizado no Morro da Sanepar, que fica a 640 m de altitude, cerca de 70 metros acima da maior parte da área urbana, facilitando assim a distribuição.



Demografia |



Indicadores principais |


Conforme o último censo demográfico, o município cantava com 78 943 habitantes.


Francisco Beltrão possuía no ano 2000 um IDH de 0,683, sendo o 17° melhor dentro do estado do Paraná. Em 2010 o IDH havia evoluído para 0,774 e o município passou a ocupar a 7ª posição dentro do estado. Segundo os mesmos dados do IBGE, compilados pelo PNUD, a expectativa de vida em 2010 era de 75,7 anos e o Índice de alfabetização em adultos acima de 18 anos era de 93,96%.



Crescimento populacional |













































População (1960-2014)
Ano
Habitantes
1960 55.253
1970 36.730
1980 48.762
1990 61.781
1996 65.730
2000 67.118
2007 72.409
2010 78.957
2014 85.486


Segundo o IBGE, a taxa de crescimento demográfico é de 1,1% ao ano (2000-2007), próxima a média estadual. O município atravessou a sua fase de maior crescimento nas décadas de 1960 e 1970, quando grandes contingentes de imigrantes gaúchos e catarinenses chegaram a região, se fixando muitos no próprio município de Francisco Beltrão como também em outros da região, período que muitos pequenos municípios foram então emancipados. Na década seguinte o fluxo se inverteu e um grande número de habitantes deixou a cidade em direção ao Centro-Oeste e Norte do país, a taxa de crescimento desacelerou, contudo continuou positiva. Nas duas décadas seguintes (1990) a população voltou a crescer, a taxas pequenas. Desde 2000 o crescimento populacional acelerou-se e atualmente está na casa de 1,3% a.a.. Ao longo do último meio século a cidade transformou-se de predominantemente rural para predominantemente urbana. Atualmente a taxa de urbanização é superior a 80%.



Composição étnica |


Segundo dados do Censo de 2000, dos 67 118 habitantes recenseados a época, 81,7% eram brancos, 15,9% eram pardos, 1,9% eram negros, 0,2% eram amarelos, 0,1% eram indígenas e 0,2% não declararam sua raça. Os dados refletem o grande número de descendentes de europeus imigrantes, que primeiro haviam se fixado no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina e que depois migraram novamente para a região.



Educação |


Segundo dados do PNUD do ano 2000, a taxa de analfabetismo em pessoas com mais de 25 anos de Francisco Beltrão neste mesmo ano era 9,4% uma redução de 43,5% em relação a 1991, quando a taxa era de 16,7%. A média de anos de estudo em pessoas acima de 25 anos subiu de 4,6 para 6,0 anos. O IDH-Educação da cidade nesta pesquisa é de 0,918, uma melhoria de 13,6% em relação a 1991, quando o índice era 0,809. O quesito educação é inclusive, entre os três que compõem o IDH, o que mais contribuiu para o incremento do IDH-Municipal de Francisco Beltrão entre os anos de 1991 e 2000. Abaixo segue uma tabela sobre a composição educacional da população do município.






























































































Evolução do Nível Educacional da População (1991-2000)
Faixa Etária (anos)
Instrução Escolar (%)
Analfabeto
Inferior a 4 anos
Inferior a 8 anos
Superior a 12 anos
Estudando
1991
2000
1991
2000
1991
2000
1991
2000
1991
2000
7 a 14 6,9 3,3 - - - - - - 90,5 97,7
10 a 14 1,9 0,7 49,4 20,9 - - - - 87,8 97,4
15 a 17 3,0 0,8 15,2 4,7 71,0 33,8 - - 56,3 83,6
18 a 24 2,9 1,8 12,4 6,3 60,2 26,6 4,2 8,1 4,1¹ 10,5¹
acima de 25 16,7 9,4 38,3 27,0 78,5 63,5 6,0 8,0 1,1¹ 1,4¹

1 - Foram considerados somente estudantes do nível superior.


No teste nacional conhecido como Prova Brasil, realizado em 2006, Francisco Beltrão conquistou um dos melhores resultados estaduais no nível de quarta série primária. Ao nível de oitava série o resultado também foi superior a média estadual.



