Oceano





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Os oceanos do planeta Terra. Um corpo de água contínuo que cerca a terra, o oceano global é dividido em áreas principais. Cinco divisões oceânicas são contadas geralmente: Pacífico, Atlântico, Índico, Ártico, e Antártico. Os últimos dois listados são, às vezes, considerados parte dos primeiros três.


Um oceano (em grego: Ωκεανός, "Okeanos") é o componente principal da superfície da Terra, constituído por água salgada. Forma a maior parte da hidrosfera: aproximadamente 71% da superfície da Terra (uma área de 361 milhões de quilômetros quadrados). Mais do que a metade desta área tem profundidades maiores que 3.000 metros.


Embora a noção de oceano global, como um corpo contínuo de água, seja importante para a oceanografia,[1] o oceano terrestre é, para efeitos práticos, normalmente dividido em várias partes, demarcadas por continentes e grandes arquipélagos. A tabela abaixo mostra a divisão mais comum, em cinco oceanos; é a oficialmente adotada, desde 2000, pela Organização Hidrográfica Internacional, da qual Brasil e Portugal são membros. Regiões menores dos oceanos são conhecidas como mares, golfos e estreitos.

































# Oceano Comentários
1 Oceano Pacífico Separa Ásia e Oceania das Américas[2]
2 Oceano Atlântico Separa as Américas da Eurásia e da África
3 Oceano Índico Banha o sul da Ásia e separa África e Austrália[2][3]
4 Oceano Glacial Antártico Circunda a Antártida; em alguns casos é considerado a simples extensão sul dos outros três oceanos[4][5]
5 Oceano Glacial Ártico Banha os entornos do Polo Norte, entre as porções norte da América do Norte e Eurásia. Em alguns casos, é considerado um mar do Atlântico.



Índice






  • 1 Características físicas


  • 2 Origem


    • 2.1 Biologia




  • 3 Aumento da Temperatura


    • 3.1 Exploração




  • 4 Morfologia do fundo marinho


  • 5 Contaminação


  • 6 Oceanos extraterrestres


    • 6.1 Extrassolares




  • 7 Ver também


  • 8 Referências


  • 9 Ligações externas





Características físicas |



Mais informações: Água do mar e Salinidade


Evaporação da água do mar


Os oceanos são ambientes totalmente diferentes do terrestre. Assim, esse ambiente é dominado por fenômenos muito peculiares que não ocorrem em terra, como as marés, as ondas, as correntes oceânicas, vórtices,tsunamis, etc.



Origem |


No meio ambiente terreno a água na forma como a conhecemos encontra-se num estado intermediário entre o estado gasoso vapor e o sólido gelo, quando exposta as intempéries, o calor da crosta terrestre, os raios solares, aos ventos, a pressão atmosférica, promove a evaporação e precipitação desse liquido sobre o próprio mar e os continentes, dando início ao ciclo das águas, responsável pela sedimentação do fundo do mar e a salinização dos oceanos.



Biologia |


Segundo a hipótese de Oparin, a vida surgiu no oceano e evoluiu durante muito tempo nesse ambiente, vindo a ocupar o ambiente terrestre apenas em épocas mais recentes (veja escala de tempo geológico e Experiência de Miller-Urey). Dessa forma, os organismos mais primitivos na linha da vida encontram-se no oceano, como as esponjas e cnidários. Veja Biologia Marinha para uma descrição sucinta dos organismos marinhos.


Desertos Marinhos




Oceano


Grandes porções dos oceanos são chamados de desertos marinhos por conta do baixo teor de nutrientes, oxigênio e por isso a produtividade é baixa pois poucos organismos habitam lá.[6]



Aumento da Temperatura |


Em 20 de julho de 2009, cientistas do Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos, informaram à imprensa que os oceanos estão com a temperatura média de 17 °C, a mais alta desde 1880, quando iniciou-se os registros. Graças ao calor da Luz solar, que está aumentando cada vez mais, com o rompimento da camada de ozônio.[7]



Exploração |


O estudo dos oceanos da Terra é chamado oceanografia. As viagens na superfície do oceano com o uso de botes datam de tempos pré-históricos, mas só nos últimos tempos as explorações submarinas se tornaram possíveis e comuns.


O ponto mais profundo do oceano são as Fossas Marianas, localizadas no oceano Pacífico, próximos às Ilhas Marianas, com uma profundidade máxima de 11.037 metros, de acordo com a inspeção feita em 1960, pelo batiscafo da Marinha britânica Challenger 2, que deu seu nome à parte mais profunda da fossa, Challenger Deep.



Morfologia do fundo marinho |




Idade do fundo marinho


A margem continental é a porção do fundo marinho que está mais próxima a terra firme. Divide-se em:




  • Plataforma continental ou plataforma submarina: é a menos profunda, chega aos 200 m de profundidade, sendo bastante plana. A água que a cobre costuma conter vida marinha em abundância e a maior parte da pesca realiza-se nesta zona. Aqui encontra-se a quarta parte da produção mundial de petróleo e gás procedente das rochas que se encontram abaixo destas plataformas.


