Constantino (questor)




















Constantino

Nacionalidade

Império Bizantino
Ocupação
Oficial
Título

  • Questor do palácio sagrado



Constantino (em latim: Constantinus; em grego: Κωνσταντίνος; transl.: Konstantínos) foi um oficial bizantino do século VI, ativo durante o reinado do imperador Justiniano (r. 527–565). Tornou-se pelos anos 548/549 questor do palácio sagrado, uma posição que provavelmente ocupou até o início do reinado de Justino II (r. 565–578). Envolveu-se nos conflitos da Igreja de seu tempo acerca do papa Vigílio (537–555) e participou do Quinto Concílio Ecumênico de Constantinopla em 553. Em 562, investigou uma conspiração contra o imperador. A principal fonte de sua carreira é Procópio de Cesareia, uma fonte declaradamente hostil.



Biografia |





Papa Vigílio (537–555)


Constantino aparentemente teve uma educação legal e era jovem quando ascensão na corte constantinopolitana. Provavelmente isso deveu-se a sua íntima amizade com Justiniano. Em 548/549, foi nomeado como questor do palácio sagrado, em substituição de Junilo, que falecera em 548 ou 549. Considerando que foi o último questor mencionado na obra de Procópio de Cesareia, esteve em ofício quando a Anedota foi composta em 550.[1]


Em agosto ou setembro de 551, Constantino estava entre os juízes memoráveis (memorati iudices) que persuadiram o papa Vigílio (537–555) a retornar para o Palácio de Placídia.[2] Mais tarde, em 28 de janeiro de 552, esteve entre os juízes gloriosos (gloriosi iudices) que falharam na missão de persuadir Vigílio a retornar para Constantinopla da Calcedônia. Em 1 de maio de 553, ele, Belisário e outros oficiais visitaram Vigílio, mas falharam em persuadi-lo a participar do Quinto Concílio Ecumênico.





Soldo de Justiniano (r. 527–565)




Soldo de Justino II (r. 565–578)


Em 8 de maio de 553, Constantino participou do concílio, e entre 8 e 26 de maio, foi enviado por Justiniano com Cetego, Pedro e Patrício para encontrar-se com os bispos ocidentais. Durante a sétima seção do concílio em 26 de maio, sob ordens imperiais, Constantino apresentou uma coleção de documentos que denegriram a reputação de Vigílio, o que levou o concílio a aceitar que ele introduzisse a proposta de apagar o nome de Vigílio dos dípticos.[3]


Em novembro/dezembro de 562, Constantino e os oficiais Procópio, Juliano e Zenodoro que investigaram uma conspiração contra Justiniano. Mais adiante, quando suspeito de favorecer o acusado Etério, foi substituído do processo. Nenhum outro questor é citado durante o reinado de Justiniano, o que indica que pelos próximos anos Constantino ainda permaneceu no ofício, sendo substituído somente no começo do reinado de Justino II (r. 565–578) por Anastácio de Samaria.[3]


Segundo Procópio de Cesareia, um fonte hostil a ele, Constantino foi um grande ladrão e fanfarrão, empregado por Justiniano para roubar e perverter a justiça. Rapidamente acumulou uma vasta fortuna e assumiu um ar tão superior, que mesmo os subornos tinham que ser pagos através de seus assistentes. Ele tentou evitar a reunião com pessoas, onde não havia ganhos para si.[3]



Referências




  1. Martindale 1992, p. 342.


  2. Martindale 1992, p. 342-343.


  3. abc Martindale 1992, p. 343.



Bibliografia |



  • Martindale, John R.; Jones, Arnold Hugh Martin; Morris, John (1992). The Prosopography of the Later Roman Empire - Volume III, AD 527–641. Cambridge e Nova Iorque: Cambridge University Press. ISBN 0-521-20160-8  A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)



Popular posts from this blog

Bressuire

Cabo Verde

Gyllenstierna