Ensino Superior |




























































































































Matrículas no Ensino Superior (2000-2012)
Ano
Estadual
Federal
Privada
Total
2000 1.228 0 0 1.228
2001 1.230 0 486 1.716
2002 1.132 0 1.092 2.224
2003 1.186 0 1.516 2.702
2004 1.327 0 1.804 3.131
2005 1.440 0 2.226 3.666
2006 1.411 0 2.216 3.627
2007 1.283 0 2.288 3.571
2008 1.242 46 2.419 3.707
2009 1.113 221 2.252 3.606
2010 1.006 293 2.509 3.808
2011 994 410 2.878 4.282
2012 944 385 3.374 4.703
2013 959 479 3.843 5.281
2014 1.085 539 4.596 6.220
2015 1.145 657 5.052 6.854




Campus da UNIOESTE em Francisco Beltrão.


Francisco Beltrão conta com cinco Instituições de Ensino Superior, UNIOESTE, UTFPR, UNIPAR, UNISEP, Cesul, Uninter, Facinter e Unopar. Ao fim de 2012 o setor privado era o responsável pela maior parte das matrículas ativas no município, com 3.374 matrículas. O setor teve forte crescimento na última década, saindo de nenhum aluno no começo de 2001, para o número atual.
Por outro lado o setor público vem perdendo participação já há longo tempo. Ao fim de 2013, a Unioeste possuía 944 matrículas, quase 500 matrículas abaixo do seu pico de 1.440 alunos em 2005. A federal UTFPR, que foi estabelecida em 2007, possuía ao fim de 2012, 385 matrículas ativas, não obstante seja uma universidade ainda com vários cursos com turmas nos anos iniciais.


No começo de 2010 o município fez forte lobby político junto ao governo estadual para angariar o curso de Medicina para o campus local da UNIOESTE. O curso foi instalado e a primeira turma iniciou as aulas em 2013. Francisco Beltrão tornou-se assim, a sexta cidade do Paraná a contar com a graduação.


Renda

A renda per capita média no ano de 2011, em valores correntes do mesmo ano, era de R$ 1471,41, contra R$ 307,97 do ano de 2000, portanto 478% maior. A pobreza, considerada pela pesquisa como porcentagem de pessoas que vivem com rendimento inferior a meio salario mínimo, caiu 42% entre estes dois períodos, diminuindo de 37% para 8% da população. Apesar da melhoria nos rendimentos médios da população, o índice Gini permaneceu estabilizado em 0,580. O índice da razão entre a renda média dos 10% mais ricos da população e a renda média dos 40% mais pobres era, em 2000, 19,76, uma melhoria insignificante diante do índice de 19,77 do ano de 1991. Francisco Beltrão é o 243° município (de 1159) mais desigual do Sul do Brasil, e o 112° (de 399) no estado do Paraná, portanto entre os mais desiguais dessas regiões. Em 1991 ocupava respectivamente a 249° e a 87° posições.



Turismo |


Abaixo listam-se alguns dos principais pontos de turismo e lazer:




Museu do Colonizador.



  • Cristo Redentor: Estátua erguida no Morro do Calvário, é um ponto de peregrinação religiosa na época da Páscoa, a partir do alto da estátua tem-se visão panorâmica do centro de vários bairros da cidade.

  • Torre da Concatedral: Torre na praça central da cidade, com 100 metros de altura, possui um deck a 78 metros de altura que possibilita a visualização de grande parte da cidade.

  • Museu do Colonizador: Localizado no Parque de Exposições Jaime Canet Júnior, abriga vasto acervo fotográfico e de utensílios utilizados na época do início da colonização do sudoeste do Paraná. O prédio que abriga o museu foi uma das primeiras casas da cidade.

  • Parque Alvorada: Localizado na parte oeste do município, é atualmente o parque mais visitado da região, possui um lago no centro, uma ATI e um restaurante de ótima qualidade chamado Voga Bistro, que é um ambiente familiar.

  • Parque de Exposições: Instalado no sudoeste da cidade o Parque de Exposições Jaime Canet Junior é uma imensa área verde que, assim como o Parque Alvorada, é muito frequentado pelos moradores da região para caminhadas. Além disso conta com pista de Kart, Centro de Convenções parcialmente concluso (existe projetos de ampliação do centro), diversos barracões para feiras e eventos, além de palco para shows e casa para leilões. É utilizado bienalmente nos meses de Março para a realização da EXPOBEL. As atrações da Expobel são os mais de 200 stands de empresas da região que expõe seus produtos e ofertam seus serviços. Todas as noites ocorrem shows e nos finais de semana inclusive com artistas de grande renome. Na 24° edição realizada em março de 2010 a feira atingiu o público de 263 mil visitantes.



Infraestrutura |



Segurança Pública |



Polícia Militar |



  • 21° Batalhão de Polícia Militar.

  • 3º Subgrupamento Independente do Corpo de Bombeiros.

  • 3° Pelotão da 6ª Companhia de Polícia Rodoviária.

  • 3° Pelotão da 4ª Companhia de Polícia Ambiental.



Polícia Civil |


  • 19° SDP (Sub divisão policial)


Energia |


Em 2007 o consumo de Energia Elétrica em Francisco Beltrão foi da ordem de 178,5 mil Mwh, aproximadamente 78% superior ao consumo de dez anos atrás (100,6 mil Mwh, em 1997).


O consumo residencial alcançou, neste mesmo ano, 34,990 mil Mwh, distribuídos entre os 20.073 consumidores residenciais urbanos, perfazendo assim uma média 145,3 Kwh mensal por domicílio.


O consumo industrial totalizou 86,93 mil Mwh, sendo que destes, 63,83 mil Mwh foram consumidos pela unidade industrial da Sadia, existente no município, caracterizando esta como a principal consumidora deste.


O consumo comercial totalizou 23,567 mil Mwh, distribuídos entre 2.558 consumidores.


O consumo rural totalizou 20,482 mil Mwh, distribuídos entre 3.762 consumidores e, por fim, outras classes (consumo não identificado em nenhuma das classes anteriores) foram responsáveis por 12,530 mil Mwh consumidos.[8]



Transporte |



Veículos particulares |


Segundo dados do Detran/PR, em agosto de 2014 Francisco Beltrão estava contando com uma frota de 52.493 veículos registrados, sendo a maior frota da mesorregião. Os carros totalizavam 29.100 unidades, motos e motonetas eram 11.291 e mais os veículos de grande porte (como tratores, caminhões, caminhonetes, ônibus e micro-ônibus) totalizam 9.519 veículos.[9] Considerando uma população de 85.486 habitantes (estimativa de 2014), a proporção de veículos fica em 614 veículos por grupo de mil habitantes, compatível com a das capitais mais motorizadas do país.[10]


Entre 1998 e 2007 a frota subiu 108,8%, de tal modo que hoje o trânsito de Francisco Beltrão constitui um dos mais graves problemas urbanos do município, visto o elevado número de acidentes e mortes ocorridos anualmente.[8]


No ano de 2005 foi criado o Departamento Municipal de Trânsito, responsável por regulamentar esta atividade a nível municipal. Os principais desafios do departamento são resolver a falta de vagas no perímetro urbano, agilizar o fluxo de veículos e diminuir o grande número de acidentes urbanos registrados no município. Todavia, até o momento o departamento somente logrou êxito em melhorar o número de vagas na área central. A crescente lentidão continua um problema cada vez mais grave, e o índice acidentes urbanos vem mantendo patamares elevadíssimos de 348/10 mil veículos (2007),[11] ante números anteriores de 354/10 mil veículos (2006)[12] e 336/10 mil veículos (2005).[13] Tal índice coloca o município entre os dez piores trânsitos do estado, sendo que em 2007 o município ocupava a 4° posição.



Rodovias |


Por ser um dos municípios de referência da região, existem rodovias partindo em praticamente todas as direções, sendo o município um entroncamento rodoviário regional. Do oeste vem a PR-483 (antes BR-163 e PR-182), proveniente de Cascavel que também serve como ligação para os municípios do oeste da região. Do leste vem a PR-566, que liga a cidade até Itapejara d'Oeste, Coronel Vivida e Chopinzinho. Do nordeste vem a PR-475, fazendo a ligação do município de Verê e o distrito beltronense de Nova Concórdia. Do norte vem a PR-180 que atravessa o município e chega até a cidade de Marmeleiro, fazendo conexão com a BR-280.


A PRT-280 serve também como ligação entre o município e Pato Branco, sendo a mais movimentada da região com fluxo diário superior a 4 mil veículos.



Ferrovias |


O sudoeste como um todo não conta com ferrovias, porém ao longo do ano de 2008 foi levantado pelo Governo Estadual do Paraná o interesse deste em transversar a região com uma linha férrea, a qual faria ligação do Oeste do Paraná com o Oeste de Santa Catarina. A ferrovia seria construída pela Ferroeste e ainda não está certo o trajeto definitivo, mas os trilhos poderiam cortar o município de Francisco Beltrão. Atualmente estão sendo feitas discussões com diversas entidades da região, visando definir a possibilidade ou não da instalação de tal ferrovia.



Transporte aéreo |


A cidade de Francisco Beltrão é servida pelo Aeroporto Dr. Paulo Abdala (FBE / SSFB). Situado a 640 m de altitude, com pista de revestimento asfáltico de 1400 x 30 m e designativo das cabeceiras magnéticas 07/25, o aeroporto possui balizamento noturno e está habilitado para operações diurnas e noturnas. O município conta com serviço aéreo regular pela companhia aérea gaúcha NHT Linhas Aéreas. No ano de 2009 o aeroporto foi totalmente reestruturado pela prefeitura municipal. Com investimentos de cerca de R$ 1,5 milhões o município buscou adequar a infraestrutura aeroportuária do local às normas da ANAC. Devidamente homologado pela ANAC, o Aeroporto Dr. Paulo Abdala conta com 5 voos semanais de segunda a sexta-feira nos dias uteis, ligando Francisco Beltrão à Curitiba - PR com escala em Chapecó - SC, todos operados pela NHT Linhas Aéreas, atualmente a companhia opera com uma aeronave LET L-410 para 19 passageiros.



Cultura |



Museus |


O município conta com o Museu do Colonizador, localizado no Parque de Exposições Jaime Canet Jr. No local estão expostos artefatos e fotografias do período de colonização do município, datados da época das décadas de 1940 até 1960.



Esporte |


O esporte desempenha importante papel na cultura do município, que conta com diversas associações desportivas que disputam anualmente torneios estaduais. No futebol, a cidade conta com o Francisco Beltrão Futebol Clube e o Clube Esportivo União, que participam do Campeonato Paranaense de Futebol. O estádio local é o Anilado. No passado também participou o Real Esportivo e Recreativo Beltronense.[14]


No futsal a cidade é representada pelo Marreco Futsal, que disputa a Série Ouro do Paranaense de Futsal e a Liga Nacional de Futsal, a principal competição do salonismo brasileiro, manda seus jogos no Ginásio Arrudão, com capacidade para cerca de 4500 pessoas.


No automobilismo, a cidade conta com um representante na Fórmula Truck, o beltronense Wellington Cirino.



Referências




  1. «Paraná - Francisco Beltrão - Dados gerais do município». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2016. Consultado em 11 de dezembro de 2016 


  2. ab «Divisão Territorial do Brasil». Divisão Territorial do Brasil e Limites Territoriais. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 1 de julho de 2008. Consultado em 11 de outubro de 2008 


  3. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 


  4. ab «Estimativa populacional 2018 IBGE». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de agosto de 2018. Consultado em 31 de outubro de 2018 


  5. «Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2013. Consultado em 29 de dezembro de 2013 


  6. abcd «Produto Interno Bruto dos Municípios 2015 - Francisco Beltrão». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 23 de março de 2018 


  7. abcde «ESTACAO: FRANCISCO BELTRAO / CODIGO: 02653012 / LAT: 26.05 S / LONG: 53.04 W / ALT: 650 M PER.:1974/2017». IAPAR. Consultado em 31 de outubro de 2018 


  8. ab «Base de Dados do Estado - BDE». Base de Dados do Estado do Paraná. Energia Elétrica (1997-2007). Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social - IPARDES. 2008. Consultado em 9 de novembro de 2008 


  9. «Frota do Paraná» (PDF). FROTA DE VEÍCULOS CADASTRADOS NO ESTADO DO PARANÁ - POSIÇÃO EM SETEMBRO 2012. Departamento de Trânsito do Paraná (DETRAN/PR). Setembro de 2012. Consultado em 27 de novembro de 2012 


  10. «"Curitiba tem mais carros por pessoa do que qualquer capital"». Jornal Gazeta do Povo. 26 de setembro de 2008. Consultado em 31 de outubro de 2018 


  11. «Anuário Estatístico» (PDF). Detran / PR. 2007. Consultado em 31 de outubro de 2018 


  12. «Anuário Estatístico» (PDF). Detran / PR. 2006. Consultado em 31 de outubro de 2018 


  13. «Anuário Estatístico» (PDF). Detran / PR. 2005. Consultado em 31 de outubro de 2018 


  14. «Paraná 1967». The Rec.Sport.Soccer Statistics Foundation e RSSSF Brazil. 1 de outubro de 2005. Consultado em 29 de outubro de 2018 



Ligações externas |




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  • Francisco Beltrão no IPARDES

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