Bertholletia excelsa
Bertholletia excelsa | |||||||||||||||
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Descrição da castanha-do-brasil em Scientific American Supplement, No. 598, junho 18, 1887 | |||||||||||||||
Estado de conservação | |||||||||||||||
Vulnerável | |||||||||||||||
Classificação científica | |||||||||||||||
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Nome binomial | |||||||||||||||
Bertholletia excelsa Humb. & Bonpl. | |||||||||||||||
Sinónimos | |||||||||||||||
B. nobilis Miers Barthollesia excelsa Silva Manso |
Castanha-do-brasil, seca, não beneficiada, com casca | |
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Valor nutricional por 100 g (3,53 oz) | |
Energia | 2743 kJ (660 kcal) |
Carboidratos | |
Carboidratos totais | 12.27 g |
• Amido | 0.25 g |
• Açúcares | 2.33 g |
• Fibra dietética | 7.5 g |
Gorduras | |
Gorduras totais | 66.43 g |
• saturada | 15.137 g |
• monoinsaturada | 24.548 g |
• poliinsaturada | 20.577 g |
Proteínas | |
Proteínas totais | 14.32 g |
• Triptófano | 0.141 g |
• Treonina | 0.362 g |
• Isoleucina | 0.516 g |
• Leucina | 1.155 g |
• Lisina | 0.492 g |
• Metionina | 1.008 g |
• Cistina | 0.367 g |
• Fenilalanina | 0.630 g |
• Tirosina | 0.420 g |
• Valina | 0.756 g |
• Arginina | 2.148 g |
• Histidina | 0.386 g |
• Alanina | 0.577 g |
• Ácido aspártico | 1.346 g |
• Ácido glutâmico | 3.147 g |
• Glicina | 0.718 g |
• Prolina | 0.657 g |
• Serina | 0.683 g |
Água | 3.48 g |
Vitaminas | |
Tiamina (vit. B1) | 0.617 mg (54%) |
Riboflavina (vit. B2) | 0.035 mg (3%) |
Niacina (vit. B3) | 0.295 mg (2%) |
Vitamina B6 | 0.101 mg (8%) |
Ácido fólico (vit. B9) | 22 µg (6%) |
Vitamina C | 0.7 mg (1%) |
Vitamina E | 5.73 mg (38%) |
Minerais | |
Cálcio | 160 mg (16%) |
Ferro | 2.43 mg (19%) |
Magnésio | 376 mg (106%) |
Manganês | 1.223 mg (58%) |
Fósforo | 725 mg (104%) |
Potássio | 659 mg (14%) |
Sódio | 3 mg (0%) |
Zinco | 4.06 mg (43%) |
Selenium | 1917 μg |
Link to USDA Database entry Percentuais são relativos ao nível de ingestão diária recomendada para adultos. Fonte: USDA Nutrient Database |
A Bertholletia excelsa, popularmente conhecida como castanha-do-brasil,[1][2]castanha-da-amazônia,[3]castanha-do-acre,[4]castanha-do-pará, noz amazônica, noz boliviana, tocari ou tururi, é uma árvore de grande porte, muito abundante no norte do Brasil e na Bolívia, cujo fruto contém a castanha, que é sua semente.[5] É uma árvore da família botânica Lecythidaceae, endêmica da Floresta Amazônica.
Índice
1 Etimologia e nomes
1.1 Nomenclatura
2 Descrição
3 Características morfológicas
3.1 Fenologia
4 Reprodução
5 Ecologia
6 Produção
6.1 Efeitos da colheita
6.2 Iniciativas de preservação
7 Usos
7.1 Alimentação
7.2 Óleo da Castanha
7.3 Composição fisico-quimico do óleo virgem
7.3.1 Composição dos ácidos graxos
7.4 Medicinal
7.5 Uso cosméticos e alimenticios
7.6 Outros usos
8 Radioactividade
9 Referências
10 Fontes
11 Ligações externas
Etimologia e nomes
"Castanha" vem do grego kástanon, por meio do latim castanea.[5] "Tocari" vem do caribe.[6] "Tururi" vem do termo tupi turu'ri.[7]
Nomenclatura
Apesar do seu nome em inglês ("Brazil nut"), o maior exportador da Bertholletia excelsa não é o Brasil, mas sim a Bolívia, onde são chamadas de almendras, ou ainda "noz amazônica" e "noz boliviana". Isto se deve à drástica diminuição da espécie no Brasil, devida ao desmatamento. O nome "castanha-do-pará" se refere ao Pará, cuja extensão no período colonial incluía toda a Amazônia brasileira. Muitos acreanos - por serem os maiores produtores nacionais de castanha - referem-se a elas como "castanhas-do-acre". Alguns nomes indígenas são juvia, na região do Rio Orinoco e em outras regiões do Brasil. Como as castanhas são encontrados em todos os estados amazônicos brasileiros - e não apenas estes, mas também nos demais países amazônicos, como a Bolívia, maior produtora mundial -, a espécie também é chamada castanha-da-amazônia.[8]
Embora seja classificada pelos cozinheiros como uma castanha, os botanistas consideram a Bertholletia excelsa como uma semente, e não uma castanha, já que, nas castanhas e nozes, a casca se divide em duas metades, com a carne separando-se da casca.
Descrição
É um fruto com alto teor calórico e proteico, além disso contém o elemento selênio que combate os radicais livres e muitos estudos o recomendam para a prevenção do câncer.
É a única espécie do gênero Bertholletia. Nativa das Guianas, Venezuela, Brasil (Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Rondônia), leste da Colômbia, leste do Peru e leste da Bolívia, ela ocorre em árvores espalhadas pelas grandes florestas às margens do Rio Amazonas, Rio Negro,Rio Orinoco, Rio Araguaia e Rio Tocantins. O gênero foi batizado em homenagem ao químico francês Claude Louis Berthollet.
Atualmente, é abundante apenas no Estado do Acre, no norte da Bolívia e no Suriname. Incluída na Lista Vermelha da União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais como vulnerável, o desmatamento é a ameaça a sua populações. Nas margens do Tocantins, foi derrubada para a construção de estradas e de uma barragem. No sul do Pará, por assentamentos de sem-terra. No Acre e no Pará, a criação de gado provoca sua morte, e a caça das cutias, que são os dispersores naturais de suas sementes, ameaça a formação de novos indivíduos.[9]
É altamente consumida pela população local in natura, torrada, ou na forma de farinhas, doces e sorvetes. Sua casca é muito resistente e requer grande esforço para ser extraída manualmente.
Características morfológicas
A Bertholletia excelsa é uma grande árvore, chegando a medir entre 30 e 50 metros de altura e 1 ou 2 metros de diâmetro no tronco; está entre as maiores árvores da Amazônia. Há registros de exemplares com mais de 50 metros de altura e diâmetro maior que 5 metros, no Pará.[10] Pode viver mais de 500 anos, e, de acordo com algumas autoridades frequentemente chega a viver 1.000 [11] ou 1.600 anos.[10]
Seu tronco é reto e permanece sem galhos por mais da metade do comprimento da árvore, com uma grande coroa emergindo sobre a folhagem das árvores vizinhas. Sua casca é acinzentada e suave.
A árvore é caducifólia, suas folhas, que medem de 20 centímetros a 35 cm de comprimento e 10 cm a 15 cm de largura, caem na estação seca.
Suas flores são pequenas, de uma coloração verde-esbranquiçada, em panículas de 5 centímetros a 10 cm de comprimento; cada flor tem um cálice caducifólio dividido em duas partes, com seis pétalas desiguais e diversos estames reunidos numa massa ampla em forma de capuz.
Fenologia
Floresce na passagem da estação seca para a chuvosa, o que no leste da Bacia Amazônica ocorre de setembro a fevereiro, com pico de outubro a dezembro. Perto de julho suas folhas caem, algumas ficam completamente sem folhas na estação seca. As flores são em grande número, e duram apenas um dia. Os frutos demoram de 12 a 15 meses para amadurecer, e caem principalmente em janeiro e fevereiro. As sementes, quando não tratadas, demoram de 12 a 18 meses para germinar, devido a sua casca espessa.[12]
Reprodução
A Bertholletia excelsa produz fruto exclusivamente em matas virgens, já que florestas "não virgens" quase sempre carecem de orquidáceas, que são, indiretamente, responsáveis pela polinização das suas flores.[carece de fontes] A Bertholletia excelsa têm sido colhidas em plantações (na Malásia e em Gana), porém a sua produção é baixa e, atualmente, não são viáveis economicamente.[13][14][15]
As flores amarelas da Bertholletia excelsa só podem ser polinizadas por um inseto suficientemente forte para levantar o "capuz" da flor e que tenha uma língua comprida o bastante para passar pela complexa espiral da flor, como é o caso das abelhas dos gêneros Bombus, Centris, Epicharis, Eulaema e Xylocopa. As orquídeas produzem um odor que atrai pequenas abelhas-da-orquídea (espécie Euglossa), de língua muito comprida, já que as abelhas-macho desta espécie precisam deste odor para atrair as fêmeas. A grande abelha-da-orquídea fêmea poliniza a Bertholletia excelsa. Sem a orquídea, as abelhas não cruzariam, e portanto a falta de abelhas significa que o fruto não é polinizado.
Se tanto as orquídeas como as abelhas estiverem presentes, o fruto leva 14 meses para amadurecer após a polinização das flores. O fruto em si é uma grande cápsula de 10 centímetros a 15 centímetros de diâmetro que se assemelha ao endocarpo do côco no tamanho e pesa até dois quilogramas. Possui uma casca dura, semelhante à madeira, com uma espessura de 8 milímetros a 12 milímetros, e dentro estão de 8 a 24 sementes com cerca de cinco centímetros de comprimento dispostas como os gomos de uma laranja; não é, portanto, uma castanha no sentido biológico da palavra.
A cápsula contém um pequeno buraco em uma das pontas, que permite a grandes roedores como a cutia e, com menos frequência, os esquilos, roerem até abrir a cápsula. Eles comem, então, algumas das castanhas que encontram ali dentro e enterram as outras para uso posterior; algumas destas que foram enterradas acabam por germinar e produzem novas Bertholletia excelsa.
A maioria das sementes são "plantadas" pelas cutias em lugares escuros, e as jovens árvores acabam esperando por anos, em estado de hibernação, até que alguma árvore caia e a luz do sol possa alcançá-las. Micos já foram vistos abrindo os frutos da Bertholletia excelsa utilizando-se de uma pedra como uma bigorna.
Ecologia
Vive preferencialmente nas florestas de terra firme, e cresce apenas onde a estação seca é de 3 a 5 meses.
A densidade da espécie varia muito ao longo de toda a Amazônia, indo de 26 árvores reprodutivas por hectare a apenas um exemplar em 100 hectares. Cogita-se que alguns grupos de árvores devam sua existência a indígenas pré-colombianos.[16]
Produção
Cerca de 20 000 toneladas de Bertholletia excelsa são colhidas a cada ano, da qual a Bolívia responde por 50 por cento, o Brasil por 40 por cento e o Peru por 10 por cento (estimativas do ano 2000).[17] Em 1980, a produção anual era de cerca de 40 000 toneladas por ano somente no Brasil e, em 1970, o país registrou uma colheita de 104 487 toneladas de Bertholletia excelsa.[18]
A produção brasileira caiu a menos da metade entre 1970 e 1980, devido ao desmatamento da Amazônia.
Efeitos da colheita
As Bertholletia excelsa destinadas ao comércio internacional vêm inteiramente da colheita selvagem, e não de plantações. Este modelo vem sendo estimulado como uma maneira de se gerar renda a partir de uma floresta tropical sem destruí-la. As castanhas são colhidas por trabalhadores migrantes conhecidos como "castanheiros".
A análise da idade das árvores nas áreas onde houve extração mostram que a colheita de moderada a intensa coleta tantas sementes que não resta um número suficiente para substituir as árvores mais antigas à medida que elas morrem. Sítios com menos atividades de colheita possuem mais árvores jovens, enquanto sítios com atividade intensa de colheita praticamente não as possuem.[19]
Experimentos estatísticos foram feitos para se determinar quais fatores ambientais podem estar contribuindo para a falta de árvores mais jovens. O fator mais consistente foi o nível de atividade de colheita em determinado sítio. Uma simulação por computador que previa o tamanho das árvores em que pessoas pegavam todas as castanhas coincidiu com o tamanho das árvores encontradas nos sítios onde havia uma colheita intensa das castanhas.
Iniciativas de preservação
Segundo a União Internacional para a Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais, a preservação em áreas protegidas, governamentais ou corporativas, é insuficiente, e a tentativa de estabelecer populações novas tem fracassado.
As atividades mais bem sucedidas são as empreendidas por populações nativas, nas reservas extrativistas.[carece de fontes]
Usos
Alimentação
As Bertholletia excelsa possuem 18% de proteína, 13% de carboidratos e 69% de gordura. A proporção de gorduras é de, aproximadamente, 25% de gorduras saturadas, 41% de monoinsaturadas e 34% de poliinsaturadas.[20] Possuem um gosto um tanto terroso, muito apreciado em vários países. O conteúdo de gordura saturada das Bertholletia excelsa está entre o mais alto de todas as castanhas e nozes, superando até mesmo o da macadâmia. Devido ao gosto forte resultante, as Bertholletia excelsa podem subtituir frequentemente macadâmias ou mesmo o coco em receitas. Bertholletia excelsa retiradas de suas cascas tornam-se rançosas rapidamente. As castanhas também podem ser esmagadas para se obter óleo.
Nutricionalmente, as Bertholletia excelsa são ricas em selênio, embora a quantidade de selênio varie consideravelmente.[21] São também uma boa fonte de magnésio e tiamina. Algumas pesquisas indicaram que o consumo de selênio está relacionado com uma redução no risco de câncer de próstata.[22] Isto levou alguns analistas a recomendarem o consumo de Bertholletia excelsa como uma medida preventiva.[23] Estudos subsequentes sobre o efeito do selênio no câncer de próstata foram inconclusivos.[24]
Óleo da Castanha
A castanha contem 70 a 72% de óleo doce, de perfume agradável e com gosto semelhante ao óleo de oliveira da Europa. O óleo quando envelhece tem uma cor amarelo-escuro e um cheiro desagradável de ranço.[25] O óleo de castanha é altamente nutritvo, contendo 75% acidos graxos insaturados compostos principalmente por ácido palmítico, olêico e linolêico, além de fitoesteróides sistosterol e as vitaminas lipossolúveis A e E. Extraído da primeira prensagem, pode se obter um azeite extra-virgem podendo substituir o azeite da oliva por seu sabor suave e agradável.[26]
A castanha é uma rica fonte de magnesio, tiamina e possui as mais altas concentrações conhecidas de selênio (126 ppm²), com propriedades antioxidantes. Algumas pesquisas indicaram que o consumo de selênio está relacionado com a redução do risco de câncer de próstata e recomendam o consumo da Bertholletia excelsa como uma medida preventiva..[27]
As proteínas encontradas na castanha-do-Pará são muito ricas em aminoacidos sulfurados como a cisteína (8%) e a metionina (18%). A presença desses aminoacidos (methionine) melhora a adsorbção de seleninum e outros minerais..[27]
O óleo de Bertholletia excelsa é extraído das sementes secas, geralmente por prensagem à frio. O Óleo de Bertholletia excelsa prensado a frio tem um odor agradável, amarelo. A composição de ácido graxos é constituído por ácido palmítico (14-16%), ácido esteárico (6-10%), ácido oleico (29-48%), ácido linoleico (30 - 47). As características físicas são densidade (0,914-0,917), ponto de fusão (0-4 °C), o valor de saponificação (193-202), o valor de iodo (94-106) e insaponificável (0,5 a 1%).[28]
Composição fisico-quimico do óleo virgem
Característica | Unidade | Apresentação |
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Aparência | --- | Líquido |
Cor | --- | Amarelo translucido |
Odor | --- | característico |
Índice de acidez | mgKOH/g | < 20,0 |
Índice de peróxido | 10 meq O2/kg | < 10,0 |
Índice de Iodo | gI2/100g | 90 - 110 |
Indice de saponificação | mgKOH/g | 180 - 210 |
Densidade | 25 °C g/ml | 0,910 - 0,925 |
Indice de refração (40 °C) | --- | 1,4600 - 1,4800 |
Ponto de fusão | °C | 4 |
Composição dos ácidos graxos
Ácido palmitico | % Peso | 16,00 - 20,2 |
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Ácido palmitoléico | % Peso | 0,5 - 1,2 |
Ácido esteárico | % Peso | 9 - 13,0 |
Ácido oléico (cis 9) | % Peso | 36 - 45,0 |
Ácido linoléico | % Peso | 33,0 - 38,0 |
Saturado | % | 25 |
Insaturado | % | 75 |
Medicinal
O chá da casca da Bertholletia excelsa é usado na Amazônia para tratamento do fígado, e a infusão de suas sementes para problemas estomacais.
Por seu conteúdo em selênio, a castanha é antioxidante.
Seu óleo é usado como umidificador da pele.[29]
Uso cosméticos e alimenticios
O óleo da sementes são muito ricos em proteínas por isso constitui um produto de grande valor alimentício.
Além disso, o óleo da Castanha-do-Pará também é usado para a confecção de cosméticos como shampoos, sabonetes e condicionador de cabelo porque seu uso proporciona maciez, brilho e sedosidade. É usado também como creme de pele que lubrifica e hidrata, deixando a pele macia.[30]
Outros usos
Assim como no uso alimentar, o óleo extraído da Bertholletia excelsa também é usado como lubrificante em relógios, para se fazer tintas para artistas plásticos e na indústria de cosméticos.
A indústria cosmética emprega o óleo de castanha por suas propriedades anti-radicais livres , antioxidantes e hidratantes nas formulações anti-aging prevenindo o envelhecimento cutâneo e é considerado um dos melhores condicionadores para cabelos danificados e desidratados.[31]
A madeira das Bertholletia excelsa é de excelente qualidade, porém a sua extração está proibida por lei nos três países produtores (Brasil, Bolívia e Peru). A extração ilegal de madeira e a abertura de clareiras representa uma ameaça contínua.[32]
O efeito castanha-do-brasil, no qual itens maiores misturados em um mesmo recipiente com itens menores (por exemplo, Bertholletia excelsa misturadas com amendoins) tendem a subir ao topo, recebeu o nome desta espécie.
Radioactividade
As Bertholletia excelsa podem conter pequenas quantidades de rádio, um material radioativo. Embora a quantidade seja muito pequena, cerca de 1–7 pCi/g (40–260 Bq/kg), e a maior parte não fique retida no corpo, ela é mil vezes mais alta do que em outros alimentos. De acordo com as Universidades Associadas de Oak Ridge, isto não se deve a níveis elevados de rádio no solo, mas sim ao extremamente extenso sistema de raízes da árvore.[33]
Referências
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↑ Filho, João Carlos Meireles (2004). O livro de ouro da Amazônia: mitos e verdades sobre a região mais cobiçada do planeta. [S.l.]: Ediouro. ISBN 9788500013577
↑ «Negócios para Amazônia sustentável» (PDF) - Ministério do Meio Ambiente. Rio de Janeiro, 2003. p. 50.
↑ ab FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.365
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 685
↑ FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 729
↑ Al, Luis Fernando Minasi Et (31 de outubro de 2007). Leituras De Paulo Freire. [S.l.]: Clube de Autores
↑ IUCN Red List
↑ ab Árvores Gigantescas da Terra e as Maiores Assinaladas no Brasil
↑ «Harvesting nuts, improving lives in Brazil» Bruno Taitson, WWF, 18 Jan 2007
↑ New York Botanical Garden: The Lecythidaceae Pages
↑ Brazil Nut Plantations
↑ The Brazil Nut (Bertholletia excelsa)
↑ The Brazil Nut Tree: More than just nuts
↑ New York Botanical Garden: The lecythidaceae Pages
↑ «Economic Viability of Brazil Nut Trading in Peru» (PDF) Chris Collinson et al, University of Greenwich
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[2], Comunicado Técnico, 11 Setembro 2014
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Fontes
- New York Botanical Garden: The Lecythidaceae Pages
- IUCN Red List: Bertholletia excelsa
- Sustainability in a nut shell (abstract), Jonathan Silvertown, Department of Biological Sciences, The Open University
Harvesting nuts, improving lives in Brazil, Bruno Taitson, WWF, 18 Jan 2007
The Brazil Nut Industry: Past, Present, and Future, Scott A. Mori, The New York Botanical Garden- Brazil Nut Plantations
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- Lorenzi, Harri e Matos, Francisco José de Abreu, Plantas medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas, Nova Odessa, SP: Insituto Plantarum, 2002. ISBN 85-86174-18-6
The Brazil Nut Tree: More than just nuts</ref>
Ligações externas
- Commons
- Wikispecies
- UFAC - Universidade Federal do Acre: Regeneração e estrutura populacional de Bertholletia excelsa (tese de mestrado)
Peres, C.A.; et al. (2003). «Demographic threats to the sustainability of Brazil nut exploitation». Science. 302 (Dec. 19): 2112-2114
- Brazil Nut homepage
- New York Botanical Gardens Brazil Nuts Page
- Brazil nuts' path to preservation, BBC News.
- Brazil nut, The Encyclopedia of Earth
- IPEF - Insituto de Pesquisas e Estudos Florestais: Bertholletia excelsa
- Castampar
- AG Castanhas
- As castanhas são radioativas?