Anticlericalismo
O anticlericalismo difere do chamado laicismo, pois implica uma hostilidade aberta face ao mundo clerical, pelo fato deste ter influência social ou política. O laicismo apenas rejeita a influência da Igreja na esfera pública, considerando que os assuntos religiosos pertencem à esfera privada de cada indivíduo[1].
É um movimento histórico que se caracteriza por condenar a influência dominante de instituições religiosas, especialmente contra o clero da Igreja Católica. Sua atitude denota uma crítica à instituição eclesiástica e à hierarquia católica em geral, o que não implica necessariamente em anticristianismo. Ou seja, é possível que uma mesma pessoa mantenha uma posição anticlerical e seja cristã.
O ativista anticlerical critica a acção política das instituições religiosas.
O anticlericalismo é mais frequente contra o cristianismo, mas há atitudes anticlericais contra as demais religiões.
O anticlericalismo foi um sentimento presente no Iluminismo, Revolução francesa, revoluções proletárias e/ou socialistas e liberais. No século XVII, essa postura readquiriu um novo vigor, na medida em que a burguesia, que já possuía e controlava o poder económico, era dada mais para o materialismo e menos para o lado espiritual[2]. Como consequência, existem países laicos que barraram (ou reduziram) a influência clerical em sua política (e até mesmo estatizando as propriedades clericais), servindo de exemplo países como França, Cuba, Venezuela, Itália, República Checa etc...
Ver também |
- Terror Vermelho (Espanha)
Referências
↑ Anticlericalismo, o que é?, Tópicos Políticos, 17 de Outubro de 2004
↑ A Igreja tem várias reacções. Pio IX, em 1864, edita a Syllabus, onde inclui, entre os oitenta erros que deviam ser reprovados pelos católicos, o racionalismo, o naturalismo e o liberalismo, porque este consideraria que a autoridade não é mais do que a soma do número e das forças materiais - Anticlericalismo, o que é?, Tópicos Políticos, 17 de Outubro de 2004.
Ligações externas |
- Anticlericalismo Republicano, Infopédia (Em linha). Porto: Porto Editora, 2003-2014. (Consult. 2014-03-17)
- A Marselhesa anticlerical