  • Talude continental, escarpada ou escarpa continental. A extensão do talude varia dependendo do oceano em que se encontre. Tem uma pendente mais pronunciada que a anterior e se situa entre os 200 até 3000 metros de profundidade aproximadamente.


  • Borda continental. Encontra-se na parte final do talude e marcaria o limite com os fundos oceânicos.


  • Dorsal centro-oceânica. São correntes montanhosas submarinas, vastas e escarpadas, geralmente localizadas no centro dos oceanos. Em média medem 1000 km de largura com uma altura de 3000 m. Formam um sistema mais ou menos conectado de 80 000 km de comprimento, recebendo diferentes nomes, por exemplo, dorsal Mesoatlântica, dorsal de Reykjanes, dorsal do Pacífico Oriental.


  • Planícies abissais. Formam-se entre as dorsais oceânicas e as margens continentais. São zonas muito planas e uniformes, em torno dos 4.000 m de profundidade. Supõem aproximadamente 40 % do fundo do oceano.

  • Vulcões submarinos


  • Fossas oceânicas ou abissais. São as partes mais profundas dos oceanos, com uma média de 7000 a 8000 m de profundidade, que podem chegar a medir milhares de quilómetros de distância. A fossa das Marianas tem a maior profundidade do planeta com mais de 11 000 m abaixo do nível do mar.


  • Falésias: são formas de relevo litorâneo abruptas, com declive acentuado e alturas variadas, origina-se da acção das ondas do mar sobre as rochas.
















































































Fossa oceânica
Localização

Profundidade (m)

Fossa Challenger ou das Marianas

Pacífico (sul das ilhas Marianas)
11 034

Fossa de Tonga
Pacífico (noroeste da Nova Zelândia)
10 822

Fossa do Japão
Pacífico (este do Japão)
10 554

Fossa das Curilas ou da Kamchatka
Pacífico (Sul das ilhas Curilas)
10 542

Fossa das Filipinas
Pacífico (este das Filipinas)
10 540

Fossa de Kermadec
Pacífico (Nordeste da Nova Zelândia)
10 047

Fossa de Porto Rico

Atlântico (este de Porto Rico)
8 800

Fossa de Bougainville
Pacífico (E Nova Guiné)
9 140

Fossa Sandwich do Sul
Atlântico (este das ilhas Sandwich)
8 428

Fossa do Peru-Chile
Pacífico (oeste do Peru e Chile)
8 065

Fossa das Aleutas
Pacífico (S Ilhas Aleutas)
7 822

Fossa das Caimão

Mar do Caribe (sul de Cuba)
7 680

Fossa de Java

Índico (sul da ilha de Java)
7 450

Fossa de Cabo Verde
Atlântico (oeste das Ilhas Cabo Verde)
7 292



Contaminação |


Os oceanos da Terra também desempenham um papel vital em limpar a atmosfera, e algumas actividades do homem podem os alterar severamente. Os oceanos absorvem enormes quantidades de dióxido de carbono. Por sua vez, o fitoplâncton absorve o dióxido de carbono e desprende oxigénio. O Dr. George Small explica a importância deste ciclo de vida: «Os 70 % do oxigénio que se acrescenta à atmosfera a cada ano provem do plâncton que há no mar». Não obstante, alguns cientistas advertem que o fitoplâncton pudesse diminuir gravemente devido à redução do ozono na atmosfera, do qual se acha que o homem é responsável.


Alguns países acedem a limitar os dejetos permitidos que se atirem ao mar, outros negam-se a faze-lo. O famoso navegador oceânico Jacques Cousteau advertiu: «Temos que salvar os oceanos se queremos salvar a humanidade».


É significativa a concentração de peixes em pequenas zonas do oceano e sua escassez em outras partes. Tal como advertiu William Ricker, biólogo de pesca: O mar não é «um depósito ilimitado de energia alimentar». E o navegador subaquático Jacques-Yves Cousteau advertiu, ao regressar de uma exploração submarina mundial, que a vida nos oceanos tem diminuído nuns 40 % desde 1950 devido à sobrepesca e à contaminação.


O cientista marinho suíço Jacques Piccard previu que em vista da proporção atual da contaminação, os oceanos do mundo ficariam desprovidos de vida em 25 anos. Disse que devido a sua pouca profundidade o mar Báltico seria o primeiro a morrer. Depois morreriam o Adriático e o Mediterrâneo, os quais não têm correntes o suficientemente fortes para transportar a contaminação. Também, o navegador submarino francês Jacques-Yves Cousteau disse que a destruição dos oceanos já se efectuou em 20-30 %. E previu «o fim de tudo em 30 a 50 anos a não ser que se tome acção imediata».
Parte desta contaminação deve-se a que a sociedade tem tido durante séculos o conceito equivocado de que estes têm uma capacidade inesgotável para os dejetos.



Oceanos extraterrestres |


A Terra é o único planeta conhecido com a água líquida em sua superfície e é certamente o único no nosso próprio sistema solar. No entanto, existem as hipóteses de:



  • Algumas luas possuirem água líquida escondidas sob a superfície, como Europa e, com menos certeza, Calisto e Ganimedes;

  • Luas e planetas terem tido água líquida em sua superfície, no passado -- como parece ser o caso da camada sobre o pólo norte de Marte (resultados recentes da missão Mars Exploration Rovers indicam que Marte teve água parada por um longo período em pelo menos um local, mas sua extensão não é conhecida);

  • Luas e planetas possuirem outros líquidos, que não água, em sua superfície, como foi observado em Titã (embora sua extensão seja pequena e lagos possa ser um termo mais preciso)


A missão espacial Cassini-Huygens descobriu inicialmente apenas o que parece ser leitos de lagos secos e canais de rios vazios, o que sugere que Titã tinha perdido a superfície de líquidos que possa ter tido. O voo mais recente da Cassini por Titã oferece imagens de radar que sugerem fortemente lagos de hidrocarbonetos próximos das regiões polares mais frias. Uma hipótese é que Titã tenha um oceano de água subterrâneo sob o gelo e a mistura de hidrocarbonetos que formam a sua crosta externa.


Geysers foram encontrados na lua de Saturno Encelado, embora isto pode não envolver corpos de água em estado líquido. Outras luas geladas podem uma vez ter tido oceanos internos que já tenham congelado, tais como Tritão. Os planetas Urano e Netuno podem também possuir grandes oceanos de água líquida sob sua atmosfera espessa, embora a sua estrutura interna não é bem compreendida.


Os astrônomos acreditam que Vênus teve água em estado líquido e, talvez, oceanos em sua história muito recente. Se eles existiram, todos depois desapareceram devido ao recobrimento de sua superfície.



Extrassolares |


Além do sistema solar, já foram detectados planetas com valores adequados de distância à sua estrela central, massa e tamanho para abrigar oceanos ou outras massas de água líquida, mas até o momento pouco se sabe sobre sua composição química. Merecem destaque os planetas que orbitam a estrela Gliese 581: o terceiro, Gliese 581 c, tem a distância certa de seu sol para permitir água líquida na sua superfície (mas seu efeito estufa poderia torná-lo demasiado quente para os oceanos existirem na superfície); já em Gliese 581 d, o efeito estufa pode trazer temperaturas adequadas para a superfície dos oceanos; Gliese 581 g, por outro lado, parece ser o mais similar à Terra.[8]


Astrônomos polemizam se HD 209458 b tem vapor de água em sua atmosfera. Acredita-se que Gliese 436 b possa ter "gelo quente". Nenhum desses planetas são suficientemente frios para possuírem água líquida, mas se as moléculas de água ali existem, eles são também suscetíveis de serem encontradas em planetas a uma temperatura adequada.[9] Descobriram-se evidências de que o planeta GJ 1214 b, detectado pelo trânsito, tem oceanos feitos de forma exótica de gelo VII, que compõem 75% da massa de todo o planeta.[10]



Ver também |



  • Mar

  • Lista de oceanos e mares segundo a Organização Hidrográfica Internacional

  • Ecossistema marinho

  • Energia azul

  • Energia maremotriz



Referências




  1. Spilhaus, Athelstan F. (julho de 1942). «Maps of the whole world ocean». American Geographical Society. 32 (3): 431–5 


  2. ab «Pacific Ocean - University of Delaware». Ceoe.udel.edu. Consultado em 8 de novembro de 2012 


  3. «Indian Ocean -- Britannica Online Encyclopedia». Britannica.com. Consultado em 8 de novembro de 2012 


  4. «Ocean». Sciencedaily.com. Consultado em 8 de novembro de 2012 


  5. «Limits of Oceans and Seas, 3rd edition» (PDF). International Hydrographic Organization. 1953. Consultado em 7 de fevereiro de 2010 


  6. «Calor faz aumentar deserto marinho | Portal EcoDebate». www.ecodebate.com.br. Consultado em 26 de julho de 2016 


  7. Veja. «Temperatura dos oceanos bate recorde». Consultado em 22 de agosto de 2009 


  8. Paula Rothman (30 de setembro de 2010). «Achado primeiro planeta possivelmente habitável». Portal Exame. Consultado em 30 de setembro de 2010 


  9. Hot "ice" may cover recently discovered planet


  10. David A. Aguilar (16 de dezembro de 2009). «Astronomers Find Super-Earth Using Amateur, Off-the-Shelf Technology». Harvard-Smithsonian Center for Astrophysics. Consultado em 23 de janeiro de 2010 



Ligações externas |








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  • Texto da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (em português)


  • Poder Naval OnLine - O Direito do Mar (em português)













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Antártico

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Ártico

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Atlântico

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Índico

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Pacífico
